Construção do Edifício da Casa de Trabalho Dr. Oliveira Salazar
Processo em pasta rosa da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização - Melhoramentos Urbanos, onde se indica o número do processo BZ/26, os distrito e concelho de Bragança, a entidade Mesa da Administração da Casa de Trabalho Doutor Oliveira Salazar, e a designação da obra: “Construção do Edifício da Casa de Trabalho Dr. Oliveira Salazar”. Contém correspondência administrativa relativa a obras de beneficiação do edifício da Casa de Trabalho.
Identificação
Análise
1967.02 - Memória descritiva elaborada pelo engenheiro civil Manuel Maria Sampaio, relativa a um projeto de “pequenas alterações que a Direcção da Casa de Trabalho Doutor Oliveira Salazar pretende realizar no edifício sede (…) incluindo uma reparação geral das partes danificadas nos dois edifícios, caiação e pinturas necessárias ao arranjo e conservação do imóvel”. Estas obras incluem também a construção de divisórias interiores no recreio coberto no rés-do-chao, para a instalação dos Serviços de Secretaria, e no refeitório, para instalação de refeitório para o pessoal de serviço. Prevê-se ainda a cobertura do terraço existente entre os dois edifícios no primeiro andar para instalação de dois quartos para rapazes mais velhos.
O orçamento dos trabalhos importa em 600.000$00.
1967.02.17 - Carta do diretor da Casa de Trabalho do Doutor Oliveira Salazar ao Ministro das Obras Públicas, solicitando comparticipação para obras de beneficiação. Refere-se que a Casa de Trabalho é uma “Instituição de Assistência para amparo e educação de rapazes pobres e órfãos ou abandonados do distrito de Bragança”, cuja sede foi destruída e reconstruída graças ao Ministro das Obras Públicas, que se diz considerar “como insigne benfeitor desta Casa”.
1967.02.17 - O diretor da Casa de Trabalho remete ao engenheiro diretor dos Serviços de Urbanização de Bragança (DUB) o projeto e pedido de comparticipação.
1967.03.08 - Informação da DUB à Direção dos Serviços de Melhoramentos Urbanos (DSMU), onde se refere que a Casa de Trabalho já beneficiou de uma comparticipação de 40%, totalizando 416.400$. Considera-se a obra “muito necessária e útil”, propondo-se uma comparticipação a 40%, totalizando 240.000$.
1967.03.30 - O engenheiro diretor da DSMU, Alfredo Fernandes, comunica ao diretor da Casa de Trabalho que o Subsecretário de Estado das Obras Públicas determinou que “se anotasse o pedido para consideração em futuro plano, promovendo-se entretanto a apreciação do projecto”.
1967.12.22 - Comunicação do engenheiro diretor da DUB, Joaquim Duarte Carrilho, ao presidente da Casa de Trabalho, informando que a obra foi incluída no Plano Provisório de Melhoramentos Urbanos para 1968, prevendo-se 80.000$ para 1968, 80.000$ para 1969 e 80.000$ para 1970.
1968.02.23 - Proposta de comparticipação, assinada pelo engenheiro civil Joaquim Duarte Carrilho, da DUB.
1968.05.23 - A DSMU informa a DUB das respostas à proposta de comparticipação:
Em 1968.05.13, o arquiteto Gomez Egea informa que parece ser possível uma melhor solução funcional, julgando-se conveniente uma visita do arquiteto da zona de Vila Real.
Em 1968.05.14, Fernando Mayone concorda que “a alteração pretendida não se encontra bem conseguida”.
1968.10.25 - O arquiteto chefe da 3ª Zona de Urbanismo e Arquitetura (3ªZUA), Lévi Hortas da Silva, indica à DUB que as alterações introduzidas “dão cumprimento capaz” ao parecer anteriormente enviado “sobre as alterações a introduzir com vista a uma possível melhoria na solução funcional do estudo em causa”.
Nesse parecer, não datado, o mesmo arquiteto aconselha a introdução de alterações nos compartimentos da secretaria e na organização dos quartos.
1968.11.12 - O diretor da Casa de Trabalho pede à DUB que autorize que a obra de beneficiação seja feita por administração direta, já que a “Casa tem pessoal próprio que deseja aproveitar e dispõe de um bom encarregado que dirigirá os trabalhos”.
Em informação não datada, o engenheiro diretor da DUB explica que o pedido “talvez fosse de autorizar, na condição, porém, de colocar à frente dos trabalhos um encarregado com os necessários conhecimentos e aceite pelos Serviços”.
Esta proposta é autorizada e transmitida ao presidente da Casa de Trabalho em 1969.06.02.
1969.05.21 - A DUB informa o presidente da Casa de Trabalho que, por despacho de 1969.05.01, foi concedida uma comparticipação de 60.000$ pelo Fundo de Desemprego para execução dos trabalhos de beneficiação.
1969.05.06 - A Casa de Trabalho informa que deu início aos trabalhos em 1969.06.02.
1969.06.24 - Relatório de visita de fiscalização, assinado pelo engenheiro diretor da DUB, Joaquim Duarte Carrilho, onde indica que os trabalhos estão praticamente concluídos.
1969.07.17 - Auto de medição de trabalhos na importância de 30.000$00.
1970.02.11 - Auto de medição de trabalhos na importância de 30.000$00.
1969.12.18 - O presidente da Casa de Trabalho solicita um reforço da comparticipação, “com a elevação da sua percentagem dos 10% para 50%”.
1970.10.01 - É concedida a comparticipação de 180.000$00, como reforço.
1970.10.24 - Auto de medição de trabalhos na importância de 90.000$00.
1971.05.04 - Memória Descritiva e Justificativa, assinada pelo engenheiro civil Manuel Sampaio, referente à pavimentação dos recreios da Casa de Trabalho Doutor Oliveira Salazar.
1971.08.18 - Carta do diretor da Casa de Trabalho ao Ministro das Obras Públicas, solicitando a comparticipação de trabalhos de pavimentação e arranjo dos logradouros e de aquecimento central, orçamentados, respetivamente, em 175.000$00 e 325.000$00, aos quais acrescem 35.000$00 de construção civil.
1971.09.11 - Informação da DUB à DSMU, na qual se julga “muito necessários os trabalhos complementares”.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Construção do Edifício da Casa de Trabalho Dr. Oliveira Salazar. Acedido em 22/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/27239/construcao-do-edificio-da-casa-de-trabalho-dr-oliveira-salazar