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Grémio da Lavoura de Odemira - Associação de Regantes do Mira - Alterações ao projeto

Este processo (de projeto) faria parte da candidatura a empréstimos e/ou comparticipação por via da figura dos Melhoramentos Agrícolas.

Capa com rótulo onde aparece a designação do projeto – Associação de Regantes do Mira / Grémio da Lavoura de Odemira – e as siglas do Ministério das Obras Públicas (MOP), da Direção-Geral dos Serviços Hidráulicos (DGSH) e do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira (AHEM). A capa exibe ainda um carimbo da Junta de Colonização Interna – 3ª Repartição (JCI) com uma referência (131.000), um número de processo (13.153) [n.º proc. Melhoramento Agrícola] e um número de folha (20). Na lombada ainda se pode ver uma etiqueta com o número “565 a” datilografado.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Designação do Processo
Grémio da Lavoura de Odemira - Associação de Regantes do Mira - Alterações ao projeto
Anos Início-Fim
1961
Localização Referida
BejaDistrito Histórico (PT)
Referência Inicial
Processo 13.153 (Melhoramento Agrícola)
Outras Referências
Processo 1640 (cota arquivo)
Produtor do Processo

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1961.12.12
Última Data Registada no Processo
1962.04.03
Entidade Requerente / Beneficiária
Entidade Utilizadora
Projeto de Arquitetura (Autoria)
Raúl Chorão Ramalho ArquitetoPessoa
Projeto Estabilidade (Autoria)
Financiamento
Legislação Relacionada 2
Síntese de Leitura

As alterações dizem respeito a uma pequena ampliação no piso de acesso, na parte do edifício destinada ao Grémio da Lavoura de Odemira e solicitada por esta entidade. O projeto de estabilidade é assinado pelo engenheiro Herculano Pedro Chorão de Carvalho. Esta é a versão do projeto que foi construída.

Pela análise das peças desenhadas presentes no processo, podemos verificar que o edifício está localizado num lote de terreno sensivelmente triangular (embora irregular), num gaveto formado pela Estrada da Circunvalação e pela Rua Engenheiro Arantes e Oliveira. A implantação da construção segue, de certo modo, a forma do lote, aproveitando-o ao máximo. O acesso principal faz-se através de uma pequena praceta / área ajardinada, localizada no gaveto e com acesso por escadas através das duas ruas. Deste modo, o edifício cria uma zona pública ao ar livre, com zonas de estada, permitindo uma certa “respiração” numa malha urbana que, apesar de não ser propriamente densa, denota alguma falta de espaços públicos abertos.

O programa foi distribuído por quatro pisos. A entrada faz-se através do 2.º Piso, nomeadamente através de um átrio comum às duas entidades utilizadoras do edifício, onde se encontra a escada de acesso ao piso superior. O restante 2.º piso alberga funções do grémio de lavoura ou a este associadas. Junto da fachada poente (Estrada da Circunvalação) estão localizados a maior parte dos serviços do grémio: direção, sala de espera, secretarias (serviços gerais e trigos) e gerente. Junto da fachada norte estão outras funções do grémio: contabilidade, arquivos e instalações sanitárias. A nascente, numa zona semienterrada, encontram-se funções da caixa de crédito agrícola (arquivos, gabinete, secretaria, arrecadação e zona de público) e gabinetes veterinários.

Todas estas divisões se organizam em torno de um pátio semiaberto que contém a escada de acesso ao piso inferior, o 1º Piso. Este tem acesso exterior apenas a partir da Estrada da Circunvalação e alberga funções do grémio da lavoura: armazéns, celeiro, zona de venda ao público, entre outras.

O 3º Piso organiza-se a partir de um hall, acessível através da escadaria do átrio de entrada, e exteriormente através da Rua Engenheiro Arantes e Oliveira. É composto por algumas divisões comuns – designadamente uma “sala de festas / assembleias gerais / conferências”, com gabinete anexo, que se prolonga e protege a zona de entrada do edifício – e por funções destinadas à associação de regantes, num corpo em dois pisos. No 3º piso encontramos as seguintes divisões: zona de público, gerente, secretaria, arquivos e instalações sanitárias. No 4º piso: galeria de circulação, gabinetes, arquivos, sala de espera, gabinete do presidente, sala de reuniões da direção e instalações sanitárias. O estreito corpo da associação de regantes acompanha a rua e, devido à sua cota elevada, beneficia de ampla iluminação natural tanto na sua fachada nascente como na sua fachada poente.             

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Grémio da Lavoura de Odemira - Associação de Regantes do Mira - Alterações ao projeto. Acedido em 20/09/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/17320/gremio-da-lavoura-de-odemira-associacao-de-regantes-do-mira-alteracoes-ao-projeto

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).