Piscina Municipal, Castelo Branco
O projeto para a piscina municipal de Castelo Branco foi promovido pela respetiva Câmara Municipal, tendo sido incumbido ao arquiteto Manuel Ferrão de Oliveira na década de 1960. A necessidade justificava-se pela falta de instalações deste tipo na região, caracterizada por verões com elevadas temperaturas que obrigavam a que a população procurasse piscinas para uso recreativo noutros locais, ficando a mais próxima a 33 km. Assim, o município justificava a construção para responder às aspirações dos habitantes. Um conjunto de piscinas permitiria, também, desenvolver competições desportivas e atividades educativas, cumprindo o fim de uso coletivo público.
O primeiro projeto foi aprovado em 1967 e inscrito no Plano de Melhoramentos Urbanos desse ano; porém, não se avançou com a construção em virtude de um despacho para que se aguardasse oportunidade. Foi necessário proceder a algumas revisões do projeto, novamente submetido pelo município em 1971; esse estudo é da autoria do arquiteto Luís Coelho Borges. Devido à falta de possibilidades financeiras do município, a construção recebeu comparticipação através do Comissariado de Desemprego, da Comissão Coordenadora de Obras e Melhoramentos Rurais do Nordeste, e do Orçamento Geral do Estado; mais tarde, já após o 25 de abril, obteve também subsídios do Ministério da Administração Interna. As várias fases de empreitada foram executadas pelos empreiteiros António Joaquim Maurício, Adelino Duarte e António Venâncio Leão. A obra ficou concluída no início da década de 1980.
A construção de um novo complexo de piscinas municipais noutra zona da cidade, inauguradas em 2004, contribuiu para incrementar o abandono deste conjunto. Em 2022, assinala-se a intenção de abertura de um concurso de ideias, numa parceria entre a Câmara Municipal de Castelo Branco e a Ordem dos Arquitetos, para requalificação do espaço. Não foi possível identificar resultados dessa iniciativa.
Notas
O conjunto da piscina municipal localiza-se numa encosta sudoeste da elevação de Castelo Branco, numa zona arborizada e relativamente isolada, embora em em cota imediatamente abaixo a uma zona ocupada por uma unidade hoteleira. Nas proximidades, destaca-se o edifício do Hospital Amato Lusitano.
Devido à inclinação acentuada da encosta, o arquiteto optou por escalonar os equipamentos da piscina por plataformas a diferentes níveis, com vedação encerrando o conjunto. A entrada possuía bilheteira junto ao parque de estacionamento, que comunicavam com o nível abaixo. Planeou-se um edifício para restaurante, bancadas para espetadores, e instalações para balneários, vestiários e sanitários, e ainda um bar e posto de socorros. O nível principal é ocupado pela piscina com oito pistas ao centro, uma pista de menores dimensões, de formato irregular, destinada a crianças, e um tanque com torre para saltos.
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Localização
Estado e Utilização
Documentação
A informação constante desta página foi redigida por Ana Mehnert Pascoal, em julho de 2024, com base em diferentes fontes documentais.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Piscina Municipal, Castelo Branco. Acedido em 03/12/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/obras/28175/piscina-municipal-castelo-branco