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Grémio dos Vinicultores de Alijó

Processo com 26 páginas, contendo pareceres relativos à localização e anteprojeto do novo edifício sede do Grémio de Vinicultores de Alijó.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Designação do Processo
Grémio dos Vinicultores de Alijó
Anos Início-Fim
1963-1966
Referência Inicial
Processo n.º U-344-A-15
Outras Referências
Processo N.º 240/MU/67

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1963.01.22
Última Data Registada no Processo
1966.10.04
Intervenção / Apreciação
Fernando Maymone 1963Pessoa
José Pena Pereira da Silva Engenheiro Diretor DGEMN 1966Pessoa
Decisão Política
Eduardo de Arantes e Oliveira Ministro Obras Públicas 1963Pessoa
Síntese de Leitura

1963.01.22 - Ofício do presidente da Comissão de Coordenação Económica da Secretaria de Estado do Comércio (SEC/CCE), com assinatura ilegível, ao diretor geral da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Informa que o Grémio dos Vinicultores de Alijó (GVA) solicitou autorização, “por intermédio do seu delegado do Governo”, para construir um edifício destinado a sede e armazém, tendo a SEC determinado “que o assunto fosse submetido à consideração” da DGEMN. Remete-se o projeto.

1963.02.19 - Parecer da Comissão e Revisão (CR) da DGEMN. Sobre o partido arquitetónico, observa-se que o gabinete da gerência deveria ter acesso direto, que a secretaria deveria poder ser isolada da zona do público, e que o acesso à sala de refeições “não tem a desejável franqueza”. Quanto ao aspeto plástico, refere-se que “convirá prever um sóco contínuo em torno de todo o edifício, para sua conveniente proteção”, e ainda que “é aconselhável dar um ligeiro balanço à cimalha, de maneira a acentuar-se o efeito esboçado na perspectiva”. Sobre a solução construtiva, fala-se da invulgaridade dos materiais a empregar. Sendo estes mais caros, indica-se que “esta solução merecia pelo menos algumas palavras de justificação”.

A CR é de parecer “que o projecto precisa de ser remodelado, levando-se mais a fundo e com maior pormenor a sua organização, e melhorando-se sensivelmente o seu valor plástico”.

1963.03.07 - Informação do arquiteto, com assinatura ilegível, sem destinatário. Indica-se que o local indicado para o GVA se situa “numa zona do estudo de remodelação do anteplano de urbanização daquela Vila, que não foi contudo aprovado”.

No mesmo dia, Fernando Maymone confirma a informação, referindo que se encara a substituição do urbanista.

Ainda no mesmo dia, J.P. Nazareth de Oliveira sugere que os Serviços da REU organizem “um esboceto de plano parcial que permitisse condicionar com segurança a implantação do edifício em causa”.

A sugestão recebe a concordância de A. Macedo dos Santos em 1963.03.08.

Em 1963.03.11, Arantes e Oliveira recomenda que não se exceda o prazo de 45 dias.

1964.08.03 - Comunicação do presidente da Câmara Municipal de Alijó (CMA), Delfim A. Portugal da Rocha de Magalhães, ao engenheiro diretor da DGSU, sobre a deliberação tomada em reunião ordinária de 1964.07.14 relativamente à localização do edifício da sede do GVA. Explica-se que o presidente “solicitou a opinião do Arquitecto Urbanista a quem mostrou dois locais, que no seu entender, pareciam estar certos para a implantação do edifício mencionado”, um em frente à Adega Cooperativa e outro na Avenida Teixeira de Sousa, sendo este último favorecido pelo urbanista. Relata-se que o presidente da Direção do GVA indicou ainda a hipótese de comprar um imóvel no extremo da vila, onde funciona uma moagem, a adaptar para o fim pretendido. A Câmara reprovou esta possibilidade.

1964.10.20 - Informação assinada pela arquiteta [ilegível], onde se indica ser de parecer “que uma sede para o Grémio dos Vinicultores constitui um edifício de interesse público, que pelas suas funções servirá não só a vila mas também a região circunvizinha”, convindo-lhe uma localização central e de fácil acessibilidade. Considera-se difícil escolher entre as localizações indicadas sem conhecimento prévio do projeto de arquitetura e do seu programa: caso se destine “exclusivamente ao desempenho de funções de coordenação económica” deverá integrar-se no Centro Cívico, impondo-se “uma certa dignidade no aspecto arquitectónico”; caso o edifício sirva também para armazenar vinho e outros produtos, dar-se-ia preferência à localização em frente à Adega Cooperativa.

1966.09.23 - O GVA remete o anteprojeto para apreciação da DGEMN.

1966.10.04 - Resposta da DGEMN, pelo engenheiro diretor geral José Pena Pereira da Silva, informando que o “anteprojecto se afigura devidamente delineado e que não suscita reparos dignos de menção”

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Grémio dos Vinicultores de Alijó. Acedido em 22/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/21232/gremio-dos-vinicultores-de-alijo

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).