O Mercado Municipal de Sines, inaugurado a 20 de dezembro de 1981 veio substituir “o velho sistema […] do seu funcionamento em pequenas mesas de madeira que todos os dias [eram] colocadas na praça pública”, como expresso em pedido de comparticipação pela Câmara Municipal de Sines ao Ministério das Obras Públicas em 1963. Ainda que tendo “um esboceto concretizado em maqueta" já desde 1958, a CMS não chegou a entregar o projeto levando a que a sua primeira investida se visse frustrada.

 Retomando o processo em 1970, a CMS volta a fazer pedido de comparticipação, desta vez acompanhado por um novo anteprojeto, considerado insuficiente, mas passível de ser aprovado mediante revisão e aprofundamento. Foram, no entanto, identificadas opções de base desta proposta, nomeadamente a modalidade de “super-mercado”, que se previam desadequadas e finalmente levaram à não aprovação do anteprojeto.

Em setembro de 1975, a CMS apresenta outro estudo que, dadas as suas insuficiências, levanta dúvidas maiores junto da entidade apreciadora, chegando esta a sugerir que o projeto teria sido desenvolvido apenas visando a “obtenção de uma comparticipação estatal, em vez da justificação de uma solução criteriosamente ponderada”.

Finalmente, em 1976 é apresentada a solução que viria a ser aprovada e incluída no Plano de Obras Novas de 1977. A construção, iniciada em janeiro de 1979, foi adjudicada à firma SOGECO pela importância de 24 275.896$00.

A inauguração do mercado (como referida acima, em dezembro de 1981), foi noticiada na publicação municipal Boletim das Autarquias Nº 20 de janeiro de 1982, reforçando a “conclusão de uma obra que é de todos”, mas não deixando de referir a superação das várias dificuldades financeiras e burocráticas ultrapassadas.

Em 2017 foi anunciado que o mercado iria ser alvo de reabilitação recorrendo a financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e da própria CMS. Após dois concursos públicos para a adjudicação da construção, a obra foi finalmente adjudicada em 2019. Esta ação previa a recuperação dos espaços originais, mas também o alargamento de funções com a implementação de uma área de restauração, um supermercado e espaços de escritórios para empresas. Até 2022 não se observaram indícios do início desta empreitada.