Adega Cooperativa de Borba - Projeto da 3.ª Fase
Este processo faria parte da candidatura, pela Adega Cooperativa de Borba, a empréstimo por via da figura dos Melhoramentos Agrícolas, para ampliação da sua adega (3ª fase). O processo é constituído por dois volumes (dois dossiers pretos): o projeto de arquitetura e o estudo de estabilidade. Das capas apenas constam etiquetas nas lombadas, referentes à cota de arquivo.
O projeto de arquitetura (assinado pelo arquiteto José Vitorino da Costa Bastos) é constituído por memória descritiva e peças desenhadas (planta topográfica, pavimentação, plantas, alçados e cortes do edifício principal, do edifício de serviços do pessoal e do tegão). O estudo de estabilidade (assinado por Jaime Pereira Gomes e José Jaime Simões de Mendonça) é constituído por memória descritiva e justificativa, cálculos de betão armado, desenhos de betão armado, desenhos de conjunto e desenhos dos pormenores das estruturas.
Identificação
Processo 1422 [cota arquivo]
Análise
1971.08.11 – Data da memória descritiva do projeto de ampliação (3ª fase) da Adega Cooperativa de Borba. Nela se escreve que os objetivos da intervenção são, por um lado, o aumento da capacidade (em cerca de 6340 pipas – mais de 150% da capacidade anterior) num novo corpo de depósitos de fermentação e guarda e, por outro, a criação de novas instalações de engarrafamento, receção de uvas (nova casa das básculas) e serviços do pessoal. Os novos edifícios foram implantados no sentido de “cumprir os esquemas funcionais programados e obter o desejável equilíbrio de volumes, [bem como] deixar a possibilidade de futuras ampliações”.
No entanto, em relação ao “partido estético”, refere-se que “não foi possível conservar as proporções do atual edifício pois o volume do corpo de depósitos, por exigência do programa, é muito diferente do existente, e o de engarrafamento pela quasi continuidade dada à fachada frente altera profundamente esta. Procurámos, sempre dentro da ideia [de] que se trata de um edifício do tipo industrial e, portanto, necessariamente simples e funcional, conservar-lhe o equilíbrio da superfície e de volumes e evitar a desagregação do conjunto pela integração dos novos corpos no espírito arquitetónico dos existentes”.
Neste documento refere-se ainda a existência de um anteprojeto e que o novo corpo de depósitos de fermentação e guarda ocupou parte de um terreno então recentemente adquirido (de 919m2 segundo a planta topográfica de julho 1970). As peças desenhadas do projeto têm as seguintes datas extremas: abril de 1970 (pavimentação) e abril de 1971 (desenhos do edifício a escala 1:100).
O estudo de estabilidade não está datado. Nele se explicita os vários sectores da obra que foram calculados: o conjunto principal das instalações (zona de armazenamento, zona de engarrafamento, casa da caldeira e anexos), o tegão isolado, a casa da báscula, e o edifício de serviços de pessoal). Refere-se também qual a estrutura resistente para cada sector, descrevendo também algumas alvenarias de enchimento e materiais das coberturas. A conceção e cálculos do estudo considerou a estabilidade do edifício às ações sísmicas.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Adega Cooperativa de Borba - Projeto da 3.ª Fase. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/17932/adega-cooperativa-de-borba-projeto-da-3-fase