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Caixa GDCP em Murtosa Agência

Documentação em pasta verde, sem capa, lendo-se na lombada: “Caixa GDCP em Murtosa Agência”.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Tipo de Processo
Apreciação de ProjetoTipo de Processo
Designação do Processo
Caixa GDCP em Murtosa Agência
Anos Início-Fim
1949-1952

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1949.06.07
Última Data Registada no Processo
1952.06.03
Intervenção / Apreciação
José Frederico do Casal Ribeiro Ulrich Ministro Obras Públicas 1952Pessoa
Direção dos Serviços de Construção Comissão de Revisão com assinaturas ilegíveis 19491952Organização
Síntese de Leitura

1949.06.07 - O diretor dos Serviços dos Monumentos Nacionais da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN/DSMN), com assinatura ilegível, remete ao diretor dos Serviços de Construção (DGEMN/DSC) o projeto do edifício destinado à Agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Murtosa com o respetivo parecer.

O parecer, com a mesma assinatura ilegível, é favorável à aceitação do projeto. Consideram-se as plantas claras e “perfeitamente adequadas ao programa que as determinou”, e as fachadas “francamente agradáveis sem pruridos de originalidade descabida e apropriados ao destino do estabelecimento e às condições locais”. Fazem-se alguns reparos menores, em particular relativos à área da habitação do gerente, que se consideram não dar “motivo a uma condenação formal”.

1949.08.11 - Parecer da Comissão de Revisão da DSC, semelhante ao anterior. Refere-se o orçamento de 1.009.200$00, que se considera muito elevado, e espera-se obter uma baixa apreciável no concurso público a realizar.

1952.04.03 - O diretor da DSMN remete ao diretor da DSC novo parecer, onde se considera o projeto, agora com um orçamento de 763.683$00, em condições de merecer aprovação.

1952.05.10 - O engenheiro chefe da Repartição de Eletrotecnia e Mecânica (DGEMN/REM) informa a DSC que o projeto de instalação elétrica deve ser revisto por apresentar algumas deficiências.

1952.05.15 - A DSMN remete ao engenheiro diretor da DGEMN o parecer da Comissão de Revisão.

Considera-se o edifício bem localizado, com uma distribuição interior bem delineada e satisfatória funcionalmente. Consideram-se os alçados de feição arquitetónica equilibrada “que muito contribuirá para valorizar o conjunto local”.

Fazem-se alguns reparos relativos aos cálculos de betão armado e instalação elétrica.

Considera-se o projeto em condições de merecer aprovação superior, desde que se façam as retificações indicadas antes de a obra ser posta em praça.

1952.05.21 - Despacho do Ministro das Obras Públicas José Frederico Ulrich, que considera o orçamento exagerado e chama a atenção da DGEMN “para o facto de a Delegação da Caixa ser um organismo dela dependente”. Refere-se que cabe à DSC “orientar os projetos da Delegação, fazê-los emendar no que não estiver certo, etc.”, e acrescenta que não se pode entender “um parecer como o presente, assinado pelo próprio Director dos Serviços de Construção, afinal directo responsável pelas imperfeições do projecto”. O Ministro indica que o projeto, completamente revisto e em condições de ser aprovado, deve ser-lhe apresentado até 1952.05.28.

1952.05.23 - A DSC solicita ao engenheiro diretor da DGEMN que “os ante-projectos, ou estudos preliminares, das obras a cargo das Delegações, sejam enviadas a esta Direcção para se poder estabelecer a orientação” do Ministro das Obras Públicas.

1952.06.02 - Novo parecer da Comissão de Revisão da DSC. O parecer explica os valor elevado dos custos unitários do projeto: “uma planta bem estudada, isto é, em que são mínimos os espaços de circulação, reduz a área de construção; e, assim, de as dependências com acabamentos de custo elevado absorvem a maior parte daquela área, chega-se a custos unitários de construção bastante elevados (…) o que não quer dizer que a construção em si seja cara”. Acrescenta-se que em todos os projetos da CGD “se empregam materiais que não é usual utilizar em edificações do tipo corrente, por serem de custo elevado”, para além de se projetar todo o mobiliário fixo, incluir proteções de ferro em todas as janelas, incorporar portas das casas fortes com um custo de aproximadamente 7.000$00, entre outros. Justifica-se assim que “anteriores projectos da mesma Comissão, em que o custo unitário variou entre Esc. 1.400$00 e Esc. 1.5000$00, mereceram parecer favorável”. Acrescenta-se, no caso de Murtosa, o arranjo do terreno do logradouro.

1952.06.03 - Despacho do Ministro das Obras Públicas, onde homologa a apreciação do projeto e determina que se obra concurso para a execução da obra.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Caixa GDCP em Murtosa Agência. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/43615/caixa-gdcp-em-murtosa-agencia

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).