Mercado da Covilhã
Volume único composto de correspondência trocada entre a Repartição de Estudos de Edifícios e os serviços da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e pareceres sobre o projeto do Mercado Municipal da Covilhã.
Identificação
Análise
1938.12.09 - O Diretor Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais enviou o projeto e orçamento relativos ao Mercado Municipal da Covilhã ao Vogal Secretário do Conselho Central desta Direção Central.
1938.12.09 - Em informação acerca do orçamento da obra, o engenheiro que analisou as peças escritas, preços e orçamento, fez observações acerca da organização do documento, parecendo-lhe aceitáveis e bem organizadas, exceção feita à rubrica dos "lucros do empreiteiro e todo o serviço do arquiteto". O engenheiro também sugere que a pedra que seria desmontada fosse usada na construção.
1939.03.09 - Em parecer sobre o projeto, o técnico que o analisou declarou que o "edifício projetado apresenta-se bem, ainda que nos parecesse escusada certa procura de efeitos de alçados que julgaríamos dispensáveis. No entanto, há que respeitar gostos individuais desde que não ofendam demasiado o bom senso, Alguns pormenores são mesmo interessantes. Quanto à adoção de terraços em tão importante área, continua isto a representar para nós um problema cujos resultados práticos finais o tempo e a experiência se encarregarão de demonstrar."
1939.03.13 - A Comissão encarregada de apreciar o projeto do Mercado Municipal da Covilhã emitiu seu parecer, em que se lê: "O projeto vem assinado por técnicos que se supõe não estarem registados no nosso Ministério, mas, no entanto, está bem elaborado e estudado nos seus diferentes pormenores, tanto arquitetónica como tecnicamente, apresentando exteriores interessantes e agradáveis. Na Memória justifica-se o emprego de uma laje de betão armado na cobertura do mercado, para poder servir em dias de maior movimento e como previsão para um futuro aumento; foi de certo por esses dois motivos que não consideraram os autores qualquer espécie de impermeabilização para revestimento da cobertura, mas dessa forma as lojas e as várias dependências do 1º andar ficarão sujeitas a todos os desagradáveis inconvenientes resultantes das infiltrações que inevitavelmente se darão. (...) O orçamento apresenta várias irregularidades que não estão de harmonia com as disposições legais para efeito de comparticipação." Ainda assim, a Comissão recomendou a provação do projeto, "desde que se fixe em 430.000$00 a verba para mão de obra e se estabeleça um prazo de 24 meses para a sua execução."
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Mercado da Covilhã. Acedido em 23/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/18689/mercado-da-covilha