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Urbanização de Vale de Rãs - S. Vicente

Conjunto de documentação, agrupada por projeto, incluindo projeto de arquitetura, de arranjos exteriores e de esgotos de águas pluviais, de estabilidade, de equipamento, de fundações com rede de esgoto, de arruamentos e infraestrutura.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Tipo de Processo
Designação do Processo
Urbanização de Vale de Rãs - S. Vicente
Anos Início-Fim
1977-1981

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1977.07
Última Data Registada no Processo
1981.11.26
Projeto de Arquitetura (Autoria)
Outras Especialidades (Autoria)
António Manuel Dias Cavalheiro Projeto infraestruturas 1978Pessoa
Joaquim António Ribeiro Canteiro Projeto Arranjos Exteriores e Esgotos àguas Pluviais 1981Pessoa
Direção de Urbanização de Santarém Projeto Arranjos Exteriores ant.1981Organização
Construção e Equipamento
Síntese de Leitura

1977.07 - Conjunto de desenhos de arquitetura, incluindo planta de implantação de 133 habitações em Abrantes, Vale de Rãs, plantas dos pisos e alçados, com rótulo da SOMAPRE - Sociedade de Materiais Pré-esforçados SARL, onde se registou o cliente “M.H.U.C. C.A.R.”.

1977.08.01 - Comunicação da SOMAPRE à Câmara Municipal de Abrantes (CMA), onde se informa da introdução de modificações no projeto após receção do levantamento topográfico. Explica-se que se retificou o “posicionamento de alguns edifícios sem deteriorar o espírito do estudo efectuado” e que se aumentou ligeiramente o número de fogos. Informa-se ainda que na mesma data “seguiram para o gabinete de projectos CAR Arqtº Leon, Serviços de Planeamento CAR Eng. Rosinha e Serviços de Urbanização de Santarém os elementos técnicos (…) bem como as peças desenhadas”.

1978.06 - Memória descritiva do projeto de infraestruturas, assinada pelo engenheiro civil António Manuel Dias Cavalheiro dos Serviços Técnicos da CMA, onde se refere que a “urbanização desta zona está integrada num conjunto habitacional CAR, com edifícios de 3 a 4 pisos da linha do fabrico SOMAPRE, Sociedade de Materiais Pré-esforçados, encarregada da sua execução”. Os Serviços Técnicos da CMA ficaram encarregados da elaboração do projeto de infraestruturas, arruamentos, esgotos domésticos, águas e planificação do terreno. Este projeto é acompanhado por um orçamento de 4.060.000$00.

1981.11.26 - Memória Descritiva e Justificativa do projeto de arranjos exteriores e de esgotos de águas pluviais do Bairro de Casas Pré-Fabricadas em Vale de Rãs, elaborado pelos Serviços Técnicos da CMA, com assinatura do engenheiro civil Joaquim António Ribeiro Canteiro.

Quanto aos arranjos exteriores, refere-se um projeto inicial, elaborado pela Direção de Urbanização de Santarém da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU/DUS), e outro pela Firma SOMAPRE. Não tendo estas entidades especificando o tipo de pavimento a ser utilizado, explica-se que “a utilização de lajedo em toda [a] área foi considerado como uma solução que daria um aspecto demasiado pesado ao local, pelas entidades superiores intervenientes”. O estudo ao qual se refere a memória foi elaborado de acordo com sugestões da Direção de Equipamento de Santarém da Direção-Geral de Equipamento Regional e Urbano (DGERU/DES), e “prevê que a circulação dos peões se fala por passadeiras permitindo o acesso aos blocos”, em lajedo de betão, sendo as restantes áreas pavimentadas com camadas de saibro, gravilha e brita.

Quanto às águas pluviais, refere-se a impossibilidade de se fazer o escoamento à superfície, por os arruamentos “se encontrarem a uma cota superior à das plataformas onde estão implantados os edifícios”, a dificuldade acrescida por estas plataformas se encontrarem em 3 cotas diferentes e por as passadeiras impedirem o escoamento. Assim, “projectaram-se valetas em redor dos edifícios para recolha das águas provenientes das prumadas e que possibilitarão igualmente a recolha das águas superficiais”.

Estes trabalhos estimam um orçamento de 2.062.000$00.

Sem data - Memória Descritiva do projeto de estabilidade, elaborado pela SOMAPRE, sem assinatura nem data, referente a “edifícios prefabricados de quatro pisos, constituídos e estruturados por painéis verticais autoportantes, sobre os quais se apoiam painéis horizontais, lajes, sendo todos os elementos ligados entre si por montantes e cintas betonados ‘in situ’”. Descreve-se que os painéis verticais “devem a sua capacidade resistente a uma camada interior constituída por uma placa de betão armado com duas camadas de malha electro soldada”, servindo de apoio aos painéis-lajes e à camada exterior dos painéis de fachada. Os painéis-lajes são ou lajes aligeiradas, “constituídas por pavimentos preeesforçados solidarizados em painéis”, ou lajes alveoladas em betão armado.

Refere-se que se obedece às DIretivas e Prescrições da UBAtc - Union Européenne pour l’Agrement Technique dans la constructions “Procedées de Construction par Grands Panneaux Lourds Préfabriqués” e ao RSEP, Regulamento de Solicitações em Edifícios e Pontes.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Urbanização de Vale de Rãs - S. Vicente. Acedido em 24/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/35317/urbanizacao-de-vale-de-ras-s-vicente

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).