Edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones (CTT), Alijó
Construído na década de 1940 pela iniciativa privada de José Rufino - então presidente da Câmara Municipal - o edifício localizado na Rua Comendador José Rufino foi concebido com o objetivo de ser arrendado aos CTT. Este tipo de iniciativa foi, nas décadas de 1940 e 1950, incentivada pela Administração-Geral dos CTT que, em 1954, remeteu um alvitre aos municípios, juntas de freguesia, comissões de melhoramentos e entidades particulares, com o objetivo de estimular entre estas entidades a construção de edifícios destinados a albergar os seus serviços. O edifício dos CTT de Alijó aparece no alvitre entre os escolhidos para ilustrar este tipo de iniciativa que, a partir de 1948, se transformou num plano de ação desta Administração-Geral.
Coincidentemente, no ano de publicação deste alvitre, em agosto de 1954, o edifício construído para arrendamento aos CTT foi adquirido pelos mesmos, no seguimento de longas negociações sobre as pretensões de aumento da renda pelo proprietário. Embora os CTT tenham assumido, ao longo deste processo, a responsabilidade de conservação do prédio, o estado de degradação em que se encontrava levou a que fosse favorecida a sua aquisição.
Em maio de 1955 iniciaram-se trabalhos de conservação e reparação no edifício que, pouco mais de um mês depois, resultaram numa derrocada de parte do pavimento do primeiro piso. Segundo o administrador adjunto dos CTT, em comunicação à Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), esta ter-se-á devido “à incúria com que o pessoal arrumou os materiais provenientes da demolição de algumas divisórias do 1º andar e também devido a vícios de construção”. Este acidente, alargando drasticamente o âmbito das obras a realizar, implicou a participação da DGEMN nos trabalhos de reconstrução.
O projeto de reconstrução, elaborado pela Secção de Estudos da Direção dos Edifícios Nacionais do Norte da DGEMN, procurou manter, tanto quanto possível, o edifício original. O alçado principal foi alterado, tendo sido “introduzidas alterações tendentes a melhorá-lo esteticamente, tais como a construção de uma varanda sobre a entrada principal e a redução do ponto do telhado”, de acordo com a memória descritiva do projeto. No final de 1955, a Administração-Geral dos CTT solicitou que se incluísse nos trabalhos a realizar a construção de dependências nas traseiras do edifício, necessárias à automatização dos serviços telefónicos então em curso.
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Documentação
A informação constante desta página foi redigida por Catarina Ruivo com base em diferentes fontes documentais e bibliográficas.
Para citar este trabalho:
Arquitectura Aqui (2024) Edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones (CTT), Alijó. Acedido em 21/11/2024, em https://arquitecturaaqui.eu/obras/1997/edificio-dos-correios-telegrafos-e-telefones-ctt-alijo