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Casa do Povo de Escalos de Cima, Distrito de Castelo Branco

Conjunto de documentação textual referente a inspeções realizadas à Casa do Povo de Escalos de Cima, em Castelo Branco.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Tipo de Processo
CorrespondênciaTipo de Processo
Designação do Processo
Casa do Povo de Escalos de Cima, Distrito de Castelo Branco
Anos Início-Fim
1964-1967

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1964.01.17
Última Data Registada no Processo
1967.11.11
Síntese de Leitura

1964.01.17: Relatório de inspeção à Casa do Povo de Escalos de Cima, realizada entre 11 e 30 de setembro de 1963, assinado pelo Subinspetor Alberto Dias Póvoas. Este organismo foi constituído em 1957 e está em atividade desde 1958. O edifício da sede, “muito bem localizada”, foi inaugurado em 20 de julho de 1964, tendo sido construído por administração direta. “Os dirigentes não estão ainda satisfeitos, pois pretendem ampliar o edifício, a fim de construírem um salão para festas. (…) o signatário é de opinião que existem fortes motivos para protelar a realização de tal objetivo, sob pena de a Casa do Povo continuar por mais alguns anos à espera de mais amplas instalações para começar a funcionar efectivamente. Os serviços clínicos e de enfermagem estão já instalados na nova sede e a secretaria vai ser “transferida” de Castelo Branco também para lá. Os sócios possuem até uma magnífica sala de convívio, onde não falta um bar.” (p. 2). A secretaria deve ser transferida para a sede. Menciona-se o papel da Casa do Povo no desenvolvimento de melhoramentos rurais, bem como a iniciativa – parada – de “construir um aglomerado de habitações para os trabalhos rurais”, para as quais possui terreno doado por três beneméritos com despacho ministerial de 15 de janeiro de 1960.

Dado que foram usadas verbas destinadas à concessão de subsídios de invalidez para construção da sede, propõe-se que, caso seja possível, a Junta Central das Casas do Povo (JCCP) conceda um auxílio de 20.000$00 pela dotação da rubrica sedes e anexos, por forma a liquidar as despesas devidas aos inválidos. No entanto, surge uma incongruência ao confrontar as afirmações dos dirigentes com o processo constante na JCCP, pois terá sido concedido um subsídio de 50.000$00 do Fundo Comum e o terreno teria sido oferecido, tornando-se património do Ministério das Corporações.

1967.05.05: Relatório de inspeção à Casa do Povo de Escalos de Cima, realizada entre 22 de fevereiro e 8 de abril de 1967, assinado pelo Subinspetor Manuel Augusto Leal Rosa. Já em 1963, a Casa do Povo possuía sede própria, construída pela “firme determinação” dos dirigentes, referindo-se que “desviaram para as obras da sede associativa o produto dos subsídios de invalidez, escriturados como tendo sido pagos”. O terreno foi adquirido ao atual presidente da Assembleia Geral, o Visconde de Alcaide, pelo organismo pelo custo de 11.407$40. Porém, indica-se que a escritura em favor da Casa do Povo ainda não foi realizada. Funciona um bar no edifício, cujo encerramento é proposto pelo subinspetor. A sala de convívio é depreciada pelo subinspetor pelo aspeto pouco cuidado. Apenas se prestavam serviços de assistência médica.

1967.11.11: Ofício do Vice-Presidente da Junta Central das Casas do Povo (assinatura ilegível) dirigido ao Delegado do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência no Distrito de Castelo Branco, emitindo parecer sobre o relatório anterior. Sugere-se que o bar seja fechado, que a secretaria passe a funcionar na sede diariamente “com conhecimento da população associativa” (p. 2.), e que se realize a escritura do terreno e muro.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Casa do Povo de Escalos de Cima, Distrito de Castelo Branco. Acedido em 19/09/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/43883/casa-do-povo-de-escalos-de-cima-distrito-de-castelo-branco

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).