Urbanização de Vale de Rãs - S. Vicente
Conjunto de documentação, agrupada por projeto, incluindo projeto de arquitetura, de arranjos exteriores e de esgotos de águas pluviais, de estabilidade, de equipamento, de fundações com rede de esgoto, de arruamentos e infraestrutura.
Identificação
Análise
1977.07 - Conjunto de desenhos de arquitetura, incluindo planta de implantação de 133 habitações em Abrantes, Vale de Rãs, plantas dos pisos e alçados, com rótulo da SOMAPRE - Sociedade de Materiais Pré-esforçados SARL, onde se registou o cliente “M.H.U.C. C.A.R.”.
1977.08.01 - Comunicação da SOMAPRE à Câmara Municipal de Abrantes (CMA), onde se informa da introdução de modificações no projeto após receção do levantamento topográfico. Explica-se que se retificou o “posicionamento de alguns edifícios sem deteriorar o espírito do estudo efectuado” e que se aumentou ligeiramente o número de fogos. Informa-se ainda que na mesma data “seguiram para o gabinete de projectos CAR Arqtº Leon, Serviços de Planeamento CAR Eng. Rosinha e Serviços de Urbanização de Santarém os elementos técnicos (…) bem como as peças desenhadas”.
1978.06 - Memória descritiva do projeto de infraestruturas, assinada pelo engenheiro civil António Manuel Dias Cavalheiro dos Serviços Técnicos da CMA, onde se refere que a “urbanização desta zona está integrada num conjunto habitacional CAR, com edifícios de 3 a 4 pisos da linha do fabrico SOMAPRE, Sociedade de Materiais Pré-esforçados, encarregada da sua execução”. Os Serviços Técnicos da CMA ficaram encarregados da elaboração do projeto de infraestruturas, arruamentos, esgotos domésticos, águas e planificação do terreno. Este projeto é acompanhado por um orçamento de 4.060.000$00.
1981.11.26 - Memória Descritiva e Justificativa do projeto de arranjos exteriores e de esgotos de águas pluviais do Bairro de Casas Pré-Fabricadas em Vale de Rãs, elaborado pelos Serviços Técnicos da CMA, com assinatura do engenheiro civil Joaquim António Ribeiro Canteiro.
Quanto aos arranjos exteriores, refere-se um projeto inicial, elaborado pela Direção de Urbanização de Santarém da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU/DUS), e outro pela Firma SOMAPRE. Não tendo estas entidades especificando o tipo de pavimento a ser utilizado, explica-se que “a utilização de lajedo em toda [a] área foi considerado como uma solução que daria um aspecto demasiado pesado ao local, pelas entidades superiores intervenientes”. O estudo ao qual se refere a memória foi elaborado de acordo com sugestões da Direção de Equipamento de Santarém da Direção-Geral de Equipamento Regional e Urbano (DGERU/DES), e “prevê que a circulação dos peões se fala por passadeiras permitindo o acesso aos blocos”, em lajedo de betão, sendo as restantes áreas pavimentadas com camadas de saibro, gravilha e brita.
Quanto às águas pluviais, refere-se a impossibilidade de se fazer o escoamento à superfície, por os arruamentos “se encontrarem a uma cota superior à das plataformas onde estão implantados os edifícios”, a dificuldade acrescida por estas plataformas se encontrarem em 3 cotas diferentes e por as passadeiras impedirem o escoamento. Assim, “projectaram-se valetas em redor dos edifícios para recolha das águas provenientes das prumadas e que possibilitarão igualmente a recolha das águas superficiais”.
Estes trabalhos estimam um orçamento de 2.062.000$00.
Sem data - Memória Descritiva do projeto de estabilidade, elaborado pela SOMAPRE, sem assinatura nem data, referente a “edifícios prefabricados de quatro pisos, constituídos e estruturados por painéis verticais autoportantes, sobre os quais se apoiam painéis horizontais, lajes, sendo todos os elementos ligados entre si por montantes e cintas betonados ‘in situ’”. Descreve-se que os painéis verticais “devem a sua capacidade resistente a uma camada interior constituída por uma placa de betão armado com duas camadas de malha electro soldada”, servindo de apoio aos painéis-lajes e à camada exterior dos painéis de fachada. Os painéis-lajes são ou lajes aligeiradas, “constituídas por pavimentos preeesforçados solidarizados em painéis”, ou lajes alveoladas em betão armado.
Refere-se que se obedece às DIretivas e Prescrições da UBAtc - Union Européenne pour l’Agrement Technique dans la constructions “Procedées de Construction par Grands Panneaux Lourds Préfabriqués” e ao RSEP, Regulamento de Solicitações em Edifícios e Pontes.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Urbanização de Vale de Rãs - S. Vicente. Acedido em 24/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/35317/urbanizacao-de-vale-de-ras-s-vicente