Estudo da Zona Envolvente do GAT
Processo em pasta do Gabinete de Apoio Técnico de Abrantes (GATA), onde se registou o número do projeto (497), o ano (1985), Câmara Municipal de Abrantes e a designação “Estudo da Zona Envolvente do GAT”. Contém peças escritas e desenhadas do estudo de arranjo da zona envolvente.
Identificação
Análise
1985.01 - Memória descritiva e justificativa, assinada pelo arquiteto de 2.ª classe João Pedro C. M. Lopes, pelo engenheiro civil Humberto A. V. Basílio e pela engenheira civil Ana Paula G. Remédios Gomes.
A memória refere que o local de implantação do edifício do GAT, a encosta da Barata, tem sido alvo da “implementação de uma série de construções”, nomeadamente a obra em fase avançada de construção de um “conjunto de habitações do contrato de desenvolvimento de 504 fogos” e a obra, em fase de acabamentos, do edifício para os serviços regionais do Ministério da Agricultura. Encontrando-se esta zona em rápido desenvolvimento, o Estudo da Zona Envolvente do GAT “visa, fundamentalmente, a solução dos acessos à encosta da Barata, bem como da ocupação dos terrenos envolventes do edifício das novas instalações do GAT”, apresentando soluções relativas a arruamentos, saneamento doméstico e pluvial e iluminação pública (sendo este último projeto limitado, por não dispor o GAT “de funcionários com formação específica neste domínio”).
Assim, a memória divide-se em 6 secções: arranjo urbanístico e estudo de volumes; aspetos construtivos referentes ao posto de transformação; caracterização da construção; rede de abastecimento de água; arruamentos e saneamento pluvial e doméstico.
A primeira secção incide sobre duas zonas: uma zona denominada A, que corresponde a um talude a poente do edifício do GAT, e uma zona B, que corresponde a um terreno da Câmara Municipal de Abrantes (CMA) a nascente do mesmo. Quanto à Zona A, refere-se que a sua ocupação serve para “pôr cobro a uma situação inestética prejudicial a uma imagem nova que se pretende para uma zona de crescimento da cidade e ainda [para] fazer a ligação formal” entre os edifícios de habitação e os novos serviços. Assim, propõe-se a construção de um volume para ocupação do talude, para o qual se desconhece função. Para a Zona B, estudou-se a construção de habitação unifamiliar, organizada em L, de forma a possibilitar a “criação de zonas fechadas (praça, caminho de peões) de utilização quase exclusiva dos moradores, espaços esses que através de arranjo adequado poderão constituir agradáveis pontos de convívio”, ao mesmo tempo que se cria “uma banda contínua junto à via principal, contribuindo assim para uma imagem de ‘Rua’ que tem a tendência para se perder nas zonas novas de expansão da cidade”.
1985.01.31 - Orçamento estimado em 25.635.000$00, elaborado por Fernando J. S. Morais (fiscal técnico de obras).
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Estudo da Zona Envolvente do GAT. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/36300/estudo-da-zona-envolvente-do-gat