1948.06 - Memória Descritiva e Justificativa assinada pelo engenheiro A. C. Prazeres e o arquiteto M. Montalvão. A memória inicia por evocar “recentes medidas governativas para a extinção da mendicidade”, que “obrigou ao internamento dos indivíduos que são encontrados a mendigar, para que uma vez feita em estabelecimento próprio a sua identificação, seja procurado conveniente destino para esse mendigo, o qual poderá ser o de vir a exercer trabalho útil”. Para tal, continua-se, foi necessário construir Albergues nos vários distritos do continente, “a cargo das autoridades distrital”.

Arquitetonicamente, o albergue deveria ser “um edifício simples, sóbrio, de construção económica”. Assim, neste projeto, a “superfície de construção foi reduzida ao mínimo”, dispondo de 2 dormitórios capazes de albergar 50 pessoas, sanitários, cozinha, refeitório, despensa e arrumos.

O albergue seria para implantar na Quinta da Tranginha, “que reúne boas condições para a exploração agrícola” e dispõe de dependências existentes onde instalar os serviços auxiliares do albergue.

Estima-se o custo dos trabalhos em 352.653$.