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Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, Covilhã

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Identificação

Arquivo / Biblioteca
Designação do Processo
Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, Covilhã
Anos Início-Fim
1942 - 1952
Referência Inicial
DMO1 Cx 74 item147

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1942.11.18
Última Data Registada no Processo
1952.12.05
Entidade Utilizadora
Projeto de Arquitetura (Autoria)
João António de Aguiar Arquiteto, autor do projeto definitivoPessoa
Almeida Araújo Arquiteto, autor da primeira versão do projetoPessoa
Intervenção / Apreciação
Rafael dos Santos Costa Engenheiro Chefe da Repartição Técnica da CMCPessoa
José Agostinho Pinto Freire de Figueiredo e Castro Representante do Engenheiro Diretor da Comissão Administrativa das Obras da CGDCPPessoa
Ruy de Sampaio e Mello Engenheiro Adjunto da Comissão de Obras da CGDCPPessoa
Decisão Política
Carlos Coelho Presidente da CMCPessoa
Síntese de Leitura

1942.11.18 - O arquiteto Almeida Araújo apresentou uma primeira versão do edifício para a Agência da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência a construir na Covilhã, integrado ao Arranjo da Praça do Pelourinho e Ruas de Acesso, cuja planta de conjunto também integra o processo. De acordo com o arquiteto, um aspecto importante do processo era fazer "o edifício ganhar em importância, uma vez visto da praça", o que justificou o partido adotado, "simétrico em função do gaveto sobre a praça". Do ponto de vista da expressão do edifício a construir, o arquitecto assim justificou o partido adotado: "pretendi que o edifício tivesse uma aparência que adequando-se às suas funções de estabelecimento público de uma certa importância, mantivesse contudo arquitectonicamente uma expressão de pitoresco adaptável à região, já pela forma, já pela escolha dos materiais que são essencialmente o granito, a cal e o ferro forjado".

1947.09.19 - Em informação dirigida ao Presidente da CMC, o Eng.Chefe da Repartição Técnica da CMC alinhou alguns dos argumentos que podem ter conduzido ao abandono do projeto inicial e a adjudicação do trabalho ao arquiteto João António de Aguiar, autor do arranjo urbanístico da Praça do Pelourinho: "1º-Não foi respeitado o 'gabarit', adotado para a Praça do Pelourinho, quinze metros e vinte centímetros. É com esta altura que se encontram projetados os novos edifícios em construção: Paços do Concelho, Correios Telégrafos (sic) e Novo Cine-Teatro Covilhanense. O edifício da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência projeta-se com a altura de treze metros e oitenta centímetros. (...) 2º- O autor ao projetar a pequena torre na fachada voltada para a Rua António Augusto de Aguiar, certamente não sabia que o vão aberto, entre o futuro edifício e o existente, confirma o arranjo urbanístico do local, desaparece. (...) Por outro lado, atendendo a que em dois edifícios de gaveto, estão previstas torres, nos próprios gavetos, esta, embora de menores dimensões, quanto a nós, marca no conjunto uma posição muito discutível ou pelo menos pouco natural, dada a pequena distância das restantes. Concluindo somos do parecer que o ante-projeto deve ser revisto, sobretudo pelo que diz respeito à altura e entendemos que se deve propor ao Exmº Diretor Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que determine ao autor do projeto que se deve por em contato com o Urbanista autor do arranjo urbanístico da Praça, Arquiteto João António de Aguiar, a fim de estabelecerem a solução de comum acordo."

Em Informação não assinada e não datada (copiador), lemos que "No projeto de 'Arranjo da Praça do Pelourinho e Ruas de Acesso' que foi elaborado com a superior orientação do saudoso Ministro Duarte Pacheco, os autores, em conformidade com o programa delineado por aquele genial estadista a quem o país e a Covilhã tanto ficaram devendo, foram levado por razões de ordem técnica a prever a construção de um edifício do lado sul. A Câmara Municipal, depois do projeto devidamente aprovado, em 1943.92.09 mandou realizar a venda do terreno que se destinava à construção de um edifício em determinadas condições. o terreno foi vendido à Administração Geral da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência. Esta entidade mandou elaborar um ante-projeto que foi presente à Câmara Municipal para aprovação, o qual mereceu que lhe fossem feitos alguns reparos. Entretanto, foi criada a Comissão Administrativa das Obras e o assunto da construção do edifício da Covilhã foi adiado, certamente, por virtude do tempo necessário a dispender na sua organização, pelo que diz respeito aos seus próprios regulamentos e às obras em curso, que então eram bastante numerosas."

1949.09.22 - Anúncio do concurso para a adjudicação da "Empreitada n.º 25 de Construção do Edifício para a Caixa Geral de Depósitos da Covilhã, fixado para 1949.10.12, pelas 16h, tendo por Base de licitação o preço de 2.414.446$00 e o prazo de conclusão fixado em 730 dias.

1949.12.05 - O representante do Diretor da Comissão Administrativa das Obras da CGDCP informou ao Eng. Rafael Costa, Chefe da Repartição Técnica da CMC, que, "segundo informações do empreiteiro, parece que as cotas das ruas e largo não correspondem em nada às indicadas no projeto."

1949.12.13 - O Eng. Chefe da Repartição Técnica da CMC devolveu ao EngDir Delegado na Comissão Administrativa das Obras da CGDCP a planta enviada juntamente com o ofício nº1.354 com as cotas pedidas, o que faz ver que havia diferenças entre o projeto e o plano de urbanização: "Deve haver lapso nas cotas extraídas do plano de urbanização, porquanto, as cotas que hoje se marcam, embora partam de uma base diferente, referem-se a pontos de pavimentos que já há anos estão executados."

1950.03.10 - Em correspondência dirigida ao Presidente da CMC, o Eng. Chefe da Repartição Técnica da CMC informou que tanto a Repartição Técnica da cidade quanto o Arquiteto Aguiar não concordavam com a solução proposta pela Comissão Administrativa das Obras da CGDCP para resolver o problema dos alinhamentos das duas ruas que conformam o terreno onde foi construída a Agência da CDGCP, discutida "através de várias e longas conversações telefónicas".

1950.07.10 - O arquiteto João António de Aguiar escreveu ao Presidente da CMC, propondo uma solução para a diferença dos alinhamentos, respondendo à solicitação da CMC, que procurou saber "se aquela diferença não pode ser disfarçada por forma que à vista não se note, não ficando assim o edifício com uma deformação ou aleijão que o prejudique arquitectonicamente".

1952.08.25 - O Presidente da CMC escreveu ao EngDir Delegado na Comissão Administrativa das Obras da CGDCP para saber se a Comissão previa construir os passeios na frente do edifício ou se a CMC deveria assumir o arranjo do lancil e a retificação do pavimento.

1952.12.05 - O Eng. Chefe da Repartição Técnica da CMC enviou ao Chefe da Circunscrição Técnica dos CTT uma planta da cabine subterrânea instalada pelos Serviços Municipalizados junto ao Edifício da CGDCP. 

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, Covilhã. Acedido em 22/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/10539/caixa-geral-de-depositos-credito-e-previdencia-covilha

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).