Casa da Cultura de Montalegre
Pedido de apoio financeiro e correspondência administrativa da obra de transformação de uma antiga escola tipo Adães Bermudes a Biblioteca Municipal. O processo encontra-se incompleto, organizado num volume em capa preta do Gabinete de Apoio Técnico do Alto Tâmega (GATAT), com o número de processo 394-M-80, a designação “Casa da Cultura de Montalegre” e uma referência à Câmara Municipal de Montalegre. Contém ainda peças escritas e desenhadas do projeto de arquitetura.
Identificação
Análise
1979.10.26 - Data de publicação no Diário da República da portaria do Ministro das Finanças, autorizando “nos termos do Decreto-Lei n.º 97/70, de 13 de março, a cessão à Câmara Municipal de Montalegre, a título definitivo, mediante o pagamento da compensação de 400 contos, do antigo edifício escolar de Montalegre para nele instalar alguns serviços, bem como uma biblioteca municipal”.
1980.02.06 - Memória descritiva e justificativa do projeto da Casa da Cultura de Montalegre, assinada pelo arquiteto do Gabinete de Apoio Técnico do Alto Tâmega (GATAT), Júlio Augusto Gomes Teles Grilo. Começa por referir que a Câmara Municipal de Montalegre (CMM) resolveu aproveitar o edifício da antiga escola primária tipo Adães-Bermudes, que se encontrava em “avançado estado de deterioração”, para ampliação e instalação de uma biblioteca.
O orçamento estima-se em 860.000$
1980.03.01 - Pedido de subsídio pelo presidente da CMM ao presidente da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), para equipar a biblioteca e museu, “obra de que tanto irá beneficiar este honrado e pacífico povo de Barroso”.
1980.05.29 - A CMM delibera adjudicar a empreitada para construção da Casa da Cultura de Montalegre a José de Oliveira (Gastão), com base em Braga, por 6.224.124$.
1980.07.02 - O GATAT, incumbido pela CMM de fiscalizar a obra da Casa da Cultura, contacta o adjudicatário solicitando elementos necessários e a sua comparência no edifício da CMM para assinatura do auto de consignação.
[sem data] - Ofício da Secretaria de Estado da Cultura, questionando a CMM sobre a atividade desenvolvida no concelho sobre o Centro Cultural de Vila Real e “sobre o modo como essa actividade tem sido acolhida pelas populações”.
1980.09.12 - Resposta do presidente da CMM, José António Carvalho de Moura, informando que o Centro Cultural de Vila Real não tem tido atividade no concelho de Montalegre.
1980.09.30 - Auto de medição n.º 1, na importância de 209.389$50, assinado pelo chefe da Fiscalização do GATAT, António Sousa Alves.
1980.10.16 - O GATAT, pelo engenheiro civil António Sousa Alves, faz um aditamento ao projeto da Casa da Cultura de Montalegre, com o fim de ampliar as instalações através do aproveitamento de caves.
1980.11.24 - Auto de medição n.º 2, na importância de 743.487$.
1981.01.26 - Comunicação do GATAT, pelo seu diretor, engenheiro Luis António Teixeira Coutinho, ao presidente da CMM indicando que os trabalhos referentes à parte elétrica da Casa da Cultura serão adjudicados a José Oliveira (Gastão), por 565.000$.
1981.03.09 - Auto de medição n.º 3, na importância de 1.445.800$.
1982.11.29 - O presidente da CMM solicita a José de Oliveira que conclua os trabalhos de construção da Casa de Cultura de Montalegre e do Centro Social de Venda Nova.
1983.03.21 - O presidente da CMM solicita a José de Oliveira que proceda à entrega da Biblioteca.
1984.07.01 - O presidente da CMM remete ao presidente do Conselho de Administração da FCG uma relação de mobiliário e equipamento indispensável para a Biblioteca, para a qual solicita comparticipação. Comunica o reconhecimento “desta boa gente das terras de Barroso pela instalação na Vila de Montalegre da Biblioteca fixa, à qual, pela aceitação popular inequívoca e sobretudo da gente jovem, constitui um grande estímulo e a certeza de se ter contribuído para o desenvolvimento cultural deste povo”.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Casa da Cultura de Montalegre. Acedido em 22/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/18976/casa-da-cultura-de-montalegre