Edifício da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Alhos Vedros, MoitaPosto Clínico de Alhos Vedros, Moita
O posto clínico de Alhos Vedros foi construído por iniciativa da Federação das Caixas de Previdência e Abono de Família, no final da década de 1960.
O terreno previsto em 1965 para cedência por um valor simbólico pela Câmara Municipal da Moita, próximo da igreja matriz e do largo onde se realizava o mercado ao ar livre, foi abandonado devido à elaboração do plano de urbanização. Esta decisão, tomada em 1968, atrasou a execução do projeto. Por proposta do presidente da câmara, o projeto foi elaborado pelo arquiteto urbanista daquele organismo, Luís Marçal. O projeto foi, também, assinado pelo arquiteto Manuel Palha Correia. A primeira versão do projeto, datada de 1967, foi modificada no ano seguinte para responder às intenções da Federação das Caixas de Previdência.
A documentação consultada não permitiu obter dados sobre a construção do edifício, havendo apenas indicações sobre os planos de esgotos no ano de 1969. A urbanização ficaria a cargo da câmara municipal.
Em 1992, a parcela de terreno onde se localiza o edifício foi alienada à Administração Regional de Saúde.
Em 2025, funciona nas instalações a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Alhos Vedros
Para mais detalhes, consultar a secção Momentos-chave abaixo.
Análise
O edifício foi implantado no extremo norte de Alhos Vedros, na proximidade da sede da Junta de Freguesia. O programa para as instalações foi elaborado pela Federação das Caixas de Previdência e Abono de Família.
Trata-se de um edifício de planta retangular, desenvolvido em 3 pisos. O projeto previa: cave (destinada a arrecadação, máquinas), rés-do-chão (com zona de admissão, secretaria, sala de espera, gabinetes do encarregado do posto e da enfermeira chefe, salas para injeções, tratamentos, estomatologia, consultas de ginecologia, dermatologia e cirurgia, farmácia) e 1.º andar (arquivo clínico, sala de espera, 4 salas de consulta, gabinetes médicos com sala de reuniões e gabinete da assistente social, radioscopia, sala de isolamento).
A memória descritiva, de 1968, refere que a composição estava “volumetricamente muito condicionada por aspectos funcionais, nomeadamente os transportadores da esterilização que ditaram a solução alongada do conjunto”, pelo que se procurou o “tratamento desses volumes, realçando os maiores movimentos verticais – corpo da entrada principal e caixa da escada de serviço – e acentuando horizontalmente apenas as abas da cobertura, atenuar as superfícies contínuas demasiado extensas. Do mesmo modo, a fenestração do corpo principal alterna grupos de janelas com largos nembos a fim de evitar módulos curtos e muito repetidos”. Parte das fachadas foram revestidas com pedra, que se previra ser da região.
Momentos-chave (clique abaixo para mais detalhe)
Localização
R. Cândido dos Reis, Alhos Vedros
Estado e Utilização
Materiais e Tecnologias
A informação constante desta página foi redigida por Ana Mehnert Pascoal, em novembro de 2025, com base em fontes documentais.
Se tem alguma memória ou informação relacionados com esta obra, por favor envie-nos o seu contributo.
Para citar este trabalho:
Ana Mehnert Pascoal para Arquitectura Aqui (2025) Edifício da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Alhos Vedros, Moita. Acedido em 26/11/2025, em https://arquitecturaaqui.eu/pt/obras/65839/edificio-da-unidade-de-cuidados-de-saude-personalizados-de-alhos-vedros-moita





















