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Urbanização do Bairro para Classes Pobres

Três pastas originais dos projetos A e B, com memórias descritivas e justificativas e algumas peças desenhadas. 

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Arquivo / Biblioteca
Tipo de Processo
Designação do Processo
Urbanização do Bairro para Classes Pobres
Anos Início-Fim
1949
Localização Referida
LouléLocal
Referência Inicial
Processo 401/MU/49
Produtor do Processo

Análise

Promotor
Entidade Requerente / Beneficiária
Outras Especialidades (Autoria)
Síntese de Leitura

1949.06.00 – O processo de urbanização do Bairro Municipal de Loulé foi desenvolvido em diferentes fases por questões de ordem económica, condicionado pelos 250.000$00 esc. de comparticipação estatal da obra. O projeto, assinado pelo engenheiro civil Alberto da Silveira Ramos, ultrapassa em muito o valor considerado para comparticipação e a solução encontrada foi dividir o processo em dois projetos distintos, mas complementares: Projeto A "Urbanização do Bairro para Classes Pobres" e Projeto B "Acesso ao Bairro para Classes Pobres". Do primeiro fazem parte os arruamentos (excluindo os de acesso ao bairro) e as redes de águas, de esgotos e de eletricidade. Do segundo, os arruamentos de acesso, estudados em conjunto, mas orçamentados em separado pela razão atrás mencionada.

Como explica Silveira Ramos, nas Memórias Descritivas e Justificativas dos dois projetos, as opções tomadas estiveram condicionadas por questões inerentes ao projeto de arquitetura e às particulares características de Loulé, que o autor descreve como uma das localidades do país “que mais tem caprichado em resolver os problemas primaciais da sua urbanização, possuindo há já muitos anos redes de distribuição domiciliária de águas, rede de esgotos enfim sistema infelizmente pouco empregado entre nós, rede elétrica, ruas principais desafogadas e impecavelmente limpas, jardins cuidados, etc, etc, fazendo certamente inveja a uma grande parte das nossas cidades.”

Outro dos aspetos que encarece a obra é a manutenção do tipo de arruamentos com que a edilidade tem vindo a dotar as artérias da cidade que, no entender do engenheiro civil, não parece “razoável que em novas artérias a abrir se adote critério diferente, pois entre outros convenientes correr-se-ia o risco de se ser alvo de severas críticas por parte da população que, digamos sinceramente, fundamento tinha para tal. Infelizmente as obras de pavimentação em camadas de desgaste, tiveram de ser incluídas no 'Orçamento Complementar' …” porque o conjunto de todos os trabalhos atingem os 273.531$00 escudos. Desta forma Silveira Ramos espera “que a boa vontade e espírito de compreensão por parte do serviço do Estado a quem compete julgar o nosso trabalho e ajudar a Câmara na realização da obra; permita encontrar forma do projeto ser comparticipado na sua totalidade…”

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Urbanização do Bairro para Classes Pobres. Acedido em 20/09/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/22824/urbanizacao-do-bairro-para-classes-pobres

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).