O concelho de Silves é um marco histórico-cultural da região do Algarve, sendo Silves a sua cidade mais antiga. A sua história remonta à época romana, embora tenha sido durante o período muçulmano (entre os séculos VIII a XIII) que a cidade se tornou um importante porto comercial e um centro de poder e cultura. No período da Reconquista, Silves foi tomada pelos portugueses em 1189, durante o reinado de D. Afonso II. Com a fundação do Reino de Portugal, a cidade continuou a ser um ponto estratégico, embora tenha perdido a sua importância política e económica ao longo dos séculos seguintes, devido, principalmente, ao assoreamento do Rio Arade.

Situado no coração da região do Algarve, o concelho destaca-se, portanto, pela sua rica herança histórica, pela sua localização estratégica, entre as montanhas da Serra de Monchique e o litoral do Algarve, atravessado pelo Rio Arade que nos proporciona uma grande variedade de cenários e uma biodiversidade única, características que fazem de Silves um local com um enorme potencial para os sectores do turismo, da agricultura e da produção vinícola, áreas económicas que têm vindo a impulsionar novamente o crescimento do concelho. 

Com uma extensão territorial de aproximadamente 680 km²,  entre a serra e o mar, é constituído por 6 freguesias desde a reorganização administrativa de 2013: União de freguesias de Alcantarilha e Pêra, de Algoz e Tunes e freguesias de Armação de Pêra; de São Bartolomeu de Messines, Silves (sede do concelho) e São Marcos da Serra, para uma população residente de 37.813, segundo os Censos de 2021. A cidade de Silves, sendo o maior núcleo urbano, concentra uma parte significativa dessa população, enquanto as áreas rurais, compostas por várias aldeias, sítios ou montes, têm uma menor densidade populacional.

O concelho tem assistido a um crescimento moderado nos últimos anos, devido, em grande parte, ao aumento sazonal do turismo, uma das potencialidades exploradas durante o Estado Novo como testemunha o antigo edifício da Junta de Turismo em Armação de Pêra.