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Construção do Centro Social e Paroquial de Assistência de Almaceda

Processo constituído pelos seguintes 5 volumes, contendo documentação textual e gráfica:

- Pasta de cartão com inscrições manuscritas na capa: “C.C.R.C. / Castelo Branco / 368/MU/69 / Centro Social e Paroquial de Almaceda / Construção do Centro Social e Paroquial de Assistência de Almaceda”

- Pasta de cartão com etiqueta “Centro Paroquial de Almaceda” no canto superior direito, e inscrições manuscritas “CB 368/MU/69 – 1”

- Pasta de cartão escuro com etiqueta no canto superior “Centro Paroquial de Almaceda – mobiliário”, com inscrição manuscrita “2 – CB-368/MU/69”.

- Pasta de cartão com etiqueta no topo “Centro Paroquial de Almaceda – Mobiliário / E2”, com inscrição manuscrita “CB-368/MU/69” e carimbo “REPARTIÇÃO”.

- Pasta de cartão com etiqueta no topo “Centro Paroquial de Almaceda – Mobiliário / E3”, com inscrição manuscrita “CB-368/MU/69” e carimbo “REPARTIÇÃO”.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Tipo de Processo
Designação do Processo
Construção do Centro Social e Paroquial de Assistência de Almaceda
Anos Início-Fim
1968-1971
Localização Referida
Referência Inicial
368/M.U./69

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1968.03.25
Última Data Registada no Processo
1971.01.07
Projeto de Arquitetura (Autoria)
Intervenção / Apreciação
Junta de Freguesia de Almaceda Presidente 1969Organização
José Ventura Diogo Pároco 1969Pessoa
José de Aguiam Melgueira Adjunto Técnico 2.ª Classe DUCB 1969Pessoa
António Campos Machado Engenheiro Eletrotécnico DGSU 1969Pessoa
Decisão Política
Rui Alves da Silva Sanches Ministro Obras Públicas 1969Pessoa
Síntese de Leitura

1968.03.25: Memória descritiva e justificativa do projeto arquitetónico do Centro Paroquial de Almaceda, destinado a fins assistenciais e culturais, assinada pelo arquiteto Ferrão de Oliveira. O terreno localiza-se junto da ribeira de Almaceda. Dada a dimensão reduzida, os espaços envolventes ficaram reduzidos ao mínimo para que se cumprisse integralmente o programa, ao qual se acrescentou uma arrecadação. A peça fundamental da composição é o salão paroquial, que ocupa praticamente todo o r/c, sendo antecedido por um átrio comunicante com a biblioteca e o foyer com sanitários masculinos e cabine de projeções. No primeiro piso instalam-se quatro serviços individualizados, com acessos independentes apesar da possibilidade de circulação interna: direção, posto médico, casa de trabalho e cantina. Planeava-se, futuramente, a inclusão de um edifício adossado para a junta de freguesia de Almaceda.

“No que se refere ao aspecto estético, procurou-se uma integração no meio rural com a adopção de materiais tradicionais que ao mesmo tempo conduzem a uma economia que importa a uma economia que importa de sobremaneira considerar.”

Junta-se o caderno de encargos, medições e orçamento (total: 585.100$00), e desenhos (localização, plantas, alçados, cortes).

1969: Pedido endereçado pelo Presidente da Junta de Freguesia de Almaceda, Álvaro (assinatura ilegível) e pelo pároco José Ventura Diogo ao Ministro das Obras Públicas. Expondo a situação de êxodo, isolamento e falta de assistência médica e atividades culturais em Almaceda, dado que “não há nada que prenda à terra. A única distração é a taberna, com todas as consequências de ordem moral, social e de saúde para novos e velhos”, solicitam apoio financeiro estatal para concluir a construção de um centro social e paroquial de assistência. Foram recolhidos donativos no valor de 1.021.000$00, aplicados na aquisição de terreno, encomenda de projeto a “um competentíssimo arquitecto de Lisboa” e início da construção; porém, esse valor não cobre o orçamento de 1.400.000$00, que também não inclui muros de suporte, vedação e mobiliário, não havendo possibilidade de completar o edifício sem recurso a subsídio estatal. O edifício consta de: salão de festas (com palco para cinema e teatro, apto para realizar festas, palestras, peças de teatro, reuniões culturais e locais, etc., e uma sala para convívio com televisão, rádio e jogos); casa de trabalho (formação familiar e doméstica de raparigas); posto médico; biblioteca (com ampla sala de leitura); gabinete da direção com arquivo; cantina de crianças e pobres (com refeitório e cozinha); parque infantil; dependências para funcionamento de um posto da telescola.

1969.11.10: O Governador Civil de Castelo Branco, Manuel Ascensão Azevedo, transmite ao Ministro das Obras Públicas o pedido anterior. Recorda que “se trata de uma freguesia que, no último acto eleitoral, correspondeu inteiramente, tendo aquele sacerdote desenvolvido excelente acção em prol do resultado obtido”, o que o leva a solicitar o interesse do ministro.

1969.11.17: Despacho do ministro Rui Sanches, indicando que caso o projeto seja aprovado, poderá contar-se com comparticipação do Estado “no escalão de 200.000$00 do corrente ano, a reportar pela Comissão do Nordeste” e para o plano de 1970 o restante.

1969.12.05: Viriato Campos, Presidente da Comissão Coordenadora de Obras e Melhoramentos Rurais do Nordeste (CCOMRN), comunica ao Diretor dos Serviços de Melhoramentos Urbanos que foi dado cabimento aos 200.000$000 autorizados pelo ministro.

1970.01.09: Informação de José d’Aguiam Melgueira acerca do projeto do centro social, sendo de parecer que o projeto está bem elaborado. Torna-se necessário anotação do reforço de 32.000$00 para 1970.

1970.02.05: O Engenheiro Diretor Geral dos Serviços de urbanização, A. Macedo dos Santos, comunica ao Governador Civil de Castelo Branco que o ministro autorizou a comparticipação de 232 contos para a obra.

1970.02.09: Viriato Campos informa que a CCOMRN não pode considerar a comparticipação pois não fará parte do plano de comparticipações em 1970 segundo despacho ministerial de 7 de janeiro de 1970.

1970.02.20: Despacho do ministro Rui Sanches acerca do procedimento a seguir: a obra deve ser inscrita no plano de melhoramentos urbanos e complemento da comparticipação pela Comissão do Nordeste.

1970.04.17: O engenheiro Diretor dos Serviços de Melhoramentos Urbanos, Alfredo Fernandes, propõe ao Diretor Geral dos Serviços de Urbanização que seja concedida a comparticipação de 32.000$00 prevista no 1.º Plano Adicional de Melhoramentos Urbanos desse ano.

1970.04.21: Apreciação favorável do estudo da instalação elétrica, assinada por A. Campos Machado, engenheiro eletrotécnico.

1970.05.12: Auto de medição de trabalhos n.º 1, no valor de 32.000$00. O prazo de execução da obra é de 31 de dezembro de 1970. A obra é comparticipada pelo Orçamento Geral do Estado, constando do documento a indicação “III Plano de Fomento / Melhoramentos Urbanos”.

1970.11.21: Auto de vistoria geral dos trabalhos realizados por administração direta pela Direção do Centro Social e Paroquial de Almaceda, iniciados a 9 de fevereiro de 1970 e concluídos a 26 de setembro de 1970.

1971.01.07: Autorização para inauguração da obra.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Construção do Centro Social e Paroquial de Assistência de Almaceda. Acedido em 19/09/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/48111/construcao-do-centro-social-e-paroquial-de-assistencia-de-almaceda

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).