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Paços do Concelho da Câmara Municipal da Covilhã

Volume único composto de correspondências trocadas entre a Presidência da Câmara Municipal da Covilhã e o Arquiteto João António de Aguiar, a Direção de Urbanização de Castelo Branco e outros representantes de serviços públicos, além de documentos relacionados com a contratação da empreitada e construção do edifício.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Arquivo / Biblioteca
Designação do Processo
Paços do Concelho da Câmara Municipal da Covilhã
Anos Início-Fim
1944-1956
Referência Inicial
DMO1 item451
Outras Referências
167/MU/45

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1944.02.05
Última Data Registada no Processo
1956.07.02
Entidade Requerente / Beneficiária
Entidade Utilizadora
Projeto de Arquitetura (Autoria)
Projeto Estabilidade (Autoria)
Jaime Pereira Gomes Engenheiro CivilPessoa
Construção e Equipamento
João da Costa Riscado Construtor CivilPessoa
Financiamento
Intervenção / Apreciação
Luís Vitor Tavares Baptista Presidente da CMC 19381945Pessoa
Carlos Coelho Presidente da CMC 19451955Pessoa
Rafael dos Santos Costa Engenheiro Chefe da Repartição Técnica da CMCPessoa
Marcos da Silva Nogueira Chefe da 4ª Seção da Direção dos Serviços de Urbanização do CentroPessoa
Luiz José de Avelar Machado Veiga da Cunha Subsecretário de Estado das Obras Públicas Pessoa
Alfredo Resende Engenheiro Diretor da DUCBPessoa
Alexandre de Quental Calheiros Veloso Vice-presidente da CMCPessoa
Delfim dos Anjos Lopes Repartição Técnica da CMC Pessoa
Álvaro da Fonseca Arquiteto da Direção de Urbanização de CoimbraPessoa
Mário Caetano Tarouca Engenheiro e representante do Presidente da CMC Pessoa
Decisão Política
José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich Ministro das Obras PúblicasPessoa
Alberto Saraiva e Sousa Subsecretário de Estado das Obras PúblicasPessoa
Síntese de Leitura

1944.02.05 - O Presidente da Câmara Municipal da Covilhã Luís Vitor Tavares Baptista enviou para o arquiteto João António de Aguiar o "esboço do programa para o edifício dos Paços do Concelho", alertando para as dimensões da empreitada e sugerindo algumas soluções, que haviam sido discutidas no dia anterior: "Como verá é coisa grande e vamos ver se lhe pode dar cumprimento, dentro das disponibilidades. Eu continuo com a ideia da arcaria que suponho ser imprescindível para nos livrar-mos do desaterro formidável das traseiras, embora nos topos talvez seja necessário aproveitar espaço." O documento anexo lista os ambientes, indicando as dimensões de cada sala destinada a abrigar os serviços da CMC, Tesouraria, Delegacia de Saúde, Repartição Técnica, Comissão Municipal de Turismo e o Comando da PSP.

1944.07.29 - O Presidente da CMC Luís Vitor Tavares Baptista escreveu ao arquiteto João António de Aguiar para apresentar alguns inconvenientes no projeto, discutidos em reunião da CMC. No começo da correspondência, o Presidente da CMC alerta que "para evitar susceptibilidades que poderiam ser motivadas por um parecer escrito, eu transmitira particularmente ao meu amigo a opinião da Câmara para V. junto do Engº. Espregueira Mendes ou do seu colega Adelino Nunes, ver se consegue eliminar no todo ou em parte os inconvenientes que apontamos". Passa então indicar algumas soluções, entre os quais "Eliminar o telhado em mansarda, permitindo que a altura vá para os 15 metros", "dar um maior desenvolvimento à fachada voltada para a praça", alertando que "esta agora é meter a foice em seara alheia da arquitetura", sugere que "para quebrar um pouco a monotonia da continuidade horizontal da fachada para a Rua António Augusto Aguiar não era possível criar um motivo principal com a porta de entrada mais oficial e mais rico de aspecto?". 

