1978.06.16 - O diretor do Gabinete de Apoio Técnico do Alto Tâmega (GATAT), engenheiro Luís António Teixeira Coutinho, remete ao presidente da Câmara Municipal de Montalegre (CMM) o projeto de arquitetura do Centro Social de Venda Nova.

A memória descritiva, de 1978.06.08 e assinada pelo arquiteto Júlio Augusto Gomes Teles Grilo, refere que o projeto responde “às necessidades manifestadas por esta Junta de Freguesia no sentido de dar uma cobertura social a todas as aldeias que dela fazem parte”. O Centro Social localiza-se num terreno contíguo ao logradouro da escola primária, pertencendo à Junta de Freguesia. O Centro Social contempla, no rés-do-chão, átrio, biblioteca, sanitários, gabinete da Junta de Freguesia e Arquivo e, no primeiro andar, salão, arrumos e sanitários. Em termos construtivos, as estruturas projetam-se em betão armado, as paredes em tijolo, a cobertura em tela asfáltica assente ma laje do teto, as escadas em betão armado, o pavimento em placas de granito ou tijoleira, as paredes exteriores rebocadas com cal hidráulica, as caixilharias em madeira de castanho.

O orçamento estima-se em 2.700.000$.

1980.02.12 - O presidente da CMM informa José de Oliveira Gastão de que lhe foram adjudicados os trabalhos referentes à parte elétrica nas obras “Casa de Cultura de Montalegre” e “Centro Social de Venda Nova”.

1980.03.27 - Edital de abertura de concurso limitado para a empreitada do Centro Social de Venda Nova, com base de licitação de 3.332.493$40, assinado pele presidente da CMM, José António Carvalho de Moura.

1980.06.12 - Carta do presidente da CMM ao diretor do GATAT, informando que a obra foi adjudicada ao empreiteiro José de Oliveira (Braga). Solicita-se que o GATAT acompanhe a obra, “dadas as deficiências existentes nos serviços da Câmara”.

1980.10.01 - Comunicação do GATAT, pelo engenheiro-diretor Luís António Teixeira Coutinho, ao engenheiro José Luís Canedo, informando que a obra se encontra em fase adiantada, sendo urgente “o envio à Câmara Municipal de Montalegre do projecto de Electricidade”.

1980.10.13 - Auto de medição n.º 1, no valor de 1.352.344$40, assinado pelo engenheiro-chefe dos Serviços Técnicos da CMM [ilegível].

1980.11.24 - Auto de medição n.º 2, no valor de 882.628$60, assinado pelo chefe de fiscalização do GATAT, António Sousa Alves.

1981.03.09 - Auto de medição n.º 3, no valor de 1.123.600$.

1981.09.14 - Carta ao presidente da CMM, assinada pelos presidentes das Juntas de Freguesia de Venda Nova (JFVN) (Joaquim Pereira), [ilegível] e Reigoso [ilegível]. Alerta-se para o facto de as obras do “Centro Social-Casa do Povo” terem sido interrompidas “quando faltava apenas a instalação eléctrica e os acabamentos finais”. Refere-se que “os Serviços Médico-Sociais que abrangem todas estas freguesias estão a funcionar em precárias condições numa casa alugada na mesma freguesia de Venda Nova” e que as freguesias se encontram também “privadas da realização de um circuito de cinema, previsto pela Junta Central das Casas do Povo, em virtude de não possuírem ainda instalações adequadas para o efeito”.

1983.02.28 - Carta da CMM a José Oliveira, onde indica ter intenção de proceder à receção das obras do “Centro Social de Venda Nova” e da “Biblioteca Municipal de Montalegre”. Solicita-se a sua comparência no edifício da CMM.

1983.12.16 - Auto de medição n.º 5, no valor de 577.067$10, assinado pelo engenheiro-chefe dos Serviços Técnicos da CMM, Álvares Pereira.

1983.12.16 - Auto de medição n.º 6, no valor de 59.880$, assinado pelo engenheiro-chefe dos Serviços Técnicos da CMM.

1984.04.13 - Auto de medição n.º 7 no valor de 560.764$70, assinado pelo engenheiro-chefe dos Serviços Técnicos da CMM.

1984.10.22 - Carta da Administração Regional de Saúde de Vila Real (ARSVR), assinada pelo diretor do Centro de Saúde de Montalegre (CSM), Diogo Alves Vaz Pereira, informando o presidente da CMM de que o Centro Social de Venda Nova “deixa entrar água em quantidade abundante pelo tecto”.

1984.11.26 - O presidente da CMM, José António Carvalho de Moura, responde informando que o “edifício foi recebido provisoriamente por esta Câmara Municipal” e que a mesma deu conhecimento ao adjudicatário da obra do problema para que seja solucionado.

1984.12.05 - Carta da direção do Centro de Saúde, assinada por Maria Inês Rodrigues Duarte, solicitando que a CMM resolva o problema, referindo que “chove como na rua, e devido a infiltrações, e apesar de há dois dias não chover, parte do edifício continua a ser inundado”. Explica-se que se pensou utilizar a sala da Casa do Povo provisoriamente, mas que a mesma é necessária a tempo inteiro para as suas funções. Refere-se que se corre o risco “de ter que se parar com a assistência médica na Venda Nova”.