Construção de Novos Edifícios para pequenas estações na província - Alvitre dos CTT aos Municípios, Juntas de Freguesia, Comissões de Melhoramentos e entidades particulares
Identificação
Análise
A 1ª secção, intitulada “O Problema”, informa que a Administração-Geral dos CTT (AGCTT) está empenhada em resolver rapidamente as questões de “levar o telefone a toda a parte”, construir novas estações dos CTT e melhorar as existentes, modernizar os serviços. No entanto, refere-se que a Rede Telefónica Nacional absorve todo o dinheiro consignado ao desenvolvimento telefónico no Plano de Fomento. Assim, “tendo construído 90 grandes edifícios […] e tendo reinstalado centenas de estações e serviços em prédios cujos interiores foram completamente remodelados e modernizados […] [a AGCTTT] teve que interromper esta obra de remodelação para dedicar todas as suas reservas ao Plano Telefónico” (p.3).
Na 2ª secção, intitulada “a Solução”, enumeram-se 112 edifícios de particulares que foram ou doados, ou cedidos, ou construídos para arrendamento para os CTT, incluindo situações ainda em construção ou em negociação. Entre estes incluem-se os edifícios de Alijó (construído expressamente para arrendamento aos CTT e depois adquirido pelos mesmos), Coja (construído expressamente para arrendamento aos CTT em 1950, por António Pinto Caldeira Júnior), Unhais da Serra (construído expressamente para arrendamento aos CTT em 1954, pela Sociedade Industrial de Penteação e Fiação de Lãs, Ltd).
Na 3ª secção, “o Alvitre”, explica-se que este movimento se iniciou em 1940, acentuando-se a partir de 1948, ano em que a DGCTT o transformou em programa de ação. É enfatizado o caráter descentralizador deste programa, referindo como seu objeto as localidades que “não queiram aguardar a sua hora nos planos gerais estabelecidos pela Administração-Geral, e possuam, ao seu serviço, pessoas dinâmicas, cheias de iniciativa, ou capazes de carrearem auxílios e galvanizarem boas vontades”, e ainda que “é muito difícil conhecer em detalhe as possibilidades de obtenção de instalações em muitas localidades, porque os problemas às vezes até se resolvem localmente com conversações entre pessoas aí residentes e conhecedoras de todas as circunstâncias” (p.6). Para terminar, enfatiza-se que o programa “oferece interessantes possibilidades à aplicação de capitais de comerciantes, proprietários, industriais e capitalistas” (p.6), sendo os prédios arrendados aos CTT “por seu justo preço” (p.6).
O folheto inclui algumas fotografias dos edifícios previamente enumerados, incluindo Unhais da Serra, Alijó e Coja. Esta secção é pontuada por chamadas à ação, como por exemplo: “Deixe o seu nome ligado a um grande melhoramento de utilidade pública, construindo um edifício e arrendando-o aos CTT”, ou “Seja bairrista e contribua para o progresso da sua terra”.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Construção de Novos Edifícios para pequenas estações na província - Alvitre dos CTT aos Municípios, Juntas de Freguesia, Comissões de Melhoramentos e entidades particulares. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/documentacao/bibliografia/8822/construcao-de-novos-edificios-para-pequenas-estacoes-na-provincia-alvitre-dos-ctt-aos-municipios-juntas-de-freguesia-comissoes-de-melhoramentos-e-entidades-particulares