1946.02.12 - O Presidente da CMC Carlos Coelho enviou o "projeto relativo a trabalhos de terraplenagens para a construção do novo edifício dos Paços do Concelho, que se encontra incluído no plano do ano corrente" para o Engenheiro Diretor Geral dos Serviços de Urbanização, destacando que "pelo que se expõe na respectiva memória descritiva, V. Exª. verificará as imperiosas razões que levaram este Município a pedir desde já a respectiva comparticipação."

1946.01.11 - O arquiteto João António de Aguiar enviou ao Engenheiro Rafael  Santos Costa (Engenheiro Chefe da Repartição Técnica da CMC) "uma cópia do projeto dos Paços com alguns pormenores", avisando que outra cópia havia sido entregue no mesmo dia à Direção Geral de Urbanização, que solicitou o orçamento para que o pedido de comparticipação fosse formalizado. O arquiteto pede ainda ao Engenheiro que "veja as vigas da sala das sessões", agradecendo as opiniões ou sugestões.

1946.06.21 - O Engenheiro Chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos submeteu à apreciação do Diretor Geral dos Serviços de Urbanização o projeto da obra que a CMC "pretende realizar com a comparticipação do Estado, pelo Fundo de Desemprego", destacando que o "estudo que se apresenta constitui uma 1ª fase da obra que se pretende realizar compreendendo apenas a execução das terraplenagens necessárias à implantação do edifício". Esta etapa estava orçada em 188.200$00 e levaria seis meses para estar pronta.

1946.07.22 - A proposta de comparticipação foi aprovada através da portaria de 12/7/1946, de acordo com a correspondência enviada ao Presidente da CMC pelo Engenheiro Diretor dos Serviços de Urbanização do Centro. 

1947.05.10 - O Presidente da CMC Carlos Coelho escreveu à DGSU para solicitar que o prazo da obra, de responsabilidade da entidade, uma vez que a administração direta da empreitada "só em 7 de janeiro findo" havia sido autorizada  e que "o rigor de uns meses de inverno invulgar prejudicaram o seu andamento o protelaram consideravelmente a sua conclusão".

1947.11.04 - O Presidente da CMC Carlos Coelho escreveu à DGSU para solicitar um novo prolongamento  do prazo da obra, desta vez de mais 140 dias, uma vez que "A rocha compacta que se torna necessário desmontar, tem aumentado extraordinariamente de dureza à maneira que se vai desbancando e nós não temos possibilidade de usar cargas de explosivos apropriadas. Só é possível aplicar cargas de pólvora em pequena quantidade e mesmo assim, temos sofrido alguns dissabores, por prejuízos causados em veículos."

1948.01.05 - O arquiteto João António de Aguiar escreveu ao Engenheiro Rafael  Santos Costa pedindo para enviar-lhe os dois conjuntos de peças desenhadas do projeto, que seriam posteriormente substituídas pela nova versão do projeto, entregue à DGSU pelo arquiteto, em que se dá uma nova solução para a fachada do edifício, problema que despertava o interesse do Presidente da CMC, de acordo com a carta do arquiteto.

1948 ?- De acordo com minuta de Memorial não datado e não assinado, o projeto e a respectiva comparticipação haviam sido aprovados por Portaria, com prazo para a execução dos trabalhos fixado em três anos. De acordo com o texto, "Para que se possa fazer uma ideia da urgência e necessidade deste melhoramento, bastará dizer que os serviços da Câmara são os que possuem as piores instalações dos serviços públicos da cidade, sabendo-se que presentemente não existe nenhum serviço que possua instalações aceitáveis." Como era preciso demolir o antigo edifício, a demora na transferência de alguns dos serviços que nele funcionavam como os Correios, Telégrafos e Telefones, acabou por fazer atrasar o ritmo das obras.

1948 ? - O Engenheiro Chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos submeteu à apreciação do Diretor Geral dos Serviços de Urbanização o projeto e a proposta de comparticipação da construção do novo edifício dos Paços do Concelho da Covilhã, orçado então em 5.850.00$00. O documento informa ainda que "Quanto ao edifício, o projeto definitivo respeita, sem modificação sensível, as linhas gerais do ante-projeto, tendo-se apenas introduzido algumas alterações nos alçados laterais e posteriores que se consideram aceitáveis, e ainda modificado o desenvolvimento das escadarias exteriores que os circundam, o que permitiu a abertura dos vãos de janelas para a iluminação e ventilação das dependências do primeiro piso melhorando-se assim as condições de salubridade dos serviços a instalar naquele pavimento e nas do 2º piso cujas janelas se alteraram."

