Conjunto Habitacional na Rua Tavira de Durango, TaviraBairro na Porta NovaBairro para as Classes Pobres, TaviraBairro de Casas para as Famílias Pobres, Tavira
Em 1966 a Santa Casa da Misericórdia de Tavira solicita assistência técnica e financeira do Estado para levar a efeito a construção de um bairro de casas para as classes pobres, no extremo norte do núcleo urbano a nascente do Rio Gilão, em terreno doado pela Câmara Municipal de Tavira.
O pedido é feito no âmbito dos decretos-lei n.º 34486 e n.º 35578, de 6 de abril de 1945 e de 4 de abril de 1946, respetivamente, que permitem que as misericórdias construam casas para alojamento de famílias pobres "...não só por iniciativa que elas próprias pretendam tomar, como pela força de legados, que sempre serão de estimular." Tendo a instituição promovido a alienação de alguns património para angariar dinheiro para a obra.
O projeto é elaborado em Lisboa, em regime de assistência técnica gratuita no Gabinete de Estudos de Habitação (GEH) da Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU) do Ministério das Obras Públicas, após a entidade peticionária ter escolhido entre os vários projetos-tipo apresentados pelo GEH.
Dos 96 fogos previstos, dos tipo EH LXII - 3 quartos, distribuídos por 8 blocos de 2 prédios/cada, apenas 2 blocos de 2 prédios/cada foram construídos, correspondendo à 1ª fase desta obra num total de 24 habitações, concluídas no final de 1969.
Pese embora, em janeiro de 1971, a EP tenha manifestado interesse junta das entidades superiores, em avançar para uma 2ª fase com a construção de mais 24 fogos o processo não teve continuidade.
Notas
Como a maioria dos bairros sociais construídos durante o período do Estado Novo, este bairro foi implantado em zona periurbana da cidade em terrenos urbanizados e infra estruturados após a conclusão da 1ª fase (que acabou por ser a única) deste bairro, a partir de 1970.
Trata-se da concretização de projetos tipo, implantados com uma orientação norte-sul, adaptados à topografia do local.
Conjunto habitacional multifamiliar, composto por 2 blocos de dois lotes cada, constituídos por 6 habitações (correspondente ao atual T3) distribuídas por 3 pisos.
Construído em zona de expansão urbana, em terreno definido pelo PU como zona habitacional, hoje está perfeitamente integrado na malha urbana fazendo parte de um conjunto alargados de outros edifícios de habitação social, ligados por arrumamentos pedonais arborizados, cuja edificação foi promovida por outras entidades de cariz social, para o que terá contribuído o tratamento deliberado como "espaço comum" do espaço livre do bairro urbanizado com poucos eixos viários.
Momentos-chave (clique abaixo para mais detalhe)
Localização
Estado e Utilização
Materiais e Tecnologias
Documentação
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Conjunto Habitacional na Rua Tavira de Durango, Tavira. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/obras/6638/conjunto-habitacional-na-rua-tavira-de-durango-tavira