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Centro Paroquial, S. Romão do Neiva, Viana do Castelo

O Centro Paroquial de São Romão do Neiva foi construída por iniciativa da Comissão Fabriqueira de São Romão de Neiva, com apoio financeiro do Estado, entre 1971 e 1978.

Num primeiro documento, de abril de 1971, cinco representantes da aldeia de São Romão de Neiva solicitaram apoio ao Ministro das Obras Públicas para a construção de um Centro Paroquial. A comunicação referia que a aldeia “levou às urnas 1000 dos seus eleitores a favor da Acção Nacional”, destacando-se assim entre as freguesias de Viana do Castelo, e explicava que sem Casa do Povo, sem a esperança de a vir a ter, sem um posto médico, sem um único meio de distração a não ser as fatídicas tabernas”, a freguesia “vê a juventude a caminhar por ínvios caminhos e a sua população sem meios de promoção social”. Informava-se ainda que o terreno para a obra já tinha sido comprado pela Comissão Fabriqueira e pela Junta de Freguesia de São Romão do Neiva.

Só dois anos mais tarde, em maio de 1973, foi concedida uma comparticipação de 400.000$00 para a construção do Centro Paroquial. O anteprojeto então desenvolvido descrevia a freguesia como uma das mais populosas do concelho, com cerca de 1.400 habitantes, ncontrando-se ainda “em franco surto de desenvolvimento, e onde à data se encontram em construção duas importantes Unidades Fabris”. Na sua apreciação, considerou-se a “obra de indiscutível interesse e importância, pois dará possibilidade de, numa povoação rural praticamente desprovida de qualquer equipamento colectivo, criar meios adequados à assistência médica, às actividades culturais desportivas e recreativas e ao convívio e à promoção social”. Em novembro do mesmo ano, foi concedida outra comparticipação, de 1.155.000$00, para a construção do edifício e, em julho de 1975, esta foi reforçada, por se considerar a obra de “grande interesse para a promoção sócio-cultural da população, porquanto se destina a utilização polivalente, incluindo convívio, telescola, posto médico e outros serviços de real interesse” e, portanto, merecedora do “amparo do Estado”.

Os trabalhos foram iniciados em novembro de 1975 e concluídos apenas 3 anos mais tarde, em dezembro de 1978.

Em 1980, arrancou uma segunda fase da construção do Centro Paroquial de São Romão de Neiva, referente a arranjos exteriores, que foi adjudicada por 717.590$00 e concluída em 1982.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Notas

Análise Conjugada de Forma, Função e Relação com o Contexto

O Salão Paroquial de São Romão de Neiva localiza-se numa zona relativamente central da área urbanizada da freguesia, entre a Estrada Nacional 12 e a estrada que se prolonga para este, onde se transforma na Estrada Nacional 305.

O edifício é composto por um jogo de diferentes volumes, entre os quais se destaca o corpo central do salão polivalente, com um pé-direito mais elevado. Um volume mais baixo, com alpendre, onde se situam o bar e a secretaria, estabelece a relação com a rua principal. Um terceiro volume, com dois pisos, organiza as dependências do posto médico no rés-do-chão e as salas de catequese, escuteiros e ação católica no primeiro andar. Se este cuidado jogo de volumes constrói a aparência de um edifício mais pequeno face à rua principal que o serve, o alçado traseiro mantém dois pisos em toda a sua dimensão.

Momentos-chave (clique abaixo para mais detalhe)

Data de Conclusão
1978
Atividades

Localização

Comunidade
Morada
Travessa de Santa Ana
Distrito Histórico (PT)
Viana do CasteloDistrito Histórico (PT)
Contexto
CosteiroContexto
UrbanoContexto

Estado e Utilização

Utilização Inicial
Estado
ConstruídoEstado da Obra

A informação constante desta página foi redigida por Catarina Ruivo, em julho de 2024, com base em fontes documentais.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Centro Paroquial, S. Romão do Neiva, Viana do Castelo. Acedido em 15/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/obras/38316/centro-paroquial-s-romao-do-neiva-viana-do-castelo

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).