1948.03.04 - A comparticipação para as obras terraplenagem necessárias para construção dos novos Paços do Concelho da Covilhã é concedida pelo Subsecretário de Estado das Obras Públicas Luiz José de Avelar Machado Veiga da Cunha, representando o Ministro.

1948.04.05 - O Chefe da 4ª Seção da Direção dos Serviços de Urbanização do Centro Marcos da Silva Nogueira enviou ao Presidente da CMC informação prestada pela Repartição de Águas e Saneamento relativa a alguns pormenores faltantes no projeto de instalação elétrica e aquecimento. 

1948 ? - O Presidente da CMC escreveu ao Administrador Geral dos Correios, Telégrafos e Telefones para discutir uma solução provisória que permitisse a demolição dos antigos Paços do Concelho, onde estavam instalados os serviços telefónicos e o início das obras do novo edifício. Como os CTT pretendiam esperar o fim da construção do edifício a estes serviços destinado para realizar instalações definitivas, o início da obra dos novos Paços do Concelho ficavam a depender do avanço dos trabalhos de construção da sede desta outra entidade.

"Depois do que se expõe, ficamos convencidos de que não será possível iniciar a construção do Edificio dos Paços do Concelho da Covilhã, antes dos princípios do ano de 1953, admitindo que o Novo Edifício dos CTT da Covilhã estará em funcionamento em fins de 1949 e que a automatização será concluída nos três anos seguintes. (...) V.Exª. compreenderá bem que não será possível aguardar o início dos trabalhos do Edifício dos Paços do Concelho para 1953, avaliando também os enormes prejuízos que sofreria a administração e o Município da Covilhã, com tal demora."

1949.05.13 - O Presidente da CMC Carlos Coelho publicou através de anúncio a abertura do concurso para a adjudicação da empreitada de construção do Edifício dos Paços do Concelho, cuja base de licitação era de 5.570.450$00. A abertura das propostas aconteceria no dia 14 de Junho daquele ano, no salão da CMC.

1949.05.20 - Os representantes da firma Pardal Monteiro Lda escreveram ao Engenheiro Rafael dos Santos Costa para solicitar "o Caderno de Encargos e mais documentos públicos" relativos à construção do Edifício dos Paços do Concelho.

1949.06.12 - Foram abertas as seis propostas para a empreitada de construção do Edifício dos Paços do Concelho; a proposta do construtor civil João da Costa Riscado, o único concorrente sediado na Covilhã, apresentava o menor preço.

1949.08.10 - O Diretor Geral do Ensino Superior e das Belas Artes escreveu ao Chefe de Gabinete do Ministro das Obras Públicas para "transmitir a V.Exª. o despacho proferido, em 3 do corrente, por Sua Excelência o Subsecretário de Estado da Educação Nacional acerca do parecer em que a 1ª Subseção da 6ª Seção da junta Nacional da Educação propôs a classificação como imóvel de interesse público do edifício da Câmara Municipal da Covilhã ". No trecho transcrito lemos que "Quem conhece o edifício da Câmara Municipal da Covilhã e o ambiente arquitectónico recentemente criado à Praça do Pelourinho não pode deixar de concordar com o parecer referido do Snr. Arquitecto Pardal Monteiro. (...) os artistas que se manifestaram recentemente contra a demolição deste edifício, dificilmente encontrarão motivos justificados para manter o seu protesto se tiverem a oportunidade de apreciar o edifício nas condições em que ele hoje se encontra". 

1949.08.27 - A Repartição de Melhoramentos Urbanos da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização transmitiu ao Presidente da CMC o conteúdo  do despacho do Ministro das Obras Públicas José Frederico Ulrich, autorizando o início dos trabalhos de demolição, que deveriam sr "acompanhados cuidadosamente afim de se conseguir dar satisfação ao pedido formulado sobre a eventual existência de elementos históricos e arquitectónicos. (...) E desejo que durante a demolição do velho edifício sejam coligidos apontamentos e fotografias que permitam a organização de um relatório final".

