Tanto quanto a documentação permite compreender, em setembro de 1963 a Santa Casa da Misericórdia de Marvão solicita à FCG um subsídio para a comparticipação das obras de construção de um Hospital.

Em 1965, uma publicação do Ministério das Obras Públicas dá conta da conclusão de obras de reparação.

Em fevereiro de 1967, a mesma instituição volta a solicitar o apoio da FCG para obras de adaptação de um edifício a asilo de crianças.

Este subsídio só viria a ser autorizado em dezembro de 1974, no valor de 856.675$00, justificando-o o apontamento 192/74 encontrado no processo consultado no Arquivo do Serviço de Saúde e Proteção Social da Fundação Calouste Gulbenkian: "A Misericórdia pretende fazer obras de remodelação e ampliação num antigo convento que possui em Marvão para aí criar condições favoráveis à instalação habitacional e à reeducação de 90 crianças deficientes mentais do sexo feminino, e ainda à melhoria das condições de habitação para 60 pessoas idosas de ambos os sexos. A obra que se pretende melhorar começou no ano de 1967, após acordo de cooperação entre a Misericórdia e o Instituto de Assistência Psiquiátrica, com a instalação de um Centro de recuperação e tratamento para crianças débeis mentais em Marvão. Como o trabalho feito foi considerado bom o Instituto de Assistência Psiquiátrica aconselhou a ampliação e melhoramento das instalações". 

A Santa Casa contou com 785.012$50 obtidos do Ministério da Saúde e Assistência; 785.012$50 do Ministério das Obras Públicas. As obras estavam inicialmente orçamentadas em 3.426.700$00.

No início da década de 1990 o edifício perde essas funções e passa-se então a instalar aí a estrutura residencial para idosos - que se mantém em funcionamento em 2025 e tem capacidade para cerca de 100 idosos.