1958.11.26 - A direção do Grémio da Lavoura remete o anteprojeto do novo edifício à Câmara Municipal de Abrantes (CMA) para aprovação.

Sem data - Anteprojeto da nova sede do Grémio da Lavoura, carimbado pela CMA em 1959.01.05, assinado por Duarte Castel Branco.

A memória descritiva começa por explicar que a proximidade da Estação Rodoviária ao terreno escolhido para o novo edifício “faculta a quem dele se serve uma rápida e cómoda satisfação dos seus afazeres e a sua integração na zona onde quinzenalmente se fazem os mercados, confere-lhe uma ligação intima com o sector de actividades a que está ligado”. Refere-se também que o terreno assegura possibilidades de alargamento das instalações. Explica-se que o edifício se organiza através da distinção de entradas para o público e para mercadorias, contendo o edifício, de aproximadamente 500m2, loja, secretaria, stand e receção, espaços para o conselho geral (com 45 lugares sentados), a direção, a gerência e a tesouraria, sala de visitas, instalações sanitárias e vestiário, arquivo, laboratório, arrecadações e armazéns.

1958.11.28 - Ofício do Subdelegado de Saúde Privativo de Abrantes, José Gama Veiga Vieira, endereçado ao presidente da CMA, onde comunica que o projeto referente à construção da sede do Grémio da Lavoura se encontra devidamente elaborado.

1959.04.21 - Requerimento de licença de construção pelo Grémio da Lavoura de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação, com o qual se remete o projeto para a nova sede e se solicita isenção de pagamento por se tratar de um organismo oficial. O pedido é assinado pelo diretor-gerente, com assinatura ilegível.

No verso da folha encontra-se uma informação de 1959.07.08, escrita à mão, onde se indica que o anteprojeto foi aprovado em reunião da CMA de 1959.01.05.

Sem data - Projeto da nova sede do Grémio da Lavoura.

A memória descritiva é semelhante à do anteprojeto, contendo uma secção adicional relativa à solução construtiva. Refere-se que “o aterro sobre o qual o edifício é implantado contribui nitidamente para definir o partido construtivo a adoptar: uma estrutura total de betão armado com o menor número possível de pontos de apoio”. Definiu-se, assim, uma cobertura consistindo numa “série de abóbodas executadas em fusos cerâmicos”, capaz de dar “solução a um conjunto de factores advientes da forma irregular da implantação do edifício e do desenvolvimento concentrado da sua área, (…) motivada pela salvaguarda do miradouro público”.

Sem data - Estudo de Estabilidade da Sede do Grémio da Lavoura, com cabeçalho de G. Constante Júnior e J. Nobre Santos Engenheiros.

1959.07.18 - Ofício do presidente da CMA, Anúplio Correia y Alberty, onde se informa que a CMA deliberou autorizar a construção do edifício e se solicita o respetivo termo de responsabilidade.

1959.07.31 - Termo de responsabilidade de Mário dos Santos Cantinho Lopes, agente técnico de engenharia civil, pela obra de “Construção da Nova Sede para o Grémio da Lavoura de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação”, adjudicada a Maia & Pereira, Limitada em 1959.07.30.

1960.11.02 - Comunicação da direção do Grémio da Lavoura à CMA de que o novo edifício já se encontra concluído.

1960.12.10 - Auto de vistoria, realizada pelo subdelegado de Saúde José Gama Veiga Vieira, pelo engenheiro chefe do Serviços de Obras da CMA António Serafim da Costa e Júlio Grácio Nogueira Espiga, Comandante dos Bombeiros Municipais, onde se emite o parecer de que o prédio se encontra em condições de poder ser ocupado.

1966.08.30 - Pedido de licença de construção pelo Grémio da Lavoura para “cobrir com chapa ondulada de fibrocimento cor vermelha assente sobre estrutura de madeira (…), as abóbadas da cobertura existentes na sua sede para evitar grandes infiltrações”.