1949.11.28 - O construtor civil João da Costa Riscado apresentou ao Chefe da Repartição Técnica da CMC o 1º Auto de Medições relativo aos trabalhos executados na obra dos Paços do Concelho da Covilhã, totalizando 152.093$57.

1950.01.16 - O arquiteto João António de Aguiar enviou ao Chefe da Repartição Técnica da CMC "pormenores retificados das cantarias das janelas do edifício dos Paços do Concelho, bem como o alçado principal desenhado de acordo com as últimas modificações.

1950.02.03 - O Vice-Presidente em exercício da CMC escreveu ao Comissariado do Desemprego para enviar uma requisição de cimento para "uma obra de interesse público, aprovada pelo Governo", destacando que "as quantidades requisitadas são as estritamente necessárias". 

1950.02.03 - O Chefe da Repartição Técnica da CMC informou ao Presidente da CMC que a 1ª Fase das obras de construção do Edifício dos Paços do Concelho, relativas à terraplenagem, encontravam-se concluídas e que este fato deveria ser comunicado à DGSU.

1950.03.27 - O Presidente da CMC determinou ao Chefe da Repartição Técnica da CMC que fosse feito "quanto antes, o estudo da construção de retretes e urinóis nos patamares das escadas que hão de circundar o novo edifício dos Paços do Concelho, estudo e estimativa que pode incluir, além das instalações referidas, engraxadorias, locais para venda de tabacos e jornais e outros que julgue possível construir e que considere de utilidade para o público." Estas determinações são por sua vez transmitidas ao arquiteto Aguiar em 4 de Abril de 1950.

1950.12.14 - O Engenheiro Diretor de Urbanização do Distrito de Castelo Branco, Alfredo Resende, comunicou ao Presidente da CMC que o Ministro das Obras Públicas havia autorizado a concessão imediata de um 2º escalão para a Construção do Edifício dos Paços do Concelho, na importância de 168.000$00.

1950.12.22 - O Comissário do Desemprego comunicou ao Presidente da CMC que a comparticipação de 400.000$00 concedida para a obra dos Paços do Concelho havia sido reforçada com 168.600.$00.

1951.03.08 - De acordo com deliberação do Subsecretário de Estado das Obras Públicas, um novo reforço de 493.600$00 à comparticipação já concedida de 332.000$00 à CMC para a execução da obra de arranjo da Praça do Pelourinho e ruas de acesso.

1951.07.09 - O Presidente da CMC encaminhou ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal o 10º Auto de medição referente à obra de Construção do Edifício dos Paços do Concelho".

1952.03.05 - O Ministério das Obras Públicas autorizou um novo reforço na comparticipação destinada à obra, no valor de 840.000$00.

1952.03.07 - O Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal encaminhou ao Presidente da CMC o 12º Auto de medição referente à obra de Construção do Edifício dos Paços do Concelho".

1952.03.29 - O Comissário do Desemprego escreveu ao Presidente da CMC que que este informasse "com urgência, do atual estado dos trabalhos da obra de Construção do Edifício dos Paços do Concelho da Covilhã, indicando o número de operários ou trabalhadores neles ocupado."

1952.04.04 - O  Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal informou ao Presidente da CMC que "o edifício em construção se encontra quase concluído, no tosco, com exceção da caixa da escada principal e elevador e do muro de suporte do acesso, na zona norte."

1953.02.07 - O Presidente da CMC encaminhou ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal o 14º Auto de medição referente à obra de Construção do Edifício dos Paços do Concelho".

1953.03.09 - O Presidente da CMC escreveu ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal para comunicar que o Engenheiro Diretor da DGSU havia autorizado a ampliação do prazo para 1954.06.30, como havia sido comunicado pelo Diretor da Direção de Urbanização do Distrito de Castelo Branco.

1953.05.30 - O  Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal solicitou ao arquiteto Aguiar que enviasse "os pormenores das cantarias exteriores do alçado das instalações sanitárias públicas previstas no patamar da escada lateral direita ao Edifício".

