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Adega Cooperativa de Bragança

Processo em capa do Ministério da Economia, Junta Nacional do Vinho, com a designação Adega Cooperativa de Bragança, Projecto 1955.

Contém pedidos sucessivos de licença de construção, pela Cooperativa Agrícola da Terra Fria à Câmara Municipal de Bragança, da Adega Cooperativa (contendo projeto de arquitetura - memória descritiva e justificativa, peças desenhadas - projeto de betão armado e estruturas metálicas, caderno de encargos, medições, preços simples e compostos, orçamentos), de anexo temporário, armazém (com projeto de arquitetura) e depósitos “Airform”, dos quais existem fotografias de construção.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Arquivo / Biblioteca
Tipo de Processo
Designação do Processo
Adega Cooperativa de Bragança
Anos Início-Fim
1956-1969
Localização Referida
BragançaDistrito Histórico (PT)
Produtor do Processo

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1955.11.14
Última Data Registada no Processo
1969.05.08
Projeto de Arquitetura (Autoria)
Junta Nacional do Vinho Programa e Apoio Técnico 1956Organização
António Augusto Paradinha Projeto de Anexo Provisório 1962Pessoa
Vasco Vivaldo Leone Ante-projeto 1955Pessoa
Intervenção / Apreciação
Manuel Maria Sampaio Direção Técnica 1956Pessoa
António Emílio Sendas Delegado Saúde Bragança 1956Pessoa
Amilcar Ferreira Engenheiro CMB 1963Pessoa
João Lico Lopes Adjunto Delegado Saúde Bragança 1969Pessoa
Decisão Política
Adriano Augusto Pires Presidente CMB 1956Pessoa
A. Vaz Pires Presidente CMB 1968Pessoa
Abílio Machado Leonardo Presidente CMB 1969Pessoa
Síntese de Leitura

1955.11.14 - Memória descritiva e justificativa, assinada por Vasco Vivaldo Leone, do projeto da Adega Cooperativa de Bragança, elaborado com base em programa fornecido pela Junta Nacional do Vinho “e em intima colaboração com os Serviços Técnicos respectivos”. Refere-se a existência de um ante-projeto e variante, já aprovados, dos quais este projeto é um desenvolvimento.

Descreve-se o edifício, composto de dois corpos distintos, “sendo o destinado à Adega propriamente dito, partilhável em três, o que permite ampliações sucessivas”. Tal estava determinado no programa, tendo-se procurado “estudar o problema de forma que as ampliações a realizar fiquem desde já definidas com o mínimo de dispêndio de adaptações e de forma que o eu conjunto parcial ou total seja funcional, perfeito e com aspecto arquitectónico harmonioso e equilibrado”. O segundo corpo é destinada a instalação de frasqueira, da direção e serviços e habitação do guarda.

Refere-se o cuidado de “orientar as fachadas de maior interesse para o lado de Bragança”, implantando-se o edifício “com a sua fachada principal paralela à Estrada e afastado desta a distância suficiente de forma a criarem-se francos acessos aos Cais e ao Tegão, assim como à Báscula” e a memória prossegue com a descrição detalhada da organização funcional do edifício.

Explica-se que o estudo das fachadas “mereceu especial atenção, mostrando nos seus alçados, tanto quanto possível, todo o movimento interior do edifício, com as suas características industriais”. Refere-se ainda que, embora não contemplado no orçamento, se reconheceu, “na elaboração do projecto a necessidade de colocar no edifício um elemento decorativo, que poderia ser constituído por um baixo relevo em cerâmica policromada, cimento ou cantarias”, de forma a “amenizar ou quebrar” as linhas “demasiadamente rígidas”.

Estruturalmente, o projeto contempla uma estrutura de betão armado. As paredes exteriores são constituídas por panos duplos de tijolo com caixa de ar interna e a cobertura por asnas metálicas e revestida com telha. Descreve-se, aqui, um estudo cuidado do sistema de cobertura, “dadas as grandes variações de temperatura da região”, resultando num sistema que permite “dar franco escoamento às neves, boa iluminação e ventilação ao corpo ou corpos da Adega”.

Prevê-se um orçamento total de 1.646.082$.

