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Construção do Edifício da Casa do Povo de Capareiros

Processo em pasta da Direção Geral dos Serviços de Urbanização, onde se registou os distrito e concelho de Viana do Castelo, o número de processo CV/16, e a designação da obra “Construção do edifício da Casa do Povo de Capareiros”.

Contém correspondência administrativa relativa à realização de obras de reparação no edifício da Casa do Povo de Capareiros. Contém um desenho de arquitetura.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Arquivo / Biblioteca
Tipo de Processo
Designação do Processo
Construção do Edifício da Casa do Povo de Capareiros
Anos Início-Fim
1948-1968
Localização Referida
Viana do CasteloDistrito Histórico (PT)
Referência Inicial
Processo n.º CV/16
Produtor do Processo

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1948.08.11
Última Data Registada no Processo
1967.06.21
Entidade Requerente / Beneficiária
Financiamento
Fundo de DesempregoOrganização
Intervenção / Apreciação
Abel Alegria Martins Engenheiro Diretor DGSU/DUDB 1948Pessoa
Custódio da Silva Neves de Oliveira Agente Técnico Engenharia DGSU/DUDB 1949Pessoa
José Teiga Mano Engenheiro DGSU/DUDVC 1950Pessoa
José Manuel Oliveira Valença Engenheiro Diretor DUDVC 1950Pessoa
Síntese de Leitura

1948.08.11 - Carta do presidente da direção da Casa do Povo de Capareiros, Olindo Graça Figueiredo Ramos, ao delegado do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência (INTP). Informa-se que o teto do salão principal da Casa do Povo se encontra quase em ruínas, tendo já caído “bocados de gesso e se não fosse esta Direcção ter mandado reforçar uma espias ao cumio, tinha de certeza ruído”. Solicita-se um subsídio para a execução das obras necessárias, enviando junto um orçamento estimado em 39.000$00.

1948.09.07 - Ofício da Repartição de Melhoramentos Urbanos da Direção Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU/RMU) endereçado ao seu diretor geral, no qual se comunica que a Casa do Povo de Capareiros “informou que se torna urgente a reparação da sua sede, porquanto o teto do salão principal ameaça ruir”. Indica-se que o edifício é de construção relativamente recente, tendo sido comparticipado pelo Fundo de Desemprego.

1948.03.12 - O engenheiro diretor da Direção de Urbanização do Distrito de Braga (DGSU/DUDB), Abel Alegria Martins, informa o diretor da DGSU de que, após visita à Casa do Povo de Capareiros, se verifica que o teto do salão principal, “embora muito estalado (…), parece não ameaçar ruína”. Confirma-se que as caixilharias necessitam de ser pintadas e que o terreno deve ser vedado.

1949.03.25 - O engenheiro chefe da RMU solicita à DUDB que remeta o estudo de comparticipação para as obras do edifício da Casa do Povo de Capareiros, por existir saldo no Plano para as mesmas.

1949.04.23 - O engenheiro diretor da DUDB solicita à DGSU que remeta o projeto da Casa do Povo de Capareiros.

1949.06.04 - Proposta de comparticipação pela DUDB, assinada pelo agente técnico de engenharia de 3ª classe, Custódio da Silva Neves de Oliveira. Descrevem-se os trabalhos necessários na Casa do Povo de Capareiros, incluindo a substituição total do teto do salão de festas, a reparação do estuque dos restantes tetos, a pintura a carbonilo de todo o madeiramento do telhado (já parcialmente atacado pelo caruncho), o restauro das pinturas de todas as caixilharias e construção de um muro em alvenaria para vedação do quintal.

O orçamento total estima-se em 39.500$00, ao que corresponde uma comparticipação de 40% de 15.800$00.

1949.10.04 - A DGSU informa o Comissário do Desemprego que, por despacho do Ministro das Obras Públicas de 1949.09.22, foi autorizada a comparticipação, pelo Fundo de Desemprego, das obras na Casa do Povo de Capareiros.

