Desconhece-se a data de construção do corpo mais antigo do edifício da Casa do Povo de Martim Longo onde se encontram instalados a Junta de Freguesia e o Posto de Correios de Martim Longo, no entanto, sabe-se que no início da década de 1980 esta Casa do Povo pretendeu ampliar o edifício original, razão pela qual solicita ao arquiteto [assinatura ilegível] um estudo para o projeto de ampliação do edifício, respeitando-se a traça arquitetónica do preexistente, quer em termos de composição dos alçados quer em termos volumétricos. A área do novo corpo (225 m²) corresponde sensivelmente ao dobro da área do edifício original, o que acarretava despesa elevada (orçamento: 6.187.500$00 esc.) considerando-se, portanto, a sua construção em duas fases: a primeira correspondente ao piso 1 e a segunda ao piso 2.  

Após a extinção da Junta Central das Casas do Povo e respetivas delegações, por Decreto-Lei n.º 185/85, de 29 de maio, as suas competências sociais são transferidas para os Centros Regionais da Segurança Social e a 27 de julho, por Decreto-Lei n.º 245/90 o governo determina que o seu património passe para cada Centro Regional da Segurança Social da respetiva área geográfica, motivo pelo qual vemos ser instalado em parte do edifício da antiga Casa do Povo, uma extensão de ARS Algarve, cuja a data não pudemos apurar. Atualmente a extensão de saúde de Martim Longo - Unidade de Cuidados de Saúde Personalizado ALEO, está instalado num edifício próximo, no bairro do Rossio. 

A 25 de agosto de 2023, por Despacho n.º 9400/2023 do secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Gameiro Rodrigues Bastos, autoriza a transferência do "direito de propriedade dos bens imóveis que integraram património das Casas do Povo para as autarquias da respetiva área geográfica", entre os quais se encontrava o Edifício da Casa do Povo de Martim Longo, que passa então para posse da Câmara Municipal de Alcoutim. Desconhece-se o ano de instalação da Junta de Freguesia no edifício, mas crê-se ser dessa data as intervenções ao nível do piso térreo que alteraram desnecessariamente a composição da fachada principal de todo o volume.  Na traseira do corpo ampliado foram construídas uma escadas de lanço único que dá acesso direto ao salão de convívio a qual não consta do projeto de 1981. 

Sem dados documentais que corroborem a execução da obra, pensa-se que poderão ter coincidido com a construção do bairro social que contornam o edifício, nos primeiros anos da década de 1980. o ortofotomapa de 1995 (cor falsa) mostram a ampliação concluída. 

Em 2024, dois terços do edifício parecem estar devoluto, encontrando-se ligeiramente degradado.