1953.06.08 - O  Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal solicitou ao enviou ao arquiteto Aguiar "os elementos que julgamos necessários para o estudo de revisão da escada principal do edifício dos Paços do Concelho. Junta-se também uma solução que embora não nos satisfaça inteiramente, nos parece ser a única que será possível satisfazer, sem se proceder a demolição de obra já executada."

1953.07.01 - O  Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal informou ao Presidente da CMC "fez-se um estudo que consiste no aproveitamento de todo o vão do telhado" para contornar os altos custos envolvidos na execução da" armação metálica no corpo central", que alcançavam 84.000$00, substituída por uma estrutura de betão armado, que custaria 62.361$00.

1953.06.06 - O Presidente da CMC escreveu ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal para comunicar que o autor do projeto havia sido convocado à comparecer à obra para tratar de "vários pormenores da execução do trabalho", relacionados à escada de acesso do 1º andar, os portões de ferro e balaústres das escadas, de acordo com a determinação do Diretor da DUCB depois da visita à obra do Engenheiro Chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos. A vinda do arquiteto estava "anunciada para a próxima semana".

1953.07.30 - O Vice-Presidente em exercício da CMC, Alexandre de Quental Calheiros Veloso, informou ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica que a CMC optava pela solução em betão armado para a parte central da cobertura do edifício.

1953.08.27 - O arquiteto João António de Aguiar enviou de Lisboa "os novos estudos das instalações sanitárias da Praça do Pelourinho, com 2 soluções de planta e de alçados para apreciação" ao Chefe da Repartição Técnica da CMC.

1953.09.03 - O representante da Repartição Técnica da CMC Delfim dos Anjos Lopes informou o arquiteto João António de Aguiar que a CMC optava pela "solução A - alçado variante para a instalações sanitárias junto ao Edifício dos Paços do Concelho", solicitando ainda que o arquiteto enviasse "com a maior urgência pormenores das cantarias das portas", uma vez que era preciso "dar início imediato a estes trabalhos".

1953.12.20 - O Engenheiro Chefe da Repartição Técnica da CMC elaborou uma informação acerca do "Mapa de trabalhos a mais, a menos e adicionais", no qual recomendou que "se elaborasse em definitivo este mapa prevendo já a conclusão da obra", ressaltando que "alguns acabamentos do edifício não correspondem, não só funcionalmente, como também à sua importância".

1954.03.11 - O Presidente da CMC escreveu ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal para comunicar que o Diretor da DGSU havia nomeado "o Senhor Arquiteto Álvaro da Fonseca, em serviço na Direção de Urbanização de Coimbra, para conjuntamente com o autor do projeto e esse Município, estudar as alterações que se tornam necessárias executar na obra".

1954.04.24 - Em correspondência particular, o Presidente da CMC escreveu ao "amigo" Álvaro da Fonseca para enviar as cópias das plantas recebidas do arquiteto Aguiar, além de notas que complementam o "memorial", especificando pormenores relativos ao Hall do 2º piso, escadaria principal, porões da arcada do rés-do-chão, salão nobre, gabinetes, instalações do elevador e elétricas e arquivo. No documento, o Presidente da CMC ainda informa sobre os gastos da obra em relação ao orçamento, sublinhando que havia ainda verba disponível: "Como vê há pano para mangas..."

1954.05.21 - O Presidente da CMC Carlos Coelho informou ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal que, de acordo com a informação elaborada pelo arquiteto Álvaro da Fonseca depois da visita à obra realizada com o arquiteto, um técnico da DUCB e representantes do município, fixaram os acabamentos da obra, além de sugerir que se considerasse incluir no salão nobre um "painel parietal decorativo, de pintura a fresco com motivos adequados às atividades da vida local e regional", um "baixo relevo decorativo" na sala anexa a 2 "motivos decorativos em cerâmica" na zona de passagem que antecede este salão. Recomenda-se também no documento a substituição das "janelas previstas em madeira por caixilharia de ferro", também prevista para os "portões da arcada do rés-do-chão".

1954.08.16 - O Engenheiro Chefe da Repartição Técnica informou ao Presidente da CMC que a obra estava "prestes a entrar em trabalhos de acabamento" e que presentemente procede-se a trabalhos de valorização da escadaria principal".

