1974.01.29 - Ofício da direção da Casa do Povo de S. Miguel de Rio Torto, assinado pelo seu presidente, José Lourenço Alfaiate, e endereçado ao presidente da Câmara Municipal de Abrantes (CMA). Submete-se à apreciação da CMA o projeto da sede da delegação da Casa do Povo de S. Miguel do Rio Torto no lugar de Arreciadas, “que ali vai ser construído sob o patrocínio e comparticipação da Federação das Casas do Povo do Distrito de Santarém” e solicita-se licença pelo prazo de 180 dias.

Remete-se, com o pedido, uma estimativa de custo no total de 565.000$00, a memória descritiva do projeto, uma declaração do autor do projeto (engenheiro civil Leonel de Matos Martinho do Rosário) e termo de responsabilidade do mesmo, planta de implantação e desenhos do projeto.

A memória descritiva começa por referir que o projeto foi elaborado segundo diretrizes oficiais, no que respeita à estética e tipo do edifício. Explica-se que Arreciadas “é um aglomerado pertencente à freguesia de S. Miguel de Rio Torto, situada a poucos kilómetros do novo limite da cidade de Abrantes”. Destaca-se que “não sofreu qualquer decréscimo na sua população por motivos de emigração”, devido à sua proximidade de “polos de grande desenvolvimento industrial e comercial”. O censo de 1970 indicava uma população de 850 habitantes. Descreve-se que a Casa do Povo “existente naquele povoação é uma dependência de um edifício em mau estado, o qual funciona através de contrato de arrendamento”. Por essa razão, “resolveram os seus habitantes, por intermédio da Direcção da Casa do Povo de S. Miguel de Rio Torto, mandar elaborar um projecto”.

1974.02.08 - O presidente da CMA, João Manuel Esteves Pereira, remete o projeto ao Subdelegado de Saúde Privativo de Abrantes.

Em 1974.02.18, este indica não haver impedimento de ordem sanitária para a concessão da licença requerida.