1971.05.17 - Ofício da Comissão Executiva da Igreja de Nossa Senhora Medianeira das Graças (INSMG), assinado por Joaquim José Freitas e dirigido à Subsecretária de Estado da Saúde e Assistência (SESA). Começa por se agradecer audiência concedida pela subsecretária da SESA, Maria Teresa Lobo, e pelo envio de técnico ao local, que remeteu relatório com notas sobre o projeto em 1971.04.06. As observações feitas no relatório levaram a modificações na planta previamente apresentada, tendo-se assumido o jardim-escola como “ideia central e de caracter permanente e a Formação das Raparigas como Obra secundária”. Explica-se, então, que “o Jardim-Escola funcionaria todos os dias, excepto aos Domingos e Sábados, a Casa de formação, aos sábados e em dias alternados, aproveitando os tempos livres das raparigas, no fim dos seus trabalhos profissionais”. Enfatiza-se a necessidade da obra, “num meio pobre, operário e rural (…) comunidade de 800 fogos com mais de 200 crianças na escola as mais pobres das quais poderiam beneficiar da Cantina do Centro”. O orçamento da obra estima-se em 400.000$00.

1971.05.17 - Novo ofício, dirigido ao ao diretor dos serviços do SESA, com o qual se remetem plantas e alçados, correspondentes a alterações feitas ao pré-anteprojeto já enviado, após visita da SESA ao local. Refere-se que estas tiram “o máximo rendimento do terreno disponível, do largo magnífico (…) resguardado de perigos para as crianças brincarem à vontade e do Salão amplo, que durante as horas do dia em que funcionará o Jardim Infantil está, sempre, disponível”. Como consequência das alterações feitas ao projeto, o orçamento deste aumentou. Indica-se que o início da construção da obra está apenas pendente da concessão de subsídio já pedido à Direção-Geral de Assistência (DGA) e que se este não seja inferior a 40% do custo das obras.

1971.05.20 - Informação do Serviço de Orientação de Estabelecimentos (SOE) ao Serviço de Projetos e Obras (SOP) do Instituto de Assistência aos Menores (IAM), assinada pela adjunta Helena Pontes Carreira, na qual se fazem reparos sobre o projeto. Refere-se não existir indicação de a quantas crianças se destina o jardim de infância. Considera-se, a partir do número que frequenta a escola primária, que existirão cerca de 120 crianças em idade pré-escolar, devendo-se considerar uma capacidade capaz de proporcionar atividades a 80% destas. Nota-se que os desenhos apresentados não têm escala, pelo que não é possível conhecer as áreas das divisões. Mesmo assim, indica-se que as salas aparentam ser muito pequenas. Indica-se ainda que não há necessidade de dormitórios e sala de curativos e que a distribuição das instalações sanitárias se considera desadequada. Considera-se também pequena a sala de espera, nota-se a ausência de arrecadações de material e colchões e indica-se que as salas de atividades deveriam ter comunicação com o exterior.

1971.05.23 - Despacho do Subsecretário de Estado da Saúde e Assistência pelo qual se manda reservar um subsídio de 80.000$00 para a construção de um Jardim de Infância, a levar a efeito pelo Centro Paroquial de Chainça.

1971.07.18 - O chefe de repartição não identificada comunica à entidade requerente a autorização de comparticipação da obra. Indica-se que se deve entrar em contacto com o IAM/SOE para definição do programa e acerto dos aspetos funcionais do edifício. Refere-se ainda a necessidade de formalizar e legalizar o Centro Social, para o que se remete um modelo de estatutos.

1971.12.18 - Informação da DGAS, assinada pela 3ª oficial, Maria Adriana Almeida. Indica-se que ainda não foi remetido projeto de estatutos pelo Centro Social, pelo que se prevê que o subsídio não poderá ser atribuído ainda em 1971. Propõe-se que este seja revertido para outra instituição.

1972.04.13 - Ofício da INSMG, endereçado à Diretora da DGAS. Remete-se o projeto da obra, o seu orçamento e os estatutos.

1973. 04.25 - Ofício do Serviço de Ação Familiar e Social (SAFS) do IFAS, assinado pela técnica Maria Inês Reis Madeira. Informa-se que se oficiou o presidente do Centro em 1972.09.25, no sentido de serem efetuadas algumas alterações no projeto, não se tendo ainda obtido resposta.