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Processo de Construção de um Edifício para o Posto de Socorros e Residência da Professora, em Pombeiro da Beira

Processo completo de pedido de comparticipação, que inclui duas versões do projeto de arquitetura, correspondências diversas trocadas entre os serviços da DGSU e da DUC e com os representantes da entidade peticionária, a Comissão Pró-Construção do Posto de Socorros de Pombeiro da Beira, representada por Arminda Caetano Sanches, mãe do Ministro Rui Sanches e irmã do Marcello Caetano.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Tipo de Processo
Designação do Processo
Processo de Construção de um Edifício para o Posto de Socorros e Residência da Professora, em Pombeiro da Beira
Anos Início-Fim
1965-1979
Referência Inicial
Processo n.º 226/MU/65
Outras Referências
Processo n.º C-226/65

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1965.02.22
Última Data Registada no Processo
1979.02.26
Entidade Requerente / Beneficiária
Projeto de Arquitetura (Autoria)
Financiamento
Intervenção / Apreciação
E. Perestrelo de Oliveira Chefe da Repartição dos Serviços AdministrativosPessoa
Leopoldo Faria de Gouveia Engenheiro Diretor da DUCPessoa
Alfredo Fernandes Engenheiro Diretor dos ServiçosPessoa
Arminda Alves Caetano da Silva Sanches Presidente da ComissãoPessoa
M. Travassos Valdez Arquiteto da 3ªZona de ArquiteturaPessoa
Mario das Neves Carneiro Engenheiro do Serviço de Obras da DUCPessoa
J.M. Donas Botto Engenheiro Diretor Interino da DGSU 14/3/1969Pessoa
José Ferreira da Cunha Engenheiro Diretor da DGCEPessoa
Álvaro Duarte da Silva Sanches Representante da ComissãoPessoa
Decisão Política
Rui Alves da Silva Sanches Ministro das Obras Públicas 27/09/196825/4/1974Pessoa
Síntese de Leitura

Processo 226/MU/65, comparticipação concedida em 16/8/1966 à "Comissão Pró-Construção do Posto de Socorros, em Pombeiro da Beira" para a construção desta obra, juntamente com a residência da professora da Escola Primária local.

Primeiro anteprojeto apresentado pelo Engenheiro civil Luis Alberto de Figueiredo do Vale em Fevereiro de 1965, revisto em Março do ano seguinte em função das recomendações decorrentes da apreciação do projeto pelo arquitecto M. Travassos Valdez, que assina a  informação 32/65 da DGSU.

"Actualmente, os médicos que se deslocam a Pombeiro da Beira, não dispõem de qualquer dependência onde possam dar consultas e observar e tratar os doentes com um mínimo de condições de higiene e conforto, o que torna precária a assistência médica às populações, feita nestas condições. Também se tem sempre verificado a dificuldade de manter provido um dos lugares de professora do ensino primário com uma continuidade desejável por a sede da freguesia de Pombeiro da Beira não dispôr de qualquer pensão e não existir qualquer casa em que a respectiva professora se possa instalar com um mínimo de comodidade e dignidade, pelo que assim acaba por solicitar a sua transferência logo que lhe é possível." (Luis Alberto de Figueiredo do Vale, Memória Descritiva do Projecto de Construção de Um edifício em Pombeiro da Beira, Concelho de Arganil, para Posto de Socorros e habitação da Professora, 22/Fev/1965 226/MU/65, AHOTDU).

Carta da Presidente da Comissão Pró-Construção do Posto de Socorros de Pombeiro da Beira Arminda Alves Cateano da Silva Sanches, em 17/5/1965, acompanhada de um anteprojeto e de uma estimativa do orçamento da obra.

"Pensou-se, portanto, tentar resolver estes dois problemas com a construção dum edifício, instalando no rés do chão o Posto de Socorros e no primeiro andar, a residência da professora. Tem suscitado grande interesse a ideia entre os naturais da freguesia, espalhados por África, América, Brasil, Lisboa, etc, e que com a maior solicitude, contribuem para o progresso das suas terras, sempre que se tratara dum melhoramento. (...) Um pombeirense, residente em Manaus, ofereceu um terreno em bom local, para a construção do Posto. Um engenheiro fez, gratuitamente, um projeto da obra, que, juntamente, envio a V.Exa. e outras ofertas se seguiram, que, até agora, perfazem quarenta mil escudos"

A informação da Direcção dos Serviços de Melhoramentos Urbanos n.º166/65 é favorável a realização do projeto mas sublinha que "não existe em Plano qualquer verba para esta obra", propondo a sua inclusão no futuro plano de Melhoramentos Urbanos a inaugurar em 1966, o chamado Plano Comemorativo. No entanto, em função das observações decorrentes da apreciação do projeto pelos técnicos da DGSU, que consideraram o "aspecto arquitectónico" de "concepção excessivamente modesta" um novo projeto remodelado é apresentado em 31/3/1966.

Aprovado o projeto e concedida a comparticipação, a entidade peticionária, através de sua presidente, pede ainda que a obra seja realizada através de administração direta, uma vez que a Comissão já dispunha de alguns materiais doados pelos beneméritos locais. A obra iniciou em 26/9/1966 e acabou por ser incluída no Plano Comemorativo de 1966, tendo sido dada por concluída em 6/10/1967, ainda que o Auto de Vistoria Geral só tenha sido lavrado em 19/6/1969. A obra foi inaugurada em 1970.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Processo de Construção de um Edifício para o Posto de Socorros e Residência da Professora, em Pombeiro da Beira. Acedido em 22/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/1808/processo-de-construcao-de-um-edificio-para-o-posto-de-socorros-e-residencia-da-professora-em-pombeiro-da-beira

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).