O processo de reestruturação urbana do espaço do antigo Mercado D. Pedro V iniciou-se entre finais de 1966 e inícios de 1967, sob a orientação dos arquitetos José Carlos Loureiro e Luís Pádua Ramos. Com a transferência do mercado para novas instalações, projetadas pelos mesmos arquitetos para um terreno adjacente, procurou-se requalificar a área. A memória descritiva de janeiro de 1967 descrevia a intenção de definição de um espaço onde "o peão fosse, pelo menos temporariamente, rei". Recomendava-se a aquisição pela Câmara Municipal de Barcelos da parcela do fundo do terreno, para venda após aprovação do projeto, “com a obrigatoriedade de cumprimento do que nele se prevê, garantindo-se uma unidade arquitetural inteiramente indispensável”. O programa previa edifícios de estrutura em betão e tijolo, com o rés-do-chão destinado a comércio e um café/esplanada para dinamização do jardim, e os pisos superiores ocupados por habitação. Integrava-se também no conjunto projetado um novo edifício para a Caixa Geral de Depósitos, que há muito procurava um local adequado no centro da cidade.

Não se encontrou documentação que esclarecesse sobre o modelo de financiamento e propriedade pelo qual o projeto foi finalmente executado. Desconhecem-se também as datas de início e conclusão da obra. No entanto, um pedido de vistoria de 1983 indica que o bloco habitacional terá sido construído no início da década de 1970.

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