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Agrupamento de Casas Económicas de Viana do Castelo Zona Comercial

Pasta castanha com o título “Agrupamento de Casas Económicas de Viana do Castelo Zona Comercial”, sem indicação de entidade promotora. Contém um conjunto de documentação solta relativa à construção de um conjunto de habitações com estabelecimento comercial que não foi realizada.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Tipo de Processo
Designação do Processo
Agrupamento de Casas Económicas de Viana do Castelo Zona Comercial
Anos Início-Fim
1953-1955

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1953.02.19
Última Data Registada no Processo
1955.03.16
Síntese de Leitura

1953.02.19 - Ofício da Direção-Geral da Previdência e Habitações Económicas (DGPHE), dirigido à Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), onde se expõe que um morador do Bairro de Casas Económicas de Viana do Castelo solicitou a construção de um pequeno estabelecimento para a venda de artigos de mercearia e tabacaria. O seu pedido fundamenta-se “no facto de não existir naquele agrupamento qualquer espécie de comércio, o que obriga os moradores a deslocarem-se a distancia apreciável quando necessitam de fazer compras”. A DGPHE solicita informação da DGEMN sobre a viabilidade do pedido.

1953.03.18 - Resposta do engenheiro chefe da Direção dos Serviços de Construção - Serviço de Construção de Casas Económicas (DGEMN/DSC-SCCE), F. L. De Almeida Garrett), onde explica que em todos os agrupamentos de casas económicas “tem sido reservada uma zona para fins sociais e outra para fins comerciais”. No caso do Bairro de Viana do Castelo, só foi reservada uma zona para fins sociais, sugerindo-se agora que se reserve outra zona, “transformando as 6 moradias ali previstas, da Classe B, em moradias com lojas, instalando-se nelas o pequeno comércio local”. Refere-se que o projeto pode ser executado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo (CMVC), “de acordo com as linhas arquitetónicas” das habitações existentes, ou pela DSC-SCCE. Após construção, deveria o morador peticionário adquirir uma das lojas, “transferindo para ela a sua moradia, em regimem que o INTP houvesse por conveniente determinar”.

1953.04.20 - Despacho do Ministro das Obras Públicas (OP) José Frederico Ulrich, no qual indica que lhe parece bem, “devendo o estudo ser feito pelo Serviço de Casas Económicas”.

1953.12.07 - A DSC solicita à Direção dos Edifícios Nacionais do Norte (DGEMN/DENN) que seja um arquiteto dessa direção a realizar o estudo de um pequeno estabelecimento comercial, “dado o grande volume de trabalho que presentemente estão executando” os arquitetos da DSC.

1955.03.10 - Memória descritiva, assinada pelo engenheiro chefe da Secção de Estudos da DENN, com assinatura ilegível, relativa a “dois pequenos agrupamentos de moradias económicas constituindo a Zona B do Bairro Económico de Viana do Castelo, reservada a habitações com estabelecimentos comerciais”. O projeto é composto por dois blocos com 3 moradias de classe b2 e um estabelecimento comercial com pequena habitação privativa. O aspeto exterior da construção e os acabamentos seriam idênticos aos já adotados nas moradias existentes. A estimativa orçamental é de 500.000$00.

1955.03.16 - O engenheiro diretor da DENN, com assinatura ilegível, remete o projeto lamentando o atraso, devido à “abundância de trabalhos, quase todos de urgência, e a falta do bastante pessoal técnico na Secção de Estudos desta Direcção, e que se agravou com o desastroso desaparecimento de um Arquitecto no ano findo”.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Agrupamento de Casas Económicas de Viana do Castelo Zona Comercial. Acedido em 19/09/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/31261/agrupamento-de-casas-economicas-de-viana-do-castelo-zona-comercial

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).