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Edifício-Sede da Associação de Beneficiários do Mira, OdemiraEdifício para a Associação de Regantes do Mira e Grémio da Lavoura de Odemira

O projeto desta obra, com autoria do arquiteto Raul Chorão Ramalho, remonta ao ano de 1962.

O programa destas instalações seria idêntico ao do edifício projetado para a obra de aproveitamento do Rio Roxo, estando designado, provisoriamente, a ser escritório da obra de Aproveitamento Hidro-Agrícola do Rio Mira.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Notas

Análise Conjugada de Forma, Função e Relação com o Contexto

O edifício está localizado num lote de terreno sensivelmente triangular (embora irregular), num gaveto formado pela Estrada da Circunvalação e pela Rua Engenheiro Arantes e Oliveira. A implantação da construção segue, de certo modo, a forma do lote, aproveitando-o ao máximo. O acesso principal faz-se através de uma pequena praceta / área ajardinada, localizada no gaveto e com acesso por escadas através das duas ruas. Deste modo, o edifício cria uma zona pública ao ar livre, com zonas de estada, permitindo uma certa “respiração” numa malha urbana que, apesar de não ser propriamente densa, denota alguma falta de espaços públicos abertos.

O programa foi distribuído por quatro pisos. A entrada faz-se através do 2.º Piso, nomeadamente através de um átrio comum às duas entidades utilizadoras do edifício, onde se encontra a escada de acesso ao piso superior. O restante 2.º piso alberga funções do grémio de lavoura ou a este associadas. Junto da fachada poente (Estrada da Circunvalação) estão localizados a maior parte dos serviços do grémio: direção, sala de espera, secretarias (serviços gerais e trigos) e gerente. Junto da fachada norte estão outras funções do grémio: contabilidade, arquivos e instalações sanitárias. A nascente, numa zona semienterrada, encontram-se funções da caixa de crédito agrícola (arquivos, gabinete, secretaria, arrecadação e zona de público) e gabinetes veterinários.

Todas estas divisões se organizam em torno de um pátio semiaberto que contém a escada de acesso ao piso inferior, o 1º Piso. Este tem acesso exterior apenas a partir da Estrada da Circunvalação e alberga funções do grémio da lavoura: armazéns, celeiro, zona de venda ao público, entre outras.

O 3º Piso organiza-se a partir de um hall, acessível através da escadaria do átrio de entrada, e exteriormente através da Rua Engenheiro Arantes e Oliveira. É composto por algumas divisões comuns – designadamente uma “sala de festas / assembleias gerais / conferências”, com gabinete anexo, que se prolonga e protege a zona de entrada do edifício – e por funções destinadas à associação de regantes, num corpo em dois pisos. No 3º piso encontramos as seguintes divisões: zona de público, gerente, secretaria, arquivos e instalações sanitárias. No 4º piso: galeria de circulação, gabinetes, arquivos, sala de espera, gabinete do presidente, sala de reuniões da direção e instalações sanitárias. O estreito corpo da associação de regantes acompanha a rua e, devido à sua cota elevada, beneficia de ampla iluminação natural tanto na sua fachada nascente como na sua fachada poente.    

Momentos-chave (clique abaixo para mais detalhe)

Data de Conclusão
post. 1962
Atividades

Localização

Comunidade
Morada
Rua Engenheiro Arantes e Oliveira, 1
Distrito Histórico (PT)
BejaDistrito Histórico (PT)
Contexto
UrbanoContexto

Estado e Utilização

Estado
ConstruídoEstado da Obra

A informação constante desta página foi redigida por João Cardim e Joana Nunes, em agosto de 2023, com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas. 

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Edifício-Sede da Associação de Beneficiários do Mira, Odemira. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/obras/16443/edificio-sede-da-associacao-de-beneficiarios-do-mira-odemira

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).