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Mercado, Alijó (Feira de Gado)

Processo que contém desenhos originais de anteprojeto e projeto do mercado para terreno no que é hoje o jardim da Avenida Francisco Sá Carneiro, e volume de correspondência entre Cassiano Barbosa e a Câmara Municipal de Alijó.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Tipo de Processo
Projeto de ArquiteturaTipo de Processo
Anos Início-Fim
1941-1945

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1941.01.27
Última Data Registada no Processo
1945.07.07
Projeto de Arquitetura (Autoria)
Intervenção / Apreciação
Henrique Domingos Pereira Comissão Municipal de Higiene do Concelho de Alijó 1944Pessoa
António Maria Pinto Martins Júnior Comissão Municipal de Higiene do Concelho de Alijó 1944Pessoa
José Rufino Comissão Municipal de Higiene do Concelho de Alijó 1944Pessoa
Decisão Política
José Rufino Presidente CMA 1941Pessoa
Síntese de Leitura

1941.05.27 - A Câmara Municipal de Alijó (CMA) solicita ao arquiteto Cassiano Barbosa que informe se aceita o encargo dos projetos do Mercado Municipal e da remodelação dos Paços do Concelho, e do prazo necessário para a sua elaboração.

1941.06.04 - Resposta de Cassiano Barbosa, informando que aceita os projetos, necessitando de 30 dias para cada um dos anteprojetos e 40 dias para cada um dos projetos definitivos. Solicita informação sobre programa e orçamento e sugere que os honorários sejam equivalentes a 2/3 de 5% da totalidade dos orçamentos.

1941.06.16 - A CMA, pelo seu presidente José Rufino, informa que considera gastar entre 100.000$ a 150.000$ em cada uma das obras. Sugere honorários equivalentes a 4% dos orçamentos, incluindo projetos, cadernos de encargos, orçamentos, programas de concurso, estudos de cimento, viagens. Define-se como prazo final para os projetos definitivos 1941.10.30.

1944.01.09 - Carta de Cassiano Barbosa à CMA, enviando novo anteprojeto do Mercado, acompanhado de elementos solicitados pela Secção dos Melhoramentos Urbanos, e solicita a liquidação dos honorários.

A memória descritiva e justificativa começa por referir que o mercado seria construído no recinto onde se realiza a feira semanal, tendo sido escolhido pela CMA. Considera-se o “terreno naturalmente indicado, não só relativamente ao aglomerado urbano, onde ocupa uma posição central, mas ainda porque deve servir a população das freguesias vizinhas”. Refere-se, a propósito, que, na vila de Alijó, se realizam mensalmente duas feiras de produtos agrícolas próprios da região, gados e outros, e semanalmente dois mercados, sendo estes últimos que se pretendem albergar no novo edifício.

Explica-se que, “atendendo aos recursos financeiros do Município e à modéstia do aglomerado urbano”, se projetou “um mercado constituído por um grupo de pequenos pavilhões independentes e diferenciados quanto ao seu destino”: Um volume de entrada, voltado para a praça; dois volumes cobertos laterais para vendas permanentes; dois alpendres centrais para os vendedores de carreira; um volume para instalações de peixe e pequeno fontanário.

Conservam-se algumas árvores existentes e “procurou-se dar à arquitectura do edifício uma feição simples e que se harmonizasse com o ambiente”.

Construtivamente, o edifício teria paredes em alvenaria, pilares de cantaria de granito, estruturas das coberturas em madeira.

1944.01.19 - A CMA envia a Cassiano Barbosa um cheque na quantia de 1.500$.

1944.01.29 - Ata de sessão da Comissão Municipal de Higiene do Concelho de Alijó, assinada por José Rufino, Henrique Domingos Pereira e António Maria Pinto Martins Júnior, onde se emitiu um parecer sobre o anteprojeto. Considera-se que este “satisfaz plenamente o fim a que se destina e que por isso a sua aprovação é muito urgente e inadiável visto o mercado existente constituir um perigo para a salubridade pública”.

1944.12.23 - Parecer da Secção de Melhoramentos Urbanos sobre o anteprojeto do mercado de tipo rural, que se considera “de feliz concepção quer sobre o ponto de vista funcionar quer quanto ao aspecto arquitectónico, revelando o seu traçado que o autor não desconhece o problema dos Mercados”. Aconselha-se a “supressão das divisórias” nos ligares de vendas fixas para aumentar o número de vendedores. Questiona-se “se a área total do mercado que se projeta está proporcionada à população que serve” e, embora se considerem os materiais adequados, lembra-se “a conveniência de empregar nos arruamentos a calçada com cubos com as juntas forradas a cimento, em vez das placas de betão com juntas profundas”. Considera-se o anteprojeto em condição de merecer apreciação superior e servir de base ao estudo definitivo.

1945.07 - Projeto definitivo, com orçamento de 1.020.285$99.

1945.07.07 - A CMA informa Cassiano Branco de ter recebido os elementos do projeto. Em 1945.09.12 envia um cheque de 3.000$ e, em 1945.12.27, um cheque de 2.000$.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Mercado, Alijó (Feira de Gado) . Acedido em 03/12/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/16697/mercado-alijo-feira-de-gado

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).