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Documentação

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alijó

1 volume com correspondência entre a Associação Humanitário dos Bombeiros Voluntários de Alijó, a Secretaria de Estado da Cultura e a Direcção-Geral de Espectáculos e do Direito de Autor, sobre pedido de apoio financeiro à primeira.

Em capa nova, onde se lê:

“Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alijó”

“Sec,Gabinete1,Cs.33,nº8”

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Arquivo / Biblioteca
Tipo de Processo
Designação do Processo
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alijó
Anos Início-Fim
1982-1983
Produtor do Processo

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1982.02.28
Última Data Registada no Processo
1983.03.09
Entidade Requerente / Beneficiária
Intervenção / Apreciação
Nuno Silva Fernandes Chefe Gabinete SEC 1983Pessoa
Luís Bravo Chefe Secção Contabilidade DGEDA 1983Pessoa
Raul Fernandes dos Santos Chefe Repartição Administrativa DGEDA 1983Pessoa
Decisão Política
José Tomás Gomes de Pinho Secretário de Estado da Cultura 1982Pessoa
Síntese de Leitura

1982.03.30 - Pedido de apoio técnico-económico pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alijó (AHBVA, assinado pelo Presidente da Direção José Monteiro Ribeiro) ao Secretário de Estado da Cultura.

O memorial anexo refere que a secção cultural da AHBVA exerce atividades de caráter cultural, recreativo, desportivo, social, tendo contribuído, ao longo de 40 anos, para o desenvolvimento do meio em que se insere. Refere-se que, no concelho de Alijó (e redondezas) não há casa de espetáculos “pelo que se não fosse esta Associação Humanitária, através da sua Secção Cultural, a maioria das Populações nunca teria visto um filme (…)”. Durante muitos anos, estas sessões foram organizadas num edifício sem condições, “pelo que a Direcção, os sócios e a população em geral, têm contribuído para que fosse feito um edifício, tipo cine-teatro, com o fim de melhor poder servir as Gentes da Região.” Informa-se que “a construção custou milhares de contos, tendo o investimento sido comparticipado pelo Ministério das Obras Públicas”. Naquele momento, falta ainda falta proceder à montagem da máquina de projetar, das cadeiras da plateia (249 lugares) e do balcão (126 lugares) e do mobiliário do quartel de bombeiros, para o que estimavam um orçamento de 5.860 contos.

14.04.1982 - Informação do Chefe da Divisão de Apoio Técnico da Direcção-Geral de Espectáculos de que o recinto se considera “em condições de segurança para a realização de espectáculos de cinema, de teatro por amadores, exibição de ranchos folclóricos, etc”. No entanto, entende-se que a cabine de enrolamento devia deixar de comunicar com a cabine de projeção e que a AHBVA deve legalizar o recinto na Direcção-Geral dos Espectáculos e do Direito de Autor (DGEDA).

1982.09.07 - Pedido de subsídio pela AHBVA ao Secretário de Estado da Cultura, após a sua visita à Vila e Concelho de Alijó, “tomando como compromisso a palavra de V. Exª de comparticipar (como subsídio) em pelo menos 50% o valor dos equipamentos do cine-teatro” e a “iniciativa de solicitar à Fundação Calouste Gulbenkian o restante subsídio”.

1982.09.23 - Ofício do Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG, José de Azeredo Perdigão), informando o Secretário de Estado da Cultura (José Tomás Gomes de Pinho) que recebeu a correspondência enviada pelo último relativa à AHBVA e que “o assunto vai ser enviado, para a emissão do respectivo parecer, â nossa Comissão de Apreciação de Projectos Polivalentes, após o que será apresentado, para decisão, ao Conselho de Administração”.

1982.12.30 - Indeferimento do pedido da AHBVA por parte da FCG, justificado:

a) A FCG não financia iniciativas “da natureza referida, sobretudo quando promovidas por entidades que, nos termos dos respectivos estatutos, não se encontram minimamente vocacionadas para o exercício de actividades culturais;

b) Por esse tipo de iniciativas, quando promovidas por Corporações de Bombeiros, se destinarem, habitualmente, a garantir novas fontes de financiamento, para a realização das suas próprias finalidades: - as de prevenção e combate aos incêndios, apoio e assistência a doentes e sinistrados - e não, ou só muito secundariamente, à prossecução de objectivos culturais;

c) Por manifesta falta de indicação quanto às acções de carácter sócio-cultural, efectivamente organizadas por os Bombeiros de Alijó nos seus 40 anos de exercício;

d) Por ser inexacta a informação de que não existem, naquela área - Alijó fica a 45kms de Vila Real -, outras entidades que se dediquem a fins culturais;

e) Por já terem sido, entretanto, indeferidas outras pretensões semelhantes, pelos motivos referidos;

f) Por o montante do subsídio requerido para o Cine-Teatro de Alijó (Esc. 3.344.500§00, - 505 do custo dos equipamentos pretendidos) não se coadunar, em princípio, com a actual política de austeridade da Fundação Gulbenkian: - de parcimoniosa distribuição, mesmo quando se destina a completar projectos de interesse exceptional e de carácter pioneiro.”

1983.01.18 - A AHBVA agradece ao Secretário de Estado da Cultura o subsídio concedido em 1982 de 1.600 contos, atribuído através da DGEDA. Pede informação sobre o valor total do subsídio atribuído (a receber), fazendo notar o aumento da inflação. Informa ainda que a FCG indeferiu o pedido de subsídio que lhe foi feito.

1983.01.26 - O Chefe do Gabinete do Secretário de Estado (Nuno Silva Fernandes) informa a AHBVA que, não estando ainda aprovado o Orçamento do Estado para 1983, não é possível definir o montante do apoio.

1983.02.03 - O Chefe da Secção de Contabilidade da DGEDA (Luís Bravo) informa que foi concedido um subsídio de 1.600 contos à AHBVA, através da rubrica Transferências-Instituições Particulares, em dezembro de 1982, e ainda que, no “corrente ano, na sequência dos consideráveis cortes, previstos no Orçamento, existe na supracitada rubrica, uma dotação provável de 3.300 contos”.

1983.03.09 - O Chefe da Repartição Administrativa da DGEDA (Raul Fernandes dos Santos) certifica que foi concedido, à AHBVA, um subsídio de 1.600 contos, em 1982.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alijó. Acedido em 22/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/4480/associacao-humanitaria-dos-bombeiros-voluntarios-de-alijo

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).