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Utilização Coletiva em
Portugal e Espanha 1939-1985

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Quartel dos Bombeiros Voluntários de Portalegre

O processo de construção do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Portalegre ter-se-á iniciado em 1979 com a formalização do pedido de apoio financeiro ao Estado com vista à execução da obra.

Em junho desse mesmo ano foi apresentado o anteprojeto definitivo do quartel pela Associação dos Bombeiros Voluntários de Portalegre. Contudo, este foi aprovado pela Secretaria de Estado da Habitação e Urbanismo apenas em abril de 1980 e com uma nova localização.

Assim, em outubro de 1981 foi apresentado e aprovado o projeto definitivo da obra, pela mesma Secretaria de Estado, com um orçamento total de 27.420.000$00. Com esta aprovação, seria igualmente autorizada, em novembro, uma comparticipação inicial de 21.936.000$00.

Projetado no Gabinete de Apoio Técnico de Portalegre pelos arquitetos João Vasconcelos de Sousa Lino e Vasco da Câmara Pestana, pelo engenheiro civil Rui Vasco Brasão Abrantes e pelo engenheiro electrotécnico Abílio Neves dos Santos, a obra de construção do quartel seria iniciada em julho de 1982.

Apesar de não termos dados que permitam aferir a data de conclusão da construção do quartel, estima-se que a comparticipação total do Estado tenha ascendido a 47.360.000$00. A empreitada ficou a cargo do empreiteiro Manuel Martins Sanches.

Em 1986, a obra "Quartel de Bombeiros – Portalegre" foi apresentada como concluída na Primeira Exposição Nacional de Arquitectura (Lisboa), em cujo catálogo o arquiteto Sousa Lino sintetizou as intenções do projeto: "Operacionalmente funcional, em correcta apropriação do terreno, de pronunciada inclinação, salvaguardando-se a integração na paisagem característica de Portalegre. Edifício com dois pisos, sendo o superior directamente relacionado com a parada e o inferior destinado a actividades associativas." (p. 147)

Se tem alguma memória ou informação relacionada com este registo, por favor envie-nos o seu contributo.

Análise

Data de Conclusão
ant. 1986
Análise Conjugada de Forma, Função e Relação com o Contexto

O Quartel dos Bombeiros Voluntários de Portalegre implanta-se em terreno acidentado, num dos principais acessos à cidade. 

O edifício é composto por 2 pisos. No piso superior, de entrada e diretamente relacionado com a parada, o programa era ditado pelas funções relacionadas com a atividade dos bombeiros dispondo de: espaço para recolha de viaturas pesadas e ligeiras; oficinas de preparações; zona administrativa; arquivo; sanitários para ambos os sexos; secretaria; gabinete da direção; sala de reuniões; biblioteca; sala de aula; galeria; camaratas; balneários; central telefónica; sala de espera; sala de chefes; comando; vestiários; arrecadações de apoio; e torre escola. 

Já a organização do piso inferior, em semi-cave, é ditada pela atividade associativa e pelas habitações dos residentes, dispondo de: ginásio polivalente; vestiários-balneários para ambos os sexos; sala de jogos; zona de bar e refeições com arrecadação; sala de convívio; e galeria; e 2 habitações com sala comum, kitchenete, 2 quartos, casa de banho e despensa.

Esta diferenciação procurou a não interferência do público nos locais destinados ao serviço de bombeiros.

Momentos-chave (clique abaixo para mais detalhe)

Atividades

Localização

Comunidade
Morada
Avenida da Extremadura Espanhola
Distrito Histórico (PT)
PortalegreDistrito Histórico (PT)
Contexto
InteriorContexto
PeriurbanoContexto

Estado e Utilização

Utilização Inicial
Estado
ConstruídoEstado da Obra

A informação constante desta página foi redigida por Tiago Candeias e Ricardo Costa Agarez, entre janeiro e março de 2025, com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas.

Para citar este trabalho:

Tiago Candeias e Ricardo Costa Agarez para Arquitectura Aqui (2025) Quartel dos Bombeiros Voluntários de Portalegre. Acedido em 05/09/2025, em https://arquitecturaaqui.eu/pt/obras/20681/quartel-dos-bombeiros-voluntarios-de-portalegre

Este trabalho foi financiado pelo European Research Council (ERC) – European Union’s Horizon 2020 Research and Innovation Programme (Grant Agreement 949686 – ReARQ.IB) e por fundos nacionais portugueses através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto ArchNeed – The Architecture of Need: Community Facilities in Portugal 1945-1985 (PTDC/ART-DAQ/6510/2020).