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Casa do Povo de Alvega - Construção da Sede

Documentação organizada em capa de papel do Ministério das Corporações e Previdência Social - Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, na qual se registou o assunto: “Casa do Povo de Alvega - ‘construção da sede’”.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Arquivo / Biblioteca
Tipo de Processo
CorrespondênciaTipo de Processo
Anos Início-Fim
1965-1974

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1965.05.16
Última Data Registada no Processo
1974.05.14
Entidade Requerente / Beneficiária
Casa do Povo de Alvega 1965Organização
Intervenção / Apreciação
Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, INTP Delegado com assinatura ilegível 1965Organização
Jaime Dias de Azevedo Adaptação Projeto-Tipo 1969Pessoa
Câmara Municipal de Abrantes Aprovação 1969Organização
Síntese de Leitura

1965.05.16 - Ofício do presidente da direção da Casa do Povo de Alvega, endereçado ao Instituto Nacional do Trabalho e Previdência (INTP). Informa que a Casa do Povo consegue uma parcela de terreno com 400m2 para a construção do seu edifício sede, sendo que o proprietário pede 22.000$00 por este. Solicita-se que o INTP envie um técnico para apreciar o terreno.

1966.01.18 - Ofício do presidente da direção da Casa do Povo, dirigido ao delegado do INTP, no qual se refere que o mesmo delegado já visitou o local, tendo ficado combinado que ou o INTP ou a Junta Central das Casas do Povo (JCCP) iria escrever ao proprietário do terreno no sentido de procurar baixar o preço por metro quadrado.

1966.01.22 - Relatório de visita ao terreno destinado à construção do edifício-sede, com assinatura ilegível do chefe dos Serviços Técnicos (ST) da JCCP. O relatório descreve a localização do terreno, “num dos extremos do aglomerado populacional e numa zona de expansão da Povoação”, e a sua configuração: um terreno “sensivelmente plano”, que reúne condições para a implantação da sede da Casa do Povo. Considera-se elevado o preço pedido pelo proprietário, julgando-se que o preço por metro quadrado não deve exceder 40$00 e, consequentemente, o total do terreno não deve exceder 20.000$00. Refere-se que a Casa do Povo poderá contribuir com 50% do custo, ficando os restantes 50% a cargo da JCCP.

1966.02.17 - A direção da Casa do Povo informa o INTP de que, em conversa com o proprietário do terreno, este indicou ser-lhe impossível vender por menos de 50$00 o metro quadrado, “pois que também o comprou a 80$00 cada metro quadrado, e só o vende por este preço por se destinar à construção de uma obra de grande necessidade para esta freguesia”.

1966.04.16 - Novo ofício, assinado por José Joaquim, presidente da direção da Casa do Povo, pelo qual informa o INTP de que o proprietário do terreno comunicou que só poderia vender uma faixa de 17,50m por 20,00m, “em virtude de possuir no mesmo local um depósito de garrafas de Gaz, da ‘MOBIL GAZ’, e serviços competentes não autorizarem que seja construída qualquer obra a menos de 10,00 metros de distância”. Considera-se impossível construir a sede da Casa do Povo nesta parcela.

1966.05.22 - A Casa do Povo informa o INTP de que o proprietário já não pretende vender o terreno.

1968.05.08 - Ofício da Casa do Povo, dirigido ao INTP, no qual refere um terreno que iria ser cedido gratuitamente, mas que não tem área suficiente para a construção da sede. No entanto, existe outro terreno próximo, cujo proprietário pretende vender por 50.000$00. Indica-se que a localização é muito central, e que “muitos sócios e todo o povo desta freguesia acham o local tão próprio para a construção da Casa do Povo”, que a mesma já recebeu ofertas de vários subsídios na importância de 20.000$00. Solicita-se um subsítdo de 30.000$00 à JCCP.

1968.08.19 - Relatório da JCCP/ST, após visita do seu chefe à Casa do povo de Alvega para proceder à escolha de um terreno para a construção da sede. Considera-se que o terreno a ser cedido gratuitamente não possui área suficiente para a implantação da sede. Quanto ao segundo terreno, considera-se que o preço total do terreno não deve exceder os 45.000$00.

1968.09.24 - A Casa do Povo informa da concordância da proprietária em vender o terreno por 45.000$00.

1968.10.19 - A Casa do Povo informa o INTP de que necessita de um empréstimo de 15.000$00 do Fundo de Obras da JCCP, sendo a restante importância relativa à aquisição do terreno garantida por dinheiro próprio da Casa do Povo.

1968.12.27 - Ofício da Casa do Povo, no qual informa o INTP de que o terreno já foi adquirido.

1969.02.01 - A delegação de Santarém do INPT remete à Casa do Povo o projeto da sede da Casa do Povo de Glória, que segue o mesmo modelo ao que será elaborado para Alvega. Informa-se que é possível que o Plano de Construção de Sedes possa conceder brevemente a comparticipação de 300.000$00 para a construção da sede e solicita-se que a Casa do Povo verifique se essa quantia é suficiente. Indica-se que o Plano de Construção de Sedes não concede mais que essa quantia a cada Casa do Povo.

1969.03.27 - A direção da Casa do Povo entende que é possível construir o edifício por 300.000$00 se a obra for realizada por administração direta. Solicita-se que o INTP informe quando se pode iniciar a construção, referindo que, durante o verão, existe falta de mão-de-obra na região.

1969.04.20 - A Casa do povo informa o INTP de que deu início à construção da sua nova sede. Refere-se que se escreveu ao arquiteto Jaime Dias Azevedo para que este remetesse duas cópias dos desenhos e da memória descritiva.

1969.04.17 - O arquiteto Jaime Dias Azevedo informa o presidente da Casa do Povo de que, para o projeto estar em condições para poder ser aceite pela Câmara, é necessário que lhe enviem uma planta do terreno, para que possa elaborar uma planta de localização. Indica-se ainda que o custo do projeto será de 11.234$00, por se tratar de uma repetição do Projeto-Tipo.

1969.04.21 - A direção da Casa do Povo solicita ao INTP que informe se pode enviar fotocópias do projeto-tipo ou mandar executar novos desenhos, pois não tem verbas suficientes para pagar ao arquiteto.

1969.06.10 - Ofício da direção da Casa do Povo, pelo qual se solicita um subsídio para a aquisição de mobiliário para a sua sede, já que não se julga possível proceder à inauguração do edifício sem este.

1969.09.18 - A Casa do Povo devolve ao INTP dois desenhos, para que sejam assinados pelo arquiteto que os elaborou e pelo engenheiro ou agente-técnico de fez os cálculos, após estes terem sido devolvidos pela Câmara Municipal de Abrantes, pelo arquiteto Jaime Dias de Azevedo não estar lá inscrito.

1969.11.06 - O INTP remete dois exemplares do projeto da Casa do povo de Alvega.

1969.12.18 - A direção da Casa do Povo informa o INTP de que as obras de construção do novo edifício se encontram quase concluídas, mas que foram embargadas pela Câmara Municipal por já deverem ter dado entrada na Câmara os desenhos da obra.

1970.05.20 - A direção da Casa do povo informa o INTP de que já foi ligada a luz elétrica da nova sede. Refere-se que esta está completamente pronta e entrar em funcionamento e questiona-se sobre quando se poderão mudar os serviços para as novas instalações. Refere-se ainda que a nova sede já se encontra mobilada, faltando ainda algum mobiliário cirúrgico, a fornecer pela Caixa de previdência e Abono de Família do Distrito de Santarém.

1970.06.22 - A direção da Casa do Povo informa o INTP de que se conseguiu que se fizesse uma lápide comemorativa da inauguração da sede da Casa do Povo, em 1970.06.27.

1972.04.05 - O delegado do INTP remete à direção da Casa do Povo uma transcrição de um ofício do chefe de Missão da Ação Social de Santarém, sobre a utilização do terreno contíguo à sede da Casa do Povo para construção de um edifício destinado a Cursos de Formação profissional Acelerada com internato, para trabalhadores rurais.

1973.07.04 - A JCCP informa a delegação de Santarém do INTP de que foi concedido à Casa do povo de Alvega um subsídio de 5.000$00, pela Secretaria de Estado do Trabalho e Previdência, para arranjo do logradouro anexo ao edifício da sua sede.

1973.07.26 - Ofício da JCCP, endereçado à delegação de Santarém do INTP, no qual se informa que a Casa do Povo de Alvega solicitou um subsídio de 100.000$00 para adquirir um terreno destinado a parque desportivo.

1974.05.14 - O delegado do Ministério das Corporações e Previdência Social (MCPS), Augusto de Jesus Sousa, informa a direção da Casa do Povo de que foi incluída no programa elaborado pela Delegação para o período de 1974/79, a construção do pavilhão gimnodesportivo da Casa do Povo.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Casa do Povo de Alvega - Construção da Sede. Acedido em 18/01/2025, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/54399/casa-do-povo-de-alvega-construcao-da-sede

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).