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Sociedade Musical, Instrução e Recreio FigueiroenseSede da Filarmónica Figueiroense

Quando a DGOT entra em ação, a partir de 1982?, os processos das obras comparticipadas pelo Estado em curso em Figueiró acabam por associar-se, o que dá origem ao cruzamento de informações e cópias de documentos entre os processos de construção da Piscina, do Parque Desportivo, da Sede da Filarmónica, da Sede da Associação Desportiva, do Quartel da Associação de Bombeiros Voluntários e do Polidesportivo da Aguda.

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Identificação

Tipo de Processo
Designação do Processo
Sociedade Musical, Instrução e Recreio Figueiroense
Sede da Filarmónica Figueiroense
Anos Início-Fim
1979-1991
Referência Inicial
Processo n.º 19/ERU/80
Referência Outros Arquivos

Processo n.º RD-10.08.04./1-80 (DSEU)

Análise

Primeira Data Registada no Processo
1979.10.23
Última Data Registada no Processo
1991.09.25
Entidade Requerente / Beneficiária
Projeto de Arquitetura (Autoria)
Projeto Estabilidade (Autoria)
João Manuel dos Santos Silva Engenheiro Civil do GATPessoa
Outras Especialidades (Autoria)
Bernardino Rocha Cassiano Eng. Técnico - instalações elétricasPessoa
Construção e Equipamento
Intervenção / Apreciação
Pedro António Carvalho Matias de Pina Responsável pela DELPessoa
Alberto Pessanha Viegas Diretor da DGERUPessoa
Luís Bevilacqua Nunes Cartaxo Arquiteto da DGERUPessoa
António da Cruz Godinho Quaresma Secretário da SociedadePessoa
Victor Manuel da Cruz Santiago Engenheiro da DELPessoa
José Manuel dos Santos Mota Diretor da DGOTPessoa
José Simões de Abreu Presidente da CâmaraPessoa
Decisão Política
João José Nogueira Gomes Rebelo Diretor Regional do Ordenamento do TerritórioPessoa
Síntese de Leitura

Ainda que existisse há muitas décadas, os Estatutos da Sociedade Musical, Instrução e Recreio Figueiroense foram publicados no Diário da República em 9/8/1979, provavelmente como medida necessária para o processo de obtenção de comparticipação e construção da sua sede.

" A Sociedade - vulgo Filarmónica Figueiroense - que tem uma existência centenária, nunca possuiu Sede própria e, este facto, tem sido causa de graves crises da sua vivência, só superadas pelo grande esforço, espírito de sacrifício e dedicação dos seus executantes, dirigentes e reduzida massa associativa, além do apoio material, embora débil, da Câmara Municipal deste concelho. Nestes últimos tempos e durante cerca de 30 anos, esteve a Filarmónica instalada num pequeno edifício propriedade da Câmara Municipal. Sucede, entretanto, que este edifício foi recentemente demolido para no local e terreno anexo ser construído o Palácio da Justiça." (Exposição dos dirigentes da Sociedade Musical, Instrução e Recreio Figueiroense ao Ministro das Obras Públicas datado de 10/3/1980) 

O terreno na então "Avenida das Escolas" foi doado pela Câmara Municipal à Sociedade Musical, Instrução e Recreio Figueiroense em 27/11/1979.

O projeto de arquitetura, elaborado pelo arquiteto João Paulo de Quental Nogueira Ferrão no âmbito do Gabinete de Apoio Técnico de Figueiró dos Vinhos, foi aprovado pela Câmara Municipal em 27/11/1979. No entanto, os técnicos da DGERU apontam para a necessidade de revisão do projeto, mesmo que recomendem a aprovação da comparticipação "mediante a apresentação rápida de um aditamento ao projeto", "dado que a Entidade tem grande urgência em iniciar a obra" (Informação 770/80 de 30/10/1980, assinada pelo Arquiteto de 2ª classe da DGERU Luís Bevilacqua Nunes Cartaxo). Satisfeitas as observações e apresentado o aditamento, o projeto revisto é aprovado por despacho da DGERU em 7/4/1981. A comparticipação para a obra é aprovada pelo Ministro da Habitação e Obras Públicas em 28/8/1981, juntamente com o processo de concurso público, posteriormente anulado e substituído por concurso limitado, ao qual concorreram 3 empresas que já haviam construído obras públicas no concelho. A obra é adjudicada à firma Julio Lopes, sediada em Pombal, pela Comissão constituída para o concurso em 23/11/1981, com prazo de 12 meses, a contar a partir de Março de 1982, posteriormente prorrogado. Em 2/8/1983, a obra é dada como concluída, de acordo com informação dos técnicos da  Direção do Equipamento de Leiria à DGERU. Depois da conclusão, em 1984, ainda são pedidas outras comparticipações para fazer face aos reajustes de preços e custos de obras a mais, alguns dos quais ligados à problemas de acústica na sala de ensaios da Filarmónica, o que deu origem à um novo projeto para corrigir os problemas, elaborado pela DSEPT do DGOT.

"O projeto para a Sede da Filarmónica Figueiroense foi elaborado pelo GAT - Gabinete de Apoio Técnico de Figueiró dos Vinhos em 1979 e remodelado em 1981. Logo que executada a construção verificou-se que as condições acústicas do Salão de Ensaios são péssimas, o índice de reverberação inaceitável, o que deriva não só do não cumprimento da constante do projeto inicial, que previa 'um teto falso de material que permita boas condições acústicas´, como da forma da sala e constituição das paredes." (António Campos Machado, Direção de Serviços de Estudos e Planeamento Territorial em Informação de 4/12/1987) 

A obra de correção da acústica do Salão de Ensaios foi incluída no PIDDAC/89 e executada em regime de administração direta pela Sociedade comparticipante e executada pela firma do engenheiro Rui Manuel de Almeida e Silva.

Para citar este trabalho:

Arquitectura Aqui (2024) Sociedade Musical, Instrução e Recreio Figueiroense. Acedido em 20/09/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/processos/4367/sociedade-musical-instrucao-e-recreio-figueiroense

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).