Emitida em 22/9/1977, a informação que acompanha a Proposta de Comparticipação n.º177/77, elaborada pelo Adjunto Técnico da Direção de Urbanização do Distrito da Guarda esclarece as razões e o contexto do pedido para a construção do lavadouro na freguesia de Bouça Cova, em Pinhel:  "A Junta de Freguesia de Bouça Cova solicitou um subsídio de 50.000$00 para conclusão de um lavadouro naquela povoação. Visitado o local verificou-se, que o referido lavadouro não passava de um tanque sem possibilidade de satisfazer as mínimas condições de higiene exigidas, que desejavam dotar de uma cobertura, pelo que devido à real necessidade da obra foi elaborado nesta Direção um projeto sumário, com base em medições à fita, que consta de um orçamento e das seguintes peças desenhadas: planta, alçado principal, alçado lateral direito, alçado lateral esquerdo, corte por A-B. (...) A taxa de comparticipação de 100% prevista no plano, penso que deverá ser mantida, atendendo as dificuldades financeiras da Entidade."

A obra foi orçada em 165.000$00, valor escalonado entre os anos de 1977 (50.000$00) e 1978 (115.000$00); o prazo para a conclusão foi estipulado para o dia 31/12/1978. O processo definitivo foi aberto em 30/9/1977. O concurso limitado organizado pela Junta de Freguesia de Bouça Cova foi vencido por Serafim Nunes Pereira, que apresentou a proposta de menor valor para a execução dos serviços, ainda assim acima do orçamento inicial. A "alta de praça" justificou a sugestão do Adjunto técnico da DUG no sentido de reforçar a comparticipação no valor de 9.000$00. (Informação n.º3395, de 21/11/1977)

Em 15/3/1978, através de correspondência, o Diretor Geral do Equipamento Regional e Urbano questionou a Direção de Equipamento da Guarda as razões para a obra ter sido adjudicada antes mesmo da comparticipação ter sido concedida e de terem sido elaborados dois autos para a mesma obra. O Diretor de Equipamento do Distrito respondeu em 20/3/1978, através do Ofício n.º 817, que a urgência na execução da obra e o despacho do Gabinete Coordenador de Obras Municipais (GCOM) justificavam a adjudicação da obra, dividida em dois autos em função do escalonamento das verbas comparticipadas. A resposta não convenceu o Diretor da DGERU, que considerou as medidas tomadas como "infrações" e solicitou informações mais precisas acerca do "estado dos trabalhos executados e da correta avaliação do seu custo face aos preços da empreitada". (Correspondência da DGERU para a DUG, 31/3/1978) O Engenheiro Diretor da DUG respondeu em 6/4/1978 que " os trabalhos estão muito adiantados, faltando apenas deitar o fundo dos tanques, executar os mesmos e respectivas canalizações." (Ofício n.º 918 da DUG para a DGERU) Em 27/11/1978, os técnicos da DUG propuseram a concessão de um reforço à comparticipação, correspondente a 50.000$00 adicionais para fazer face ao custo dos trabalhos de beneficiação da captação da água e sua adução com prazo até 31/12/1978. (Proposta de Comparticipação n.º 100/78)