Obra do historiador medievalista, composta por dois volumes, essencial para o conhecimento da História do concelho de Lagoa, desde a antiguidade ao século XX e nas mais diversas áreas e assuntos. 

Do Sumário: 

"A Cidade de Lagoa, considerada sem importância pelos especialistas da História, veio a demonstrar no fim do século XX que é uma comunidade milenária, de fortes tradições e destacado valor económico. Bebe as suas raízes, pelo menos, no Período Neolítico, dele sobressaindo três estações arqueológicas de suma valia.

A lagoa de águas límpidas que a banhava deu-lhe o nome. Grande e rico aglomerado populacional já no tempo dos árabes, continuou a distinguir-se logo após a Reconquista. Ficando depois ligado ao termo de Silves, nele de novo ficou incluído (para sua infelicidade), de 14 de abril de 1491 até 16 de janeiro de 1773, altura em que, graças ao Marquês de Pombal, conseguiu finalmente, a carta de alforria. 

o terramoto de 1755 destruiu por completo o Lugar e a sua história material.

Sendo a povoação mais conservadora do Algarve, veio, por isso, a sofrer bastante com o advento do Liberalismo e também com a implantação da República.

de caraterísticas económico-agrícolas, semimedievais, origem da sua riqueza, manteve a sua aura conservadora até meados do séc. XX.

Apesar do manifesto e persistente desinteresse a que terá sido votada, são evidentes os grandes pergaminhos pré-históricos de Lagoa, os quais, como documenta esta História do Concelho de Lagoa, amplamente justificam a sua real importância no contexto histórico nacional."