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Edifício-Sede da Junta de Freguesia de Santa Vitória do Ameixial, Estremoz

O Edifício-Sede da Junta de Freguesia de Santa Vitória do Ameixial foi promovido pela Câmara Municipal de Estremoz (CME) em 1981. O programa do edifício foi elaborado pela CME, incluindo serviços da junta de freguesia, posto médico e salão para reuniões públicas. O projeto de arquitetura, da autoria de Paulo Barral, procurou que o edifício se integrasse no conjunto urbano envolvente, de características essencialmente vernaculares. Corresponde, ainda assim, à adaptação de um projeto-tipo para edifícios de juntas de freguesia da autoria do Gabinete de Apoio Técnico local (GAT Estremoz). O edifício foi inaugurado em 9 de outubro de 1982.

O edifício foi ampliado alguns anos mais tarde. O projeto de ampliação (1984), da autoria do GAT Estremoz, consistiu na construção de um snack-bar, de uma cozinha e de um refeitório/cantina escolar para servir a escola vizinha. Respeitou-se, nesta operação, as características do edifício existente, o que resultou numa plena unidade do conjunto.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Data de Conclusão
1982.10.09
Comunidade

Localização

Distrito Histórico (PT)
ÉvoraDistrito Histórico (PT)

Estado e Utilização

Cronologia de Atividades

Atividades 2

Descrição Breve

Análise Conjugada de Forma, Função e Relação com o Contexto

O edifício localiza-se junto à estrada municipal (Rua Principal Dr. José Rosado da Fonseca) que atravessa a localidade de Santa Vitória do Ameixial, sendo confinante com a escola primária. O projeto inicial incluía, a nordeste do edifício, um jardim infantil e alguns lugares de estacionamento automóvel. Em planta, o edifício tem sensivelmente a forma de um quadrado com c. 20m de lado, sendo acessível através de um pátio (de 65m2) que dá para a estrada municipal. Deste pátio acede-se a um alpendre (com três arcos abatidos) que dá passagem para as três partes do edifício: a poente, o posto médico (c. 115m2, constituído por sala de espera, sala de enfermagem, gabinete do médico, gabinete de apoio, arrumos e instalação sanitária); a nascente, os serviços da junta (c. 70m2, com o gabinete da presidência, secretaria e instalações sanitárias para homens e mulheres); e, a norte, o salão de reuniões públicas, com c. 100m2 e subdivisível através de divisória amovível.

Em alçado e corte pode observar-se a importância que os telhados desencontrados e de várias alturas têm na integração dos volumes na envolvente, bem como na iluminação natural do salão de reuniões públicas, de pé-direito considerável, feita através de janelas altas. A restante iluminação natural é feita por dois tipos de janelas cuja dimensão depende da função interior que servem. Na memória descritiva do projeto chama-se a atenção para o papel do pátio no arejamento e na iluminação natural do edifício, bem como para o seu carácter de espaço público. O edifício faz uso de uma estrutura de betão armado, preenchida com paredes exteriores de 25cm e paredes interiores de 15cm. Os materiais de acabamento empregues na construção são bastante simples, destacando-se o mármore da região no pavimento do pátio.

A ampliação do edifício veio ocupar a área anteriormente destinada a parque infantil, que foi instalado, anos mais tarde, nas traseiras da escola primária. Este projeto consistiu na criação de três espaços: um snack-bar com terraço (e instalações sanitárias) na continuidade do salão de reuniões públicas, um refeitório de apoio à escola primária vizinha (cantina escolar) e uma cozinha servindo estes dois espaços. Foi prevista uma lotação para o snack-bar e para o refeitório de 40 e 48 pessoas, respetivamente. O uso do refeitório pelos alunos implicou a criação de uma ligação direta entre o logradouro da escola e o terraço adjacente ao volume da ampliação.

A forma e materiais da ampliação seguem no essencial as linhas do edifício existente, embora as paredes exteriores que dão para a escola tenham uma maior área de fenestração. A dimensão e proporções do novo volume, bem como a utilização de caixilharia em alumínio, são aspetos que denunciam, de certa forma, o seu carácter de adição.

A informação constante desta página foi redigida por João Cardim, em março de 2024, com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas. 

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Edifício-Sede da Junta de Freguesia de Santa Vitória do Ameixial, Estremoz. Acedido em 19/09/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/obras/18290/edificio-sede-da-junta-de-freguesia-de-santa-vitoria-do-ameixial-estremoz

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).