A Direção de Urbanização do Distrito de Viana do Castelo (DGSU/DUDVC) informa a Casa do Povo de Capareiros do mesmo, em ofício de 1969.10.27, assinado pelo engenheiro diretor José Manuel de Oliveira Valença.

1950.03.14 - A DUDVC chama a atenção da direção da Casa do Povo para o prazo de conclusão da obra, a 1950.06.18, não tendo a mesma ainda sido iniciada.

1950.03.24 - A direção da Casa do Povo explica que aguarda a licença necessária da Junta Autónoma das Estradas (JAE).

1950.04.10 - A direção da Casa do Povo informa a DUDVC que as obras serão iniciadas em 1950.04.12.

O mesmo é verificado em relatório de fiscalização realizada em 1950.04.13 pelo engenheiro José Manuel de Oliveira Valença.

1950.05.08 - Comunicação do engenheiro diretor da DUDVC ao presidente da Casa do Povo, após visita à obra em 1950.05.05. Refere que “a madeira empregada quer nas vigas, quer nos barrotes, está ainda verde”, que “esse madeiramento está a ser colocado na obra sem se observar o que está expressamente estabelecido”, que “a alvenaria empregada não tem as dimensões exigidas (…), vendo-se até algumas pedras que foram assentadas tal qual vieram da pedreira”.

1950.06.03 - Auto de medição de trabalhos n.º 1, importando em 6.954$99, podendo ser pagos 8.786$00 pelo Comissariado do Desemprego.

1950.06.07 - Pedido de prorrogação de prazo de conclusão das obras até 1950.07.15 pelo presidente da direção da Casa do Povo à DGSU.

1950.06.08 - Informação sobre o pedido de prorrogação de prazo, elaborado por José Teiga Mano, da DUDVC.

1950.06.15 - A RMU informa o Comissário do Desemprego de que foi autorizada a prorrogação do prazo.

1950.06.16 - A DUDVC informa a direção da Casa do Povo do mesmo.

1950.06.26 - Relatório de visita de fiscalização, onde se indica que a obra está praticamente concluída no que respeita ao edifício. Os trabalhos estão mais atrasados no muro de vedação, “consequência da demora que se verificou na obtenção da licença a conceder pela JAE, uma vez que o edifício está dentro da zona de respeito de uma estrada nacional”.

1950.07.13 - Relatório de visita de fiscalização, no qual se informa que os trabalhos se encontram concluídos.

1950.07.13 - Ofício do engenheiro diretor da DUVC, José Manuel de Oliveira Valença, endereçado ao presidente da direção da Casa do Povo, onde informa que os trabalhos não se encontram em condições de ser recebidos imediatamente.

1950.07.20 - Relatório de visita de fiscalização, onde se indica que os trabalhos se encontram “completamente executados e com bom acabamento, merecendo louvores do delegado distrital das casas do povo”.

1949.07.20 - Auto de vistoria geral.

1950.09.23 - Ofício do engenheiro diretor da DUDVC, endereçado ao engenheiro diretor da DGSU, onde informa que o arquiteto Francisco Augusto enviou à DUDCV uma sugestão para o arranjo do palco da Casa do Povo de Capareiros. A DUDVC enviou a mesma sugestão à direção da Casa do Povo, que a aprovou, solicitando o envio de pormenores. A DUDVC solicita à DGSU que transmita ao arquiteto a necessidade dos pormenores.

1951.01.11 - O processo relativo às obras no edifício da Casa do Povo de Capareiros é arquivado.

1967.06.01 - O delegado em Viana do Castelo do Ministério das Corporações e Previdência Social, com assinatura ilegível, solicita à DUDVC que informe a que modelo oficial (A ou B) pertence o edifício-sede da Casa do Povo de Capareiros.

1967.06.14 - A DUDVC informa que não tem elementos que permitam responder.

1967.06.21 - O delegado solicita que a DUDVC remeta a planta do edifício.

A DUDVS remete a planta em 1967.06.23.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Construção do Edifício da Casa do Povo de Capareiros. Acedido em 19/09/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/36598/construcao-do-edificio-da-casa-do-povo-de-capareiros

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).