1955.01.30 - O Engenheiro Eletrotécnico Moreira dos Santos enviou a "oferta de instalação telefónica do novo edifício dos Paços do Concelho".

1955? - A CMC elaborou o documento intitulado "Condições do concurso de fornecimento das estátuas de Frei Heitor Pinto e Pero da Covilhã, destinadas à Câmara Municipal da Covilhã", no qual estabelece que seriam apresentados modelos de "1/3 do tamanho natural", fixado em 2,5 metros de altura, a executar em pedra Lioz de 1ª. O júri nomeado pelo Presidente da CMC escolheria o vencedor, que executaria ainda um modelo em barro em tamanho definitivo "para apreciação do júri" antes de executar o trabalho final.

1955? - Integra o processo uma memória de cálculo da viga do pórtico em arco da entrada da escada principal assinada pelo engenheiro civil Jaime Pereira Gomes.

1955.03.28 - O representante do Presidente da CMC, Engenheiro Mário Caetano Tarouca, informou ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal que o Subsecretário de Estado das Obras Públicas havia autorizado a ampliação do prazo da obra até 1955.09.30, "com anulação da redução de 15% referente à 3ª prorrogação automática".

1955.04.20 - O Presidente da CMC Coronel António Matoso Pereira informou ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal que "A Câmara, no desejo de abrir ao público, quanto antes, a arcaria do novo edifício dos Paços do Concelho, deliberou, por unanimidade, que a Repartição Técnica Municipal providencia no sentido de serem rapidamente ultimados os trabalhos necessários - construção e colocação de portões, instalação elétrica e colocação de candeeiros, etc. - indispensáveis a atingir-se aquele objetivo."

1955.08.13 - O Júri, composto pelo escultor Diogo de Macedo, o pintor Lino António, Mário da Costa Quintela, o arquiteto João António Aguiar, o engenheiro Ernesto de Campos Melo e Castro, o professor António Esteves Lopes, o engenheiro Rafael dos Santos Costa, atribuiu o primeiro prêmio para a estátua do Frei Heitor Pinto para o trabalho do escultor João Fragoso, de Lisboa, deixando vago o primeiro prêmio para a estátua de Pêro da Covilhã, atribuindo a segunda colocação à proposta do escultor José Farinha, de Lisboa.

1955.11.17 - O Presidente da CMC Coronel António Matoso Pereira informou ao Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal que o Comissário do Desemprego havia autorizado a ampliação do prazo de conclusão da obra para 1956.09.30.

1955.12.27 - O Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal encaminhou ao Presidente da CMC o 21º Auto de medição referente à obra de Construção do Edifício dos Paços do Concelho".

1956.02.24 - O Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal Rafael dos Santos Costa escreveu em tom amigável, em correspondência particular, ao arquiteto Aguiar para formalizar alguns pormenores relacionados à obra discutidos no dia anterior por telefone, acerca da estereotomia para o pavimento do átrio, os plintos das estátuas e os mármores do átrio, além de anunciar a previsão de um novo bairro operário a projetar junto à linha do caminho de ferro.

1956.02.24 - O construtor civil João da Costa Riscado respondeu ao ofício enviado pelo Engenheiro Chefe da Repartição Técnica Municipal dizendo que havia recebido da Casa Pardal Monteiro, fornecedora dos mármores para os Paços do Concelho da Covilhã, a promessa formal de que estarão a tempo na obra, todos os mármores necessários à sua execução, de maneira a permitir que o prazo de conclusão não seja excedido". O construtor afirmou que seria "desnecessário levantar o problema" da multa por não haver "motivos para que seja aplicada", sublinhando que "a quem cabe a menor culpa do atraso da obra é a mim na qualidade de empreiteiro".

1956? - Fazem parte do processo diversos desenhos e fotografias de itens de mobiliário e equipamentos elétricos a adquirir e instalar na obra, além de uma relação de aquisições e adjudicações de "Mobiliário e ornamentos para decorações" feitos junto às firmas José Olaio e Cª., Alcobia, F. Matos Soares & Irmão, M. da Costa Saraiva.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Paços do Concelho da Câmara Municipal da Covilhã. Acedido em 22/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/16439/pacos-do-concelho-da-camara-municipal-da-covilha

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).