Edifício do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Arganil
Volume único composto de correspondência trocada entre os serviços da DGEMN, a Santa Casa da Misericórdia de Arganil e a Câmara Municipal nos anos de 1935 e 1938 a propósito da construção de um Asilo anexo à SCMA que na década seguinte eram ocupadas pela Casa do Povo de Arganil, além de ofícios dos anos 1950 acerca das diferenças entre o projetado e o construído. O processo mescla documentos relativos a construções diferentes: o asilo e o hospital da SCMA.
Identificação
Análise
1935.03.08 - O engenheiro Chefe da Seção de Coimbra Álvaro Teixeira Morais Pinto de Almeida propôs ao Diretor dos Edifícios Nacionais do Norte que o prazo para a execução da obra do Asilo anexo à SCMA fosse prorrogado por mais 30 dias.
1935.06.05 - O engenheiro Chefe da Seção de Coimbra Álvaro Teixeira Morais Pinto de Almeida comunicou ao Diretor dos Edifícios Nacionais do Norte que as obras foram concluídas.
1936.05.20 - O engenheiro Diretor da DENN Álvaro Vieira Soares David emitiu parecer em que recomendou que o projeto do Asilo anexo à SCMA fosse rejeitado, "por não satisfazer às condições de estética, segurança e capacidade elementarmente exigidas para uma casa de espetáculos públicos".
1936.05.20 - O provedor da SCMA escreveu ao engenheiro chefe da DENC pedindo que "o projeto desse mesmo teatro fosse elaborado no mais curto espaço de tempo".
1937.07.30 - No parecer sobre o projeto do "Asilo e Salão de festas" que a SCMA pretendia realizar, que " tem em vista melhorar as condições estéticas do salão existente", o Conselho Central da DGEMN afirma que "A designação - salão de festas - corresponde, com muita aproximação a um cinema, e a parte final da memória a isso se refere francamente."
1938.06.09 - O arquiteto Alfredo Duarte Leal Machado submeteu ao Diretor da DENC o projeto do Asilo e Salão de festas da Misericórdia de Arganil, "depois de convenientemente remodelado".
1938.08.11 - O Diretor da DGEMN solicitou informações a respeito do projeto do Asilo e Salão de festas da Misericórdia de Arganil ao Diretor da DENC, pois "os esclarecimentos agora apresentados fazem com que pareça mais tratar-se de um salão de cinema, bar e bilhares, com um anexo ou pequena parte destinada a Asilo, do que um Asilo com um Salão de festas". Em 1938.10.12, o Diretor da DENC António Pinheiro da Mota, respondeu ao questionamento afirmando que o projeto "foi elaborado de acordo com a pretensão daquela Misericórdia que pretendia tirar do aluguel do seu salão de festas, convertido em casa de espetáculos nos dias em que não o utilizasse, algum benefício que auxiliasse na sustentação do Asilo". A única solução, na opinião do Diretor da DENC, seria "reprovar definitivamente o projeto".
1950.04.19 - O presidente da Câmara Municipal de Arganil, António Luís Gonçalves, pediu ao Diretor da DGEMN o "projeto do edifício que Misericórdia desta vila pretendeu construir, destinado a asilo e foi ao tempo comparticipado por intermédio desta Direção e que, por motivos vários, não chegou a ser ultimado". O Diretor da DENC Álvaro Teixeira Morais Pinto de Almeida atendeu o pedido em 1950.04.21. Em 1950.04.22, o presidente da CMA afirmou que "não é este exatamente o projeto que foi executado pois verifica-se alterações profundas, quer quanto ao arranjo interior, quer quanto à area desocupada, que agora é muito mais extensa". Em 1950.04.22, o presidente da CMA reiterou o pedido, afirmando que o projeto haveria sido elaborado pelo engenheiro Horácio de Moura. Em 1950.07.13, o Diretor da Comissão de Construções Hospitalares Raul Américo Maçãs Fernandes enviou ao Diretor da DENC uma cópia do projeto do pavilhão anexo ao Hospital da SCMA.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Edifício do Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Arganil. Acedido em 05/12/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/21627/edificio-do-hospital-da-santa-casa-da-misericordia-de-arganil