Edifício Escolar de Caíde de Rei, Núcleo Escolar de Estação, Lousada
Maço de documentação, em pasta preta e cinzenta com a designação “Edifícios Escolares - Caixa 2 Caíde de Rei / Casais / Cernadelo / Covas”. Contém documentação relativa às obras complementares do edifício escolar e à sua ampliação posterior. Contém desenhos de projeto do edifício escolar gémeo de 2 salas
Identificação
Análise
1948.07.03 - O engenheiro diretor da Direção de Estradas do Distrito do Porto da Junta Autónoma das Estradas (JAE/DEDP), Joaquim de Freitas Bravo, informa a SCEPN de que se autoriza a construção do muro previsto à margem da Estrada Nacional 207-2.
1948.07.08 - O delegado da DOCEP, da Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), Pedro Sebastião de Morais Sarmento Campilho, informa a SCEPN de que foi autorizada a concessão da importância de 30.535$00 para os Trabalhos Complementares, por conta da verba existente no Comissariado do Desemprego, à ordem da DGEMN.
1948.07.16 - A SCEPN indica à firma adjudicatária que dê início aos trabalhos.
1948.11.02 - O engenheiro diretor de Serviços da DOCEP, Pedro Sebastião de Morais Sarmento Campilho, informa a SCEPN de que foi concedida a dotação de 30.535$00 para as obras complementares, com dispensa das formalidades do concurso público e do contrato escrito. Informa-se que esta dotação substitui a anteriormente indicada, em ofício de 1948.07.08.
1948.11.30 - Auto de vistoria e medições de trabalhos, referente a 30.535$00.
1949.07.08 - O engenheiro chefe da SCEPN informa o presidente da Câmara Municipal de Lousada (CML) de que as escolas de Caíde, Lodares e Macieira estarão prontas a funcionar em outubro.
1949.09.27 - O engenheiro chefe da SCEPN informa o presidente da Câmara Municipal de Lousada (CML) de que apenas as escolas de Caíde e Lodares poderão ser inauguradas a 1949.10.01.
1949.10.20 - Ofício do diretor interino da Direção do Distrito Escolar do Porto (DDEP), dirigido à DGEMN, no qual solicita que seja concluído “o arranjo dos terrenos destinados ao recreio das escolas de Caíde, do concelho de Lousada, visto que, assim como se encontram, constituem um permanente perigo para a integridade física das crianças, além de terem utilidade muito reduzidas para a realização de exercícios físicos”. Solicita-se também que as escolas sejam dotadas de bebedouros.
1949.10.22 - Resposta da SCEPN, informando terem sido tomadas providências para a conclusão das obras solicitadas, mas não ser possível instalar bebedouros, não previstos nas escolas.
1949.11.21 - Auto de entrega definitiva do edifício escolar gémeo de 2 salas, do núcleo de Estação, freguesia de Caíde, assinado pelo engenheiro chefe da SCEPN, Artur Cândido Camisa, e pelo vice-presidente, em exercício, da CML, Artur Pinto da Fonseca.
1949.12.17 - Ofício da SCEPN, dirigido à CML. Explica-se que não se preveem bebedouros nas escolas por não haver garantia sobre a potabilidade da água. Esclarece-se também que não foi construído um muro de suporte de terras devido à importância elevada das obras complementares, resultado da “ingrata topografia do terreno”.
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1964.10.27 - Após autorização da ampliação do edifício escolar de 2 salas no núcleo de Estação, para 4 salas, o vice-presidente da CML, em exercício, solicita à DOCEP que providencie no sentido de que seja feito o estudo necessário.
1966.07.12 - A SCEPN informa a DOCEP sobre a viabilidade de ampliação de 2 para 4 salas da escola de Estação. Explica-se que o edifício obedece ao projeto-tipo em vigor em 1949, tendo sido construído ao abrigo do Plano dos Centenários e sendo, portanto, suscetível de ampliação em altura. No entanto, considera-se a ampliação não aconselhável, “na medida em que o actual edifício se situa à margem de uma estrada nacional de intenso movimento”, sendo o terreno circundante estreito.
1966.07.25 - A DOCEP concorda com o parecer e solicita à SCEPN que peça à CML indicação de um terreno para a construção de duas novas salas.
A SCEPN faz o solicitado em 1966.07.28.
1966.12.09 - A CML solicita à DOCEP que sejam realizadas reparações urgentes no edifício escolar de Estação.
Em 1967.01.05, a DDEP faz o mesmo pedido.
1967.02.20 - Resposta da SCEPN à DDEP, informando que se tentará efetuas as obras de reparação durante o ano corrente.
1967.10.17 - A DDEP volta a solicitar a reparação do edifício escolar, informando que o edifício “está cada vez em pior estado”. Transcrevem-se ofícios da professora, nos quais descreve que as “brechas abertas nas paredes estão cada vez mais acentuadas e o tecto está completamente deteriorado, ameaçando ruína”.
1967.11.06 - Novo ofício da DDEP, transcrevendo ofício da professora, onde esta refere que, de acordo com opinião de um trabalhador da construção civil que foi verificar o estado da escola, “logo que surjam os dias invernosos, podo o telhado desabar dum momento para o outro”.
1967.11.28 - A SCEPN solicita à CML e à DDEP que tome as providências necessárias para que o edifício escolar seja abandonado a partir de 1967.12.02, para ser submetido a obras de grande reparação, incluindo “a substituição das armações do telhado e do alpendre e bem assim, a demolição dos tectos e respectivas obras consequentes”.
1967.12.05 - A DDEP informa que as aulas passarão a funcionar, provisoriamente, no núcleo de Pereiras.
1968.03.20 - A DDEP questiona a DOCEP sobre o estado das obras de reparação.
1968.03.26 - A SCEPN informa que o edifício está apto a entrar em funcionamento.
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1973.01.10 - A DDEP oficia a Direção das Construções Escolares do Norte (DCEN) sobre a Escola Masculina de Estação, Caíde, transcrevendo a solicitação do professor-diretor de que seja feito um escoadouro para as fossas das retretes e que todo o edifício seja cercado com um muro de, pelo menos, 2 metros de altura.
1973.03.08 - Ofício do presidente da Junta de Freguesia (JF) de Caíde (com assinatura ilegível), à DCEN. Informa-se que “a população, fazendo enormes sacrifícios, por é principalmente agrícola, conseguiu adquirir um terreno” para a instalação do Posto Oficial n.º 250 da Telescola. Solicita-se uma “contribuição monetária para as quatro salas previstas e orçadas em duzentos contos ou então, que seja essa mesma Direcção a construir sob a sua própria orientação”. Refere-se que o Posto funciona em “salas deficientes e isentas de quaisquer requisitos escolares e que se não se der uma solução rápida, para o próximo ano lectivo, a freguesia poderá perder esta oportunidade única de se desenvolver intelectualmente”.
1973.03.20 - Resposta do engenheiro diretor da DCEN, César Montenegro, explicando que a Direção-Geral das Construções Escolares (DGCE) não tem competências para apoiar a JF de Caíde.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Edifício Escolar de Caíde de Rei, Núcleo Escolar de Estação, Lousada. Acedido em 10/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/48851/edificio-escolar-de-caide-de-rei-nucleo-escolar-de-estacao-lousada