Pesquisar por

Objeto

Agentes

Atividades

Documentação

Colónia Balnear Infantil

Conjunto de documentação em pasta não original. Contém correspondência relativa ao projeto de arquitetura, à sua apreciação pela Comissão Municipal de Higiene, e aos futuros planos de implementação de águas e esgotos pela Câmara Municipal de Viana do Castelo na Praia do Cabedelo. Contém um desenho do projeto de arquitetura.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Arquivo / Biblioteca
Tipo de Processo
CorrespondênciaTipo de Processo
Apreciação de ProjetoTipo de Processo
Projeto de ArquiteturaTipo de Processo
Designação do Processo
Colónia Balnear Infantil
Anos Início-Fim
1934-1949
Referência Inicial
Processo n.º 439/MU/47

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1934.08
Última Data Registada no Processo
1949.10.20
Promotor
Projeto de Arquitetura (Autoria)
António Varela 1934Pessoa
Jorge Segurado 1934Pessoa
Intervenção / Apreciação
Abel Alegria Martins Engenheiro Diretor DGSU/DUDB 1949Pessoa
Francisco Augusto Baptista Arquiteto DGSU/DUDB 1949Pessoa
Mário Ulisses da Costa Valente Engenheiro DGSU/DUDB 1949Pessoa
Decisão Política
José Gonçalves de Araújo Novo Presidente CMVC 1949Pessoa
Síntese de Leitura

1934.08 - Memória descritiva e justificativa do projeto para a Colónia Balnear Infantil a construir na Praia do Cabedelo, assinada pelos arquitetos António Varela e Jorge Segurado.

O edifício projetado localiza-se no pinhal da “bela Praia do Cabedelo” e destina-se a abrigar turnos de 60 crianças, exclusivamente durante a noite, “fazendo as crianças durante o dia a vida na praia, e no pinhal, ao ar livre”. Para tal, o edifício compõe-se de dormitório, sanitários, uma cozinha e copa. A divisão dominante é o dormitório, a meio do qual se introduz um “pequeno quarto com divisórias envidraçadas, [que] permite ao vigilante ou à vigilante, conforme o sexo do turno, uma observação directa a todo dormitório”. Em frente a este quarto introduz-se outro, de igual área, destinado a rouparia. Procurou-se tornar o edifício o mais económico possível, tendo-se, para o efeito, excluído o Refeitório, que se substituiu “por recinto correspondente, mas francamente ao ar livre sob os pinheiros”. O recinto tem forma circular, intersectando o edifício, e é vedado por prumos de madeira. As paredes do edifício serão construídas com blocos de cimento, rebocadas exteriormente e deixadas sem revestimento no interior. As janelas serão de caixilharia metálica ou de madeira. Em vez de vidros, “terão rede metálica fininha, o que permite um arejamento constante absolutamente necessário no dormitório”. A cobertura seré em estrutura de madeira com chapas de fibrocimento nacional (Lusalite).

1949.03.26 - A Junta da Província do Minho envia o projeto para apreciação pela Comissão Municipal de Higiene.

1949.03.29 - O arquiteto Jorge Segurado solicita ao presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo (CMCV) que informe a Repartição de Melhoramentos Urbanos sobre o sistema geral de esgotos que a Câmara irá implementar no Cabedelo.

1949.04.09 - O presidente da CMVC informa o engenheiro chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos da informação dada pelos Serviços de Obras Municipais (CMVC/SOM) relativamente ao sistema de esgotos da Praia do Cabedelo. Explica-se que, dada “a falta dum plano de saneamento devidamente estudado, o facto dos terrenos circundantes serem propriedade privada e não se ter ainda iniciado a urbanização da praia”, só se pode considerar a hipótese “de execução dum semidouro a nordeste do edifício, procurando, assim, afastá-lo da toalha (…) líquida que abastece as explorações de água recentemente feitas”.

1949.04.09 - O presente da Comissão Municipal de Higiene, com assinatura ilegível, informa o presidente da Junta de Província do Minho do parecer favorável dado ao projeto do edifício da Colónia Balnear Infantil.

1949.07.11 - O engenheiro diretor da Direção de Urbanização do Distrito de Braga da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU/DUDB), Abel Alegria Martins, informa o presidente da CMVC de que o arquiteto Francisco Augusto e o engenheiro Ulisses Valente se vão deslocar “ao local onde a Junta de Província do Minho pretende levar a efeito a construção de uma Colónia Balnear Infantil”.

1949.09.13 - O engenheiro chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos (DGSU/RMU) contacta o presidente da CMVC para que esta promova “o estudo do problema de abastecimento de águas e esgotos de Cabedelo”, afim da Junta de Província do Minho poder proceder à execução da obra.

1949.10.20 - Resposta do presidente, José Gonçalves de Araújo Novo, informando não ser possível proceder-se ao estudo pedido, já que o Plano de Urbanização ainda não se encontra organizado. Apresenta-se uma solução para o edifício em causa, propondo uma fossa séptica para os esgotos e condução de um poço existente para as águas.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Colónia Balnear Infantil. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/46875/colonia-balnear-infantil

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).