1956.02.11 - Termo de responsabilidade de Manuel Maria Sampaio, engenheiro civil, pela direção técnica da obra Adega Cooperativa de Bragança.

1956.06.25 - Pedido de licença de construção da Adega Cooperativa de Bragança pela direção da sociedade cooperativa à Câmara Municipal de Bragança (CMB).

1956.06.28 - Pedido de parecer ao delegado de saúde do distrito de Bragança pelo presidente da CMB, Adriano Augusto Pires.

1956.06.29 - Parecer favorável do delegado de saúde, António Emílio Sendas.

1962.09.14 - Pedido de autorização da construção, a título provisório, de um barracão junto à adega, devido a uma “colheita superior à sua capacidade e sobretudo pelo aumento que houve de associados”, pela Adega Cooperativa de Bragança, SCRL, à CMB.

O pedido é autorizado em 1962.09.24.

1962.09.15 - Informação ao presidente da CMB, comunicando que a direção da Adega Cooperativa de Bragança havia sido autuada no dia anterior, por se encontrar a construir um edifício anexo sem licença da Câmara.

1962.09.24 - Memória descritiva e justificativa do anexo provisório, assinada por António Augusto Paradinha.

1963.09.23 - Comunicação da Adega Cooperativa de Bragança, SCRL, à CMB sobre a reconstrução de um tanque pré-existente, onde se solicita que o presidente da CMB, o engenheiro Amilcar Ferreira e o engenheiro diretor das Obras Públicas visitem o local para indicar a localização do tanque.

1965.06.22 - Pedido de licença para construção de 4 depósitos “Airform” pela Cooperativa Agrícola da Terra Fria à CMB, ao qual se junta memória descritiva.

1966.09.02 - Resposta da CMB à Cooperativa Agrícola da Terra Fria, pelo presidente Adriano Augusto Pires, relativamente ao pedido de licença de construção de 4 depósitos, solicitando que o técnico autor do projeto fala a sua inscrição no Município e passe o respetivo termo de responsabilidade.

1968.04.29 - Comunicação da Cooperativa Agrícola da Terra Fria à CMB sobre o seu desejo de construir um armazém anexo à Adega, enviando planta com a localização projetada.

1968.05.02 - Requerimento de licença para ampliação da laje da cobertura dos tegões da Adega, à CMB, acompanhada de projeto e memória descritiva.

1968.07.31 - Pedido de licença para construção de dois “depósitos balões sistema “ AIRFORM “, idênticos aos que constam do projecto aprovado”, pela Cooperativa Agrícola da Terra Fria à CMB.

1968.08.30 - Resposta da CMB, solicitando planta de localização.

1968.11.21 - Resposta do presidente da CMB, A. Vaz Pires, à comunicação de 1968.04.29, indicando o local para implantação do armazém.

1969.04.23 - Informação interna da CMB, informando que a Cooperativa Agrícola foi autuada por construir um armazém sem licença da Câmara.

1969.04.23 - Pedido de licença de construção de um armazém no terreno da Adega Cooperativa, pela Cooperativa Agrícola da Terra Fria, SCRL, à CMB.

1969.04.25 - A Cooperativa Agrícola envia o projeto de construção do armazém anexo à Adega à CMB.

A memória descritiva e justificativa deste anexo data de 1967.04.07 e parece ser assinada por Manuel Maria Sampaio. Refere-se o “constante aumento de venda de vinhos engarrafados, engarrafonados para o mercado interno e externo”, devido ao qual se “pretende levar a efeito a construção de um armazém”, em colaboração com a Junta Nacional do Vinho.

1969.05.06 - Ofício enviado ao presidente da CMB com um Auto de Embargo à Adega Cooperativa da Terra Fria, de acordo com o despacho do mesmo de 1969.04.23, pela construção de um armazém sem a decida licença.

1969.05.07 - Pedido de parecer, pelo presidente da CMB, Abílio Machado Leonardo, ao engenheiro António Augusto Paradinha.

1969.05.08 - Parecer favorável do adjunto do delegado de saúde, João Lico Lopes.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Adega Cooperativa de Bragança. Acedido em 19/09/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/9989/adega-cooperativa-de-braganca

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).