A Casa do Povo de Alvega foi fundada em dezembro de 1934 tendo, durante décadas, funcionado no rés-do-chão de um edifício existente, onde anteriormente se localizava um estabelecimento comercial. Um relatório de inspeção de 1952 referia que ainda lá se encontravam os móveis antigos: “um balcão em ângulo recto que vai de uma parede lateral à parede do fundo e as estantes, que quase tocam no tecto - de modo que um estranho ambiente de loja de fazendas é a principal característica da sede da Casa do Povo”. Na mesma altura, destacava-se positivamente a biblioteca da instituição, que se considerava “de uma riqueza bibliográfica não muitas vezes encontrada” e se explicava ter sido cedida pelo existente Grupo Pró-Alvega e pela Junta Central das Casas do Povo. Em 1956, outro relatório criticava a insuficiente atividade da Casa do Povo, que sem vida, funcionava “apenas como uma Associação de Socorros Mútuos de esquema reduzido”. Tal atribuía-se, em muito, à falta de instalações adequadas, o que contribuiria para que os trabalhadores rurais não sentissem a presença da instituição “e se [encaminhassem] para a taberna e bailaricos com grave prejuízo não só da bolsa como também, e sobretudo, da saúde”.