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Edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Abrantes

Já existiriam instalações da Caixa Geral de Depósitos em Abrantes quando, em 1953, se começou preparar a construção de um novo edifício. Estas, cujas localização e data de construção não foi possível averiguar, foram alvo de trabalhos de conservação em 1949.

O novo edifício foi construído numa área central da cidade que já era, em inícios da década de 1950, caracterizada por uma malha de edificação densa e consolidada. A sua construção implicou a aquisição de edifícios existentes naquela que se considerava, na memória descritiva do projeto, a “zona de mais importante comércio e onde estão instaladas agências de vários Bancos”. As escrituras de compra dos prédios foram celebradas em dezembro de 1953 e maio de 1955, tendo, entretanto, sido contratado o arquiteto Francisco da Conceição Silva para a elaboração do projeto.

O anteprojeto só ficou concluído em novembro de 1955, após ter sofrido uma remodelação resultante da indicação, por parte da Câmara Municipal de Abrantes, de que o edifício deveria ter 3 andares. A memória descritiva demonstrava uma preocupação com a unidade arquitetónica de um edifício que se encaixava entre pré-existências, num terreno irregular. O projeto definitivo foi aprovado em outubro do ano seguinte, com pareceres favoráveis das entidades competentes, onde se lia que os autores do projeto tinham conseguido “dar caráter ao edifício” e que este se apresentava “com características praticamente clássicas”. No entanto, antes da sua aprovação, o projeto sofreu alterações no desenho da fachada principal, que então se considerava não apresentar “a dignidade e sobriedade que devem caracterizar um edifício público”.

A empreitada de construção do novo edifício da Caixa Geral de Depósitos foi adjudicada a Ernerto Enes Minas por 726.443$60 em dezembro de 1956, após realização de concurso público. Em agosto de 1959 o edifício estaria concluído, tendo então sido emitido o auto de receção provisória da obra.

 

Para mais detalhes, consultar a secção Momentos-chave, abaixo.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Análise

Data de Conclusão
1960
Análise Conjugada de Forma, Função e Relação com o Contexto

O edifício da Caixa Geral de Depósitos de Abrantes localiza-se no centro geométrico do núcleo urbano antigo, num eixo comercial noroeste-sudeste e frente a três largos que se sucedem a sul. Situa-se nas proximidades de outros edifícios institucionais, tais como o da Câmara Municipal, o dos Correios, Telégrafos e Telefones (CTT), o do Mercado Municipal, o do Tribunal e o do Grémio da Lavoura.

Encontrando-se esta zona já consolidada na altura da construção do novo edifício, este foi integrado num quarteirão existente, através da aquisição e demolição de edificações existentes. Disto, resulta uma planta de forma irregular, que se adapta ao existente nas traseiras, tirando o máximo partido do espaço disponível, e que se apresenta como um bloco ortogonal na frente de rua. A fachada principal, voltada a sudoeste, é completamente plana e regular, sendo feito um acerto com a irregularidade da rua a nascente através da individualização do volume da caixa de escadas.

A nível da sua organização funcional, o edifício divide-se em três pisos, correspondendo, originalmente, o primeiro aos serviços públicos da CGD, e os restantes à habitação do gerente da agência. De acordo com o projeto originalmente construído, o rés-do-chão é composto por uma divisão principal de atendimento ao público, dividida entre a parte de acesso público e a de acesso restrito aos trabalhadores. A partir desta última, acede-se ao gabinete do gerente, casa forte, vestiários e sanitários. O acesso à habitação nos pisos superiores faz-se pela escadaria principal, com acesso exterior, ou por uma secundária, acessível através de um pequeno espaço de logradouro. A habitação organiza os seus espaços comuns e de serviço no segundo piso do edifício, voltando-se as salas para o largo e as zonas de serviço para um terraço nas traseiras, e os espaços privados no terceiro piso, localizando-se todos os quartos na fachada principal.

Momentos-chave (clique abaixo para mais detalhe)

Atividades 2

Localização

Comunidade
Morada
Travessa do Pacheco, Abrantes
Distrito Histórico (PT)
SantarémDistrito Histórico (PT)
Contexto
InteriorContexto
UrbanoContexto

Estado e Utilização

Utilização Inicial
Estado
ConstruídoEstado da Obra

A informação constante desta página foi redigida por Catarina Ruivo, em outubro de 2024, com base em diferentes fontes documentais.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2025) Edifício da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Abrantes. Acedido em 22/02/2025, em https://arquitecturaaqui.eu/obras/31555/edificio-da-caixa-geral-de-depositos-cgd-abrantes

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).