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Casa do Povo de Monforte da Beira

Documentação textual referente a relatórios de inspeções efetuadas à Casa do Povo de Monforte da Beira.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Arquivo / Biblioteca
Tipo de Processo
Designação do Processo
Casa do Povo de Monforte da Beira
Anos Início-Fim
1949-1966
Localização Referida
Referência Inicial
Fundo Inspecção dos Organismos Corporativos, cx. 82A, proc. 3
Outras Referências
PT-TT-IOC-002-00272
Produtor do Processo

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1949.02.19
Última Data Registada no Processo
1966.08.02
Intervenção / Apreciação
Jaime Vitor Reis Martins Subinspetor Organismos Corporativos 1949Pessoa
António Pereira Subinspetor Organismos Corporativos 1953Pessoa
Ilídio Fernandes Correia Subinspetor Organismos Corporativos 1949Pessoa
João Calado Barrento Subinspetor Organismos Corporativos 1966Pessoa
Síntese de Leitura

1949.02.19: Relatório de inspeção realizada à Casa do Povo de Monforte da Beira entre 18 e 24 de janeiro, assinado pelo subinspetor Jaime Vitor Reis Martins. Esse organismo foi fundado em 1937 e encontra-se instalado em edifício próprio. O setor de assistência funcionou até 4 de novembro de 1948, com consultas médicas diárias e concessão total de remédios aos sócios. Nessa data, a Casa do Povo foi encerrada na sequência de tumultos; são relatados minuciosamente os desentendimentos entre o médico e os presidentes. O edifício encontrava-se, portanto, encerrado há três meses por ordem do delegado do INTP em Castelo Branco, mas estava em perfeito estado de limpeza.

O organismo tem “prestado assistência médica e farmacêutica, concedido subsídios por nascimento, na doença, na invalidez e por morte (…)” (p. 1). Prestava também um serviço considerado valioso, de “pagamento por seu intermédio de contribuições, taxa militar, etc., nas respectivas Repartições em Castelo Branco. Com isto evitava aos sócios as despesas de transporte e a perda dum dia de trabalho, pois que Monforte da Beira fica a 25 quilómetros da cidade, sede do seu concelho, e não tem meios fáceis de comunicação” (p. 2).

Foca o papel de António Correia, então Presidente da Mesa da Assembleia Geral, “um abastado proprietário que à Casa do Povo tem dado o melhor dos seus entusiasmo e do apoio material”. Entre outros aspetos, cedeu o terreno onde se edificou a sede da Casa do Povo.

1953.10.16: Relatório de inspeção ordinária à Casa do Povo de Monforte da Beira, redigido pelo Subinspetores António Pereira e Ilídio Fernandes Correia. Indica-se que Monforte da Beira possuía então aproximadamente 800 habitantes. A construção da sede própria terminou em 18 de dezembro de 1947. “O mobiliário é deficiente. Tem posto médico privativo, funcionando numa das dependências do edifício, com razoável apetrechamento” (p. 18).

1966.08.02: Relatório de inspeção à Casa do Povo de Monforte da Beira realizada de 22 de março a 13 de abril e a 6 de junho, assinado pelo Subinspetor João Calado Barrento. Menciona-se que a Casa do Povo recebe um subsídio da Câmara Municipal de Castelo Branco destinado ao médico.

A sede é boa, dispondo de instalações próprias e adequadas ao fim em vista. O estilo da construção faz realçar, de entre o casario beirão, o edifício da casa do Povo que tem, junto da fachada, um pequeno jardim” (p. 3). Considera-se a ação de previdência e assistência útil.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Casa do Povo de Monforte da Beira. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/43807/casa-do-povo-de-monforte-da-beira

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).