Processo de Obra do Mercado de Mira de Aire
Dossier contendo documentação textual e gráfica sobre a construção do Mercado de Mira de Aire, acondicionada em pastas.
Identificação
Análise
1959: Construção da 2.ª fase do Mercado Municipal de Mira de Aire, programa de concurso, caderno de encargos e mapa de trabalhos (assinado pelo engenheiro Alberto Augusto dos Reis).
1959.06.15: Concurso público de arrematação da 2.ª fase. Houve apenas um concorrente, que não é aceite pela Câmara Municipal de Porto de Mós por a proposta ser superior à base de licitação.
1959.06.27: O diretor dos Serviços Técnicos da Federação de Municípios da Estremadura informa que não se pode iniciar a construção dos elementos de betão armado da1.ª fase da obra antes da adjudicação dos trabalhos da 2.ª fase, para haver continuidade no que toca ao betão armado.
1959.07.05: António Rodrigues Capela informa que os trabalhos estão parados.
1959.07.20: Informa-se que a 1.ª fase de construção foi adjudicada a António Rodrigues Capela, de Reguengo do Fetal, por 46.492$00.
1959.10.16: O presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós agradece ao Governador Civil do Distrito de Leiria pelo empréstimo concedido para a construção do mercado, pois não teria tido possibilidade financeira de executar a obra sem tal auxílio.
1959.10: António Rodrigues Capela não é capaz de terminar a empreitada que lhe cabe, pois estava incumbido de executar pilares que terão ligação com os que serão realizados pelo empreiteiro da fase seguinte, e por existir um espaço entre os pilares que incumbem ao próximo empreiteiro, vê-se impossibilitado de prosseguir.
1960.04.16: O engenheiro Diretor de Urbanização de Leiria, Egas Monteiro de Barros, informa a câmara que a direção não se opõe à adjudicação da obra à Sociedade de Fabricação e Obras gerais Novobra Lda. por 748.270$00.
1960.07.19: Reforço da comparticipação pelo Fundo de Desemprego com 100.000$00 (escalonado pelos anos de 1960 e 1961).
1960.09.22: A obra será comparticipada no plano provisório de Melhoramentos Urbanos para 1961 com a dotação de 18.000$00.
1961.02.06: Proposta de comparticipação de 120.000$00, assinada pelo engenheiro civil Henrique Vaz e Viana, dirigida ao chefe da Repartição de Melhoramentos Urbanos. Já foram, até então, concedidos 180.000$00, da comparticipação total de 300.000$00. O valor em falta inscreve-se no Plano de 1961, a escalonar até 1963. O prazo de execução dos trabalhos deve ser ampliado para 31 de janeiro de 1962.
1961.07.26: Informação do diretor de Urbanização de Leiria sobre as alterações de acabamentos propostas pelo autor do projeto, no valor de 475$00, que julga de aprovar. Há concordância superior.
1961.08.02: Informação sobre o arranjo da zona envolvente do mercado de Mira de Aire, na sequência de despachos do ministro, que recomendou o estudo de uma primeira fase que apenas considerasse o indispensável, por forma a averiguar a possibilidade de comparticipação. Estima-se a obra em 250.000$00, com comparticipação de 40% (correspondente a 100.000$00).
1962.01.10: O presidente da câmara indica que a obra deve estar concluída antes de 27 de abril para então ser inaugurada, ou a 28 de maio.
1962.06.07: O presidente da câmara informa que a obra “se encontra completa, faltando apenas para a conclusão da empreitada proceder à terraplanagem dos terrenos para arruamentos e os baldes das pias das bancas da peixaria e respectivos tubos de esgoto”. Visto que para se adjudicar o acabamento das lojas aos inquilinos é necessário um arranjo uniforme, propõe usar verba que sobre do empréstimo para esse estudo, que não poderá ser acometido ao arquiteto António Varela, que “acaba de falecer”. Em resposta, é informado de que a comparticipação concedida apenas se destina aos trabalhos previstos no projeto submetido.
1962.08.27: O presidente da câmara envia o projeto dos terrenos envolventes do edifício do mercado.
1963.01.21: Despacho do Ministro das Obras Públicas, Arantes e Oliveira, chamando a atenção da DGSU sobre a necessidade de assegurar “a mais rápida entrada em serviço do mercado”.
1964.01.11: Ofício de Manuel Brito Cruz, presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, informando o arquiteto Fausto Mendes Caiado que, por não ter obtido resposta, encarregará o engenheiro Basílio de Almeida de completar o projeto de construção do Mercado de Mira de Aire.
1964.05.01: Por estar praticamente concluída a obra, a Câmara Municipal de Porto de Mós solicita ao Diretor de Urbanização de Leiria a promoção da receção definitiva da obra, por estar a inauguração marcada para junho.
Documentação sem tratamento arquivístico.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2025) Processo de Obra do Mercado de Mira de Aire. Acedido em 04/09/2025, em https://arquitecturaaqui.eu/pt/documentacao/processos/62917/processo-de-obra-do-mercado-de-